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Governo promete "esgotar toda a capacidade disponível do SNS"

O primeiro-ministro garante que para resolver os "problemas acumulados" no Serviço Nacional de Saúde o Executivo não fará uma gestão ideológica do SNS e avança com cinco prioridades. Luís Montenegro avisou, no entanto, que não será possível resolver tudo "nas próximas semanas ou meses"

Lusa/EPA
29 de Maio de 2024 às 13:25
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, promete "esgotar até ao limite" a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e só depois encontrar outras soluções, garantindo uma gestão do SNS sem ideologia.

"O nosso objetivo é qualificar e esgotar toda a capacidade disponível no Serviço Nacional de Saúde", frisou o chefe do Executvio, sublinhando que o SNS é "a base do nosso programa e do nosso sistema de saúde". No final do Conselho de Ministros desta quarta-feira, apontou a necessidade de investimento no recursos humanos e técnicos. "Como sabem este Governo não faz da gestão da área da saúde uma questão ideológica", sublinhou Montenegro. "Não é disponibilizada com nenhum fundamento ideológico, estamos preocupados com a pessoa e o cidadão", garantiu.

"Este programa que hoje apresentamos é um programa que visa dar uma resposta urgente e imediata a esses problemas, dificuldades e constrangimentos", indicou na apresentação das linhas gerais do plano de emergência para a saúde, uma promessa do Governo para ser divulgado nos 30 dias seguintes à tomada de posse.

O plano está centrado em cinco grandes eixos, apontou o primeiro-ministro. O primeiro - designado de "resposta a tempo e horas" - tem a ver com o combate às listas de espera, a começar pelos casos de oncologia. "Queremos menos tempo de espera para consultas. Queremos menos tempo de espera para cirurgias e queremos mas humanismo mais compromisso", assumiu Montenegro.

O segundo eixo está relacionado com a saúde materno-infantil. O eixo designado de "bebés e mães em segurança" pretende, segundo o primeiro-ministro "dar tranquilidade às mães aos bebés. Não nos conformamos com uma circunstância em que muitas famílias e muitas mães não sabem onde podem dirigir-se", exemplificou.

O terceiro eixo, relacionado com os cuidados urgentes, o Governo pretende "requalificar os serviços de urgência", para uma "melhor gestão da capacidade, uma maior celeridade no atendimento nas suas várias dimensões aos utentes que se dirigem às unidades de saúde do SNS", acrescentou o primeiro-ministro.

O quarto eixo está relacionado com a saúde de proximidade. "Os grandes problemas que temos no Serviço Nacional de Saúde é a falta de resposta no âmbito da medicina familiar", afirmou Luís Montenegro, lembrando que "muitas vezes se entra na circunstância de termos mais de 1.700.000 portugueses sem médico de família."

Por fim, a saúde mental, com o Governo a querer "assegurar aos serviços habilitados a promover a saúde mental" e "facilitar a integração de pessoas com doença mental", lê-se no documento divulgado.

O primeiro-ministro reconheceu, no entanto, que todos os "problemas" que se foram "acumulando" não se resolvem depressa. "Há muita coisa que só se resolve com tempo", afirmou Luís Montenegro, acrescentando que não é de esperar que tudo se resolva "nos próximos dias, semanas ou meses".

(Notícia atualizada às 13:45 com mais informação)

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