Luís Montenegro, líder do PSD e da coligação Aliança Democrática (com o CDS-PP e o PPM) foi indigitado esta noite como primeiro-ministro, depois de se conhecerem os resultados dos círculos dos emigrantes.

"Tendo o Presidente da República procedido à audição dos partidos e coligações de partidos que se apresentaram às eleições de 10 de março para a Assembleia da República e obtiveram mandatos de deputados, tendo a Aliança Democrática vencido as eleições em mandatos e em votos, e tendo o secretário-geral do Partido Socialista reconhecido e confirmado que seria líder da oposição, o Presidente da República decidiu indigitar o Dr. Luís Montenegro como primeiro-ministro, apresentando oportunamente ao Presidente da República a orgânica e composição do XXIV Governo Constitucional", diz a nota publicada no site da Presidência.

Montenegro anunciou que apresentará ao Presidente da República a composição do futuro Governo no dia 28 de março, tendo acertado a data da posse com o chefe de Estado para 2 de abril.

Após oito anos de liderança do PS, a indigitação do presidente do PSD abre um novo ciclo político. Montenegro agradeceu a disponibilidade de Pedro Nuno Santos para viabilizar um Orçamento retificativo, mas não abriu o jogo sobre os próximos passos.

Com efeito, à saída de uma primeira audiência no Palácio de Belém, na tarde de quarta-feira, Luís Montenegro não quis desenvolver cenários ou abrir o jogo sobre questões relacionadas com a composição do próximo Executivo.

Nas eleições legislativas de 10 de março, a AD conseguiu 79 deputados, o PS 77 deputados e o Chega 48 mandatos. Os resultados do círculo da emigração, que estiveram a ser apurados até esta madrugada, deram mais um deputado à AD, mais um deputado ao PS e mais dois ao Chega.