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Candidatos à Comissão Europeia debatem UE em ambiente de dúvidas. Veja em direto

Os seis candidatos principais à presidência da próxima Comissão Europeia debatem esta quarta-feira, em pleno Parlamento Europeu, um conjunto de temas que têm marcado a campanha para as europeias.

Vincent Kessler/Reuters
15 de Maio de 2019 às 20:05
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O hemiciclo do Parlamento Europeu transforma-se esta quarta-feira, 15 de maio, numa espécie de estúdio televisivo para a transmissão do debate entre os seis candidatos principais à presidência da Comissão Europeia.

O único debate que conta com a presença de todos os candidatos indicados pelas principais famílias políticas representadas no Parlamento Europeu, sendo que a ordem pela qual serão realizadas as intervenções foi ditada por sorteio e é a seguinte: Nico CUÉ (Partido da Esquerda Europeia), Ska KELLER (Partido Verde Europeu), Jan ZAHRADIL (Aliança dos Conservadores e Reformistas da Europa), Margrethe VESTAGER (Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa), Manfred WEBER (Partido Popular Europeu), Frans TIMMERMANS (Partido Socialista Europeu).

Os temas em debate também foram previamente definidos: A Minha Europa; Ambiente; e Os Nossos Valores e o Mundo.

Com início previsto para as 20:00 (hora de Lisboa), o debate será moderado pelos apresentadores Markus Preiss (ARD WDR), Emilie Tran-Nguyen (France Télévisions) e Annastiina Heikkilä (Yle), cabendo a responsabilidade editorial da condução à Eurovisão.

Pela segunda vez a escolha do líder da Comissão deverá ser feita com base no modelo dos ‘Spitzenkandidaten’ (segundo o qual o "candidato principal" da família política europeia mais votada é depois indicado para a presidência da Comissão Europeia).

No entanto, ao contrário do que sucedeu em 2014, em que o facto de o PPE ter sido a força mais votada permitiu a eleição de Jean-Claude Juncker, desta vez o líder do órgão executivo da União Europeia pode acabar por não ser nenhum dos "candidatos principais".

É que além da previsível dificuldade que um provavelmente mais polarizado Parlamento Europeu irá ditar no que diz respeito à formação da próxima Comissão, no seio do Conselho Europeu há cada vez mais opositores ao modelo ‘Spitzenkandidaten’, como é exemplo o presidente francês Emmanuel Macron.

A confirmar esta mesma possibilidade esteve a cimeira europeia informal que decorreu na passada semana em Sibiu, Roménia. Porque em paralelo à definição da composição da próxima Comissão, os líderes europeus têm de consensualizar posições relativamente à escolha de outros lugares de topo das instituições comunitárias, como é o caso do cargo de Alto Representante para a Política Externa da UE, de presidente do Banco Central Europeu, de presidente do Conselho Europeu e a eleição de presidente do Parlamento Europeu.

A escolha destes lugares torna-se mais complexa ante as sondagens que apontam para o Parlamento Europeu mais fragmentado desde que há eleições europeias, projetando-se a perda de peso das até aqui principais famílias europeias.

A par disto surge a pretensão do socialistas e liberais ganharem relevância face ao até aqui dominante PPE. De Sibiu saiu reforçada a possibilidade de socialistas e liberais constituírem um bloco uno capaz de retirar a maioria aos conservadores, o que poderia alterar a dinâmica de escolha dos cargos de topo da União, até porque Macron e Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, estão inseridos neste bloco.

O processo eleitoral para eleger o próximo Parlamento Europeu tem lugar entre os dias 23 e 26 de maio (em Portugal as eleições decorrem no domingo 26 de maio), e decorrerá também no Reino Unido que é obrigado a participar na eleição depois de o Brexit ter sido adiado para 31 de outubro.

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