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Mais de 30% dos médicos do Santa Maria aderiram à greve
Os serviços mínimos do Centro Hospitalar Lisboa Norte, que inclui o Hospital de Santa Maria e o Pulido Valente, em Lisboa, estão assegurados. Mas, até às 10h30 da manhã tinham aderido à greve 32,07% dos médicos escalados.
O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Carlos Martins, revelou, em conferência de imprensa que às 10h30 da manhã estavam 280 médicos escalados a fazer greve, num universo de 873, o que corresponde a 32,07%. Os serviços mínimos estão a ser assegurados, garantiu o mesmo responsável.
"A afluência está a ser normal para um dia de greve. Temos menos pessoas nos corredores e nas salas de espera", afirmou o responsável, que sublinhou "que o apelo do sr. bastonário teve o seu efeito". José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, apelou nos últimos dias aos doentes para não se deslocarem aos centros de saúde e hospitais, nos dias 8 e 9 de Julho, por causa da greve.
"Há serviços a funcionar com muita normalidade", como é o caso da oncologia e da radioterapia onde não houve faltas, acrescentou o presidente do conselho de administração.
Carlos Martins refere que a cirurgia foi uma das áreas mais afectadas pela greve, devido à forte adesão dos anestesistas (68%), embora apenas 5% dos cirurgiões gerais tenham aderido à greve. No segmento de cirurgias, no bloco central não foram realizadas 12 cirurgias. Já 77% das consultas foram realizadas.
O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte disse ainda que a greve vai requerer "uma taxa de esforço adicional a todos os profissionais. Vamos ter de fazer agora a recuperação dos doentes." Além disso, "haverá um custo adicional para o hospital", porque serão necessárias horas extraordinárias "para resolver em tempo útil estes dois dias de greve".