Notícia
O legado da covid-19 na economia em seis gráficos
Embora esteja perto do fim, o legado deixado pela pandemia de covid-19 na economia portuguesa é profundo. Destruição de valor, dívida pública em níveis recorde e inflação a disparar são alguns dos efeitos negativos. Já o teletrabalho, com possíveis ganhos na produtividade, parece vindo para ficar.
A lenta recuperação da economia
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A contração da economia logo a seguir ao início da pandemia foi histórica. No final de 2020, a queda do PIB foi a maior de que há registo na série do INE iniciada em 1996. Ainda está abaixo do pré-covid.
Turistas ainda não regressaram
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Os níveis da atividade turística ainda estão longe do pré-pandemia. Ao longo de 2021, os turistas começaram a regressar, mas não num volume que se aproxime dos melhores momentos de 2018 e 2019.
Teletrabalho subiu com confinamentos
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Os dados do INE mostram que nos dois confinamentos (no início da pandemia e no início de 2021) o número de pessoas a trabalhar maioritariamente de casa disparou, ultrapassando um milhão. Número reduziu-se a metade, mas continua ainda significativo.
Pandemia soma 25 mil milhões à dívida
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Embora tenha começado a descer em meados do ano passado, a dívida pública na ótica de Maastricht atingiu valores perto dos 140% do PIB, estando agora nos 127,5%. Entre o final de 2019 e o final de 2021, a dívida pública engordou cerca de 25 mil milhões de euros.
Mais de mil milhões em moratórias
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As moratórias terminaram no final de 2021 e 1,2 mil milhões de euros estavam ainda abrangidos por esta medida. O crédito em moratória atingiu o pico de 48,1 mil milhões de euros em setembro de 2020.
Inflação a subir
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No início de 2019, o IPC estava negativo. No entanto, depois de várias oscilações, os preços têm vindo a subir todos os meses desde janeiro de 2021, atingindo um pico nos 3,34% já em janeiro deste ano.
Quase dois anos depois do primeiro caso de covid-19 em Portugal, as marcas deixadas pela pandemia ainda são profundas em várias áreas da economia portuguesa e visíveis nos dados estatísticos do INE e do Banco de Portugal.
A PIB ainda está abaixo dos níveis pré-pandemia, o turismo teima em não recuperar, a dívida pública disparou com as ajudas públicas, a inflação disparou com impactos futuros e há mil milhões de euros em moratórias por recuperar, com impactos ainda incertos.
Pela positiva, os confinamentos e o afastamento social aceleraram a digitalização e o teletrabalho disparou, com ganhos na produtividade e na conciliação entre a vida profissional e pessoal, admitem os economistas.