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Grupo de Coimbra constrói e gere hospitais na Arábia num investimento de 200 milhões

A portuguesa IGHS – Global Healthcare Services, que vai em breve inaugurar um hospital em Omã, ganhou o projeto de conceção, desenvolvimento e gestão de uma unidade hospitalar na Arábia Saudita, no valor de mais de 130 milhões de euros.

O grupo português IGHS está a finalizar a construção de um hospital privado na cidade de Mascate, em Omã.
02 de Setembro de 2020 às 12:37
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O grupo IGHS, com sede em Coimbra, que está a finalizar a construção de um hospital privado na cidade de Mascate, em Omã, num investimento da ordem dos 70 milhões de euros e que vai ficar sob a sua gestão, avança agora para a vizinha Arábia Saudita, onde constituiu uma "joint venture" com um investidor local para a conceção, desenvolvimento e gestão de novos projetos hospitalares neste país.

 

A HGHS – Haif Global Healthcare Services, controlada pela saudita Haif Holding e onde o grupo português detém 45% do capital, "celebrou já o seu primeiro contrato com vista à conceção do primeiro projeto hospitalar, a sediar no centro da capital Riade, no reino da Arábia Saudita, e cujo posicionamento manterá o ‘standard’ dos projetos liderados pela IGHS", num investimento orçado em mais de 130 milhões de euros, revela a empresa, em comunicado.

 

A empresa de Coimbra "assume na nova estrutura societária toda a liderança operacional relativa à conceção, desenvolvimento e gestão de novos projetos hospitalares, próprios ou de terceiros, competindo ao grupo Haif a liderança estratégica e a definição de novos investimentos", explica.

 

"O Grupo Haif, conhecido como um importante grupo empresarial saudita, depois de ter avaliado vários operadores internacionais, esteve em 2019 em Portugal para nos conhecer melhor e perceber em detalhe o papel que poderíamos vir a ter desde o início de tão ambicioso projeto. Com o tempo, fomos aprofundando conhecimento e partilhando ideias, acabando a IGHS por assumir uma participação societária de grande significado, de 45%, neste novo grupo hospitalar", avança José Alexandre Cunha, presidente da IGHS.

 

O empresário refere que o projeto que a IGHS  lidera desde 2018 em Omã, cujo investimento ascende a 70 milhões de euros, "é um hospital que está praticamente pronto para ser inaugurado, que foi acordado numa ‘joint venture’ formada pela Oman Brunei Investment Company, o grupo Suhail Bahwan e a IGHS, assumindo-se como um verdadeiro mostruário, para toda a região do Médio Oriente", do trabalho do grupo português.

 

"É para nós uma bandeira de rigor chegar à fase de pré-abertura e não ter qualquer desvio ao plano de investimento traçado pela estrutura acionista e cumprir com os mais ambiciosos e exigentes cronogramas, quer de licenciamento e construção quer de gestão operacional de todo o projeto, onde se incluem os mais importantes dossiers como sejam o dos procedimentos, tecnologias de informação, recursos humanos, qualidade, equipamentos hospitalares, entre outros", enfatiza.

 

De resto, o presidente da IGHS sublinha que o grupo de Coimbra "manterá o seu foco nas regiões onde já hoje conta com projetos próprios ou sob gestão, nomeadamente na designada zona da ‘Greater Bay Pearl River Delta’ (Cantão, Hong Kong e Macau), através da GloballMed, e na região do Médio Oriente, através da Idealmed GHS, estando ainda a preparar a entrada no mercado externo em novos setores que estão diretamente relacionados com a prestação de serviços de saúde", adianta, sem detalhar.

 

Cunha realçou, ainda, que por via do convite que a IGHS endereçou a outras empresas portuguesas, estas "exportaram, em menos de dois anos, mais de 12 milhões de euros".

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