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Governo quer desenvolver aplicações na área da saúde para telemóveis
O Ministério da Saúde anunciou esta quinta-feira algumas das medidas a que irá recorrer para dotar os portugueses de mais informação na área de saúde, esperando uma reflexão sobre a melhoria dos níveis de saúde.
O Governo quer dotar os portugueses de ferramentas que corrijam a iliteracia das várias gerações em matéria de saúde. Por isso, anunciou que pretende investir no desenvolvimento de aplicações para telemóveis "destinadas a promover a vida activa e a prevenir situações de dependência na população jovem". A decisão vai ao encontro do apelo ao investimento em saúde electrónica feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) aos países da União Europeia, feito esta quinta-feira.
Além disso, o Ministério da Saúde anunciou que vai avançar com um projecto-piloto de promoção de conteúdos sobre saúde em salas de espera e atendimento de domicílios, centros de saúde e instituições para pessoas dependentes. O objectivo é "ajudar a conhecer melhor os serviços de saúde, promovendo uma utilização mais eficaz e eficiente", destacou Benvinda dos Santos, membro do grupo de trabalho responsável pela Reforma da Saúde Pública.
Os dois projectos foram anunciados esta quinta-feira, 10 de Março, durante a apresentação das linhas de orientação geral do Programa Nacional de Educação para a Saúde, Literacia e Autocuidados, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
"Faremos uso dessas plataformas para poder dar saúde às pessoas", anunciou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes (na foto). O ministro sublinhou que, segundo a OMS, a literacia é um factor "mais forte do que a idade, rendimento ou género".
"A aquisição de competências para tomar uma decisão de forma inteligente e informada é o que definimos como literacia de saúde", explicou Graça Freitas, subdirectora da Direcção-Geral de Saúde, também presente na cerimónia.
Outra das apostas será a navegabilidade no Portal do Seviço Nacional de Saúde. "Dada a considerável extensão deste domínio", o Governo irá para já avançar na saúde reprodutiva, doença oncológica e testamento vital.
Entre os parceiros do Governo que assinaram o protocolo estão a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade de Lisboa, o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, a Associação Portuguesa de Municípios Saudáveis e a Associação Portuguesa para a Promoção de Saúde Pública.