Notícia
Bloco acusa Governo de ter gasto menos 385 milhões do que podia
É um clássico do início de cada ano. O Governo anunciou que o défice do ano passado ficou abaixo da meta fixada com Bruxelas e o Bloco de Esquerda fez as contas: são 385 milhões de euros que podiam ter sido gastos sem que as regras fossem violadas.
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A líder do Bloco de Esquerda acusou esta terça-feira o Governo de ter gasto menos 385 milhões de euros no ano passado, uma despesa que poderia ser feita - nomeadamente na saúde - sem que a meta do défice fixada com Bruxelas ficasse em causa. Catarina Martins repete assim uma crítica feita ao Governo no início de 2017 em relação às contas do ano anterior.
O primeiro-ministro anunciou esta segunda-feira que o défice do ano passado terá ficado em 1,2%, abaixo do objectivo de 1,4% que o Governo fixou e cujo cumprimento seria avaliado pela Comissão Europeia.
Catarina Martins fez as contas e levou a factura para o debate quinzenal que decorreu esta tarde no Parlamento. "Podia ter gasto mais 385 milhões de euros", disse a líder bloquista, lembrando que assim "cumpria na mesma" com Bruxelas. A líder bloquista foi directa ao ponto ao perguntar ao primeiro-ministro o que ele teria a dizer às pessoas que estão neste momento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) à espera para serem atendidas.
Costa rejeitou que um défice abaixo do previsto tenha comprometido a aposta do Governo no SNS. "Conseguimos [um défice mais baixo] apesar do aumento da despesa da saúde em 5,5%", assegurou Costa, referindo-se de seguida aos números sobre o aumento da contratação de médicos, enfermeiros e outro tipo de trabalhadores do sector, assim como ao facto de "92% dos portugueses no final do ano passado" já terem médico de família.
A situação do SNS foi também uma das questões em que o CDS mais insistiu. Assunção Cristas quis fazer um balanço das promessas do Governo, com base em informação publicada no Portal da Saúde e que era desfavorável ao Governo, mas Costa actualizou alguns daqueles dados, mostrando mais medidas cumpridas do que aquelas que o Portal revelava.
Cristas falou das notícias mais recentes dos jornais - que dão conta de uma saturação nos hospitais - e das conclusões do relatório da Entidade Reguladora da Saúde - que apontam críticas ao SNS. Costa voltou a falar no crescimento nas contratações e nas consultas e operações.
"Há tudo mais, mais, mais, mais, mais e a saúde está menos, menos, menos, menos, menos", disse Cristas, atirando que "não é por acaso que o CDS fala disto e o Bloco também".
O primeiro-ministro anunciou esta segunda-feira que o défice do ano passado terá ficado em 1,2%, abaixo do objectivo de 1,4% que o Governo fixou e cujo cumprimento seria avaliado pela Comissão Europeia.
Costa rejeitou que um défice abaixo do previsto tenha comprometido a aposta do Governo no SNS. "Conseguimos [um défice mais baixo] apesar do aumento da despesa da saúde em 5,5%", assegurou Costa, referindo-se de seguida aos números sobre o aumento da contratação de médicos, enfermeiros e outro tipo de trabalhadores do sector, assim como ao facto de "92% dos portugueses no final do ano passado" já terem médico de família.
A situação do SNS foi também uma das questões em que o CDS mais insistiu. Assunção Cristas quis fazer um balanço das promessas do Governo, com base em informação publicada no Portal da Saúde e que era desfavorável ao Governo, mas Costa actualizou alguns daqueles dados, mostrando mais medidas cumpridas do que aquelas que o Portal revelava.
Cristas falou das notícias mais recentes dos jornais - que dão conta de uma saturação nos hospitais - e das conclusões do relatório da Entidade Reguladora da Saúde - que apontam críticas ao SNS. Costa voltou a falar no crescimento nas contratações e nas consultas e operações.
"Há tudo mais, mais, mais, mais, mais e a saúde está menos, menos, menos, menos, menos", disse Cristas, atirando que "não é por acaso que o CDS fala disto e o Bloco também".
"Não podemos olhar para a realidade e confundi-la com a percepção da realidade", respondeu Costa. O tema voltaria a ser retomado mais à frente no debate pelo PCP que também exigiu melhorias no SNS, tal como aconteceu logo no início do debate na intervenção de Hugo Soares, líder parlamentar do PSD.