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Santos Silva acha que Ana Gomes é “boa candidata” sem apoio do PS

Apesar de reconhecer que a ex-eurodeputada do partido “enriquece o debate democrático”, o preferido do dirigente socialista Augusto Santos Silva para a corrida ao Palácio de Belém parece ser o candidato da direita.

Rodrigo Antunes/Lusa
30 de Setembro de 2020 às 10:02
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Ana Gomes é uma boa candidata às eleições para a Presidência da República? Sim. É uma boa candidata para ter o apoio do Partido Socialista? Não. Apesar de reconhecer que a ex-eurodeputada "enriquece o debate democrático", o preferido de Augusto Santos Silva para a corrida a Belém parece ser o candidato da direita.

 

O dirigente do PS, que ocupa atualmente a pasta de ministro dos Negócios Estrangeiros, segue assim as pisadas de outros destacados membros do partido, como Eduardo Ferro Rodrigues ou Carlos César. Numa entrevista à TVI, preferiu antes deixar elogios ao primeiro mandato de Marcelo Rebelo de Sousa.

 

"A minha avaliação e a avaliação esmagadora dentro do PS é que esse mandato foi muito positivo e foi muito importante este equilíbrio entre maioria na Assembleia da República, Governo e Presidente da República para que o país tivesse estabilidade e reconhecimento internacional", resumiu.

 

Na semana passada, em entrevista à RTP3, Ana Gomes denunciou que "há demasiado encosto" entre o Governo liderado por António Costa e o atual Presidente da República e provável candidato às eleições de janeiro de 2021 -, criticando ainda a linha política seguida pela direção do seu partido em relação às próximas Presidenciais.

 

"Mesmo que fosse o meu melhor amigo, eu jamais teria tolerado com um sorriso embaraçado ou cúmplice que um primeiro-ministro lançasse a minha recandidatura à Presidência da República, que foi aquilo que se passou naquele episódio na fábrica da Autoeuropa" em abril, acrescentou o diplomata, que já recebeu o apoio oficial do partido Livre.

 

A decisão do PS foi adiada para a reunião da Comissão Nacional do partido (órgão máximo entre congressos), agendada para 24 de outubro. José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto e número dois no Largo do Rato, já deixou uma exigência ao candidato que quiser beneficiar do apoio dos socialistas: exercer a "função presidencial enquanto fator de equilíbrio e de moderação". 

 

Na última sondagem da Intercampus para o Negócios e CMTV, realizada antes de anunciar oficialmente a candidatura à Presidência mas numa altura em que esta já era certa, Ana Gomes surgiu já com 14% das intenções de voto, fazendo Marcelo baixar para a fasquia dos 60% e deixando a uma distância de 4,6 pontos o líder do Chega, André Ventura, que chegou a prometer demitir-se da liderança do partido se ficasse em terceiro lugar.

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