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Marcelo reeleito com 60,7%. Ana Gomes bate Ventura e João Ferreira fica à frente de Marisa e Mayan
O Negócios acompanhou aqui o dia das eleições. Veja todas as atualizações.
Marcelo vence em todos os concelhos. Melhores resultados são nas ilhas, piores no Alentejo
Marcelo Rebelo de Sousa venceu nos 308 concelhos, tendo conseguido as votações mais altas nas ilhas da Madeira e Açores, com o máximo de 79% dos votos na Calheta, Madeira, e o pior no Alentejo, com 39% em Moura.
O pior resultado de Marcelo nestas eleições, em termos concelhios, foi, mesmo assim, muito acima do melhor resultado concelhio de Ana Gomes, segundo candidato mais votado destas eleições, que obteve apenas 20,1% no seu melhor concelho, que foi o Porto.
Ana Gomes, que ficou em segundo lugar em 90 concelhos, tem como pior posição relativa o quarto lugar, que atingiu em 26 concelhos.
Segundo a Lusa, André Ventura ficou em segundo lugar em 204 concelhos (muito acima dos 90 concelhos de Ana Gomes) obteve as suas melhores votações no Alentejo, com 34% em Mourão, 31% em Monforte e em Moura, 29% em Elvas e 25% em Alter do Chão.
Marcelo obteve o terceiro melhor resultado de sempre em presidenciais
Marcelo Rebelo de Sousa foi, este domingo, reeleito Presidente da República para os próximos cinco anos com um resultado robusto: 60,7% quando estão contabilizados 99,91% dos votos.
Este resultado representa a terceira maior percentagem de votos conseguida em presidenciais desde 1976. O atual e Presidente da República reeleito ficou apenas atrás dos 70,35% com que Mário Soares garantiu a reeleição em 1991 e dos 61,59% com que, dois anos após a revolução de abril, o general Ramalho Eanes foi eleito chefe de Estado.
Apesar de as sondagens terem chegado a colocar Marcelo próximo dos valores conseguidos pelo fundador e histórico do PS, o Presidente repetiu sempre que superar Soares não era um objetivo, desde logo porque tal seria irrealista. Já nesta noite eleitoral, Marcelo, em declarações feitas à porta da sua casa, reiterou que o "score" de Mário Soares "é irrepetível na democracia portuguesa".
Marcelo só não teve mais de 60% em seis distritos
Marcelo Rebelo de Sousa ganhou em todos os distritos e até em todos os concelhos.
Só em seis distritos não teve mais de 60%.
Lisboa, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Faro são os seis distritos em que a sua votação não chegou aos 60%. Ainda assim, esteve perto. Beja foi o distrito que deu menos percentagem a Marcelo, nesta sua reeleição.
Assim em Lisboa ficou nos 57,8%, em Setúbal nos 56,17%. Nos três distritos alentejanos Marcelo teve em Portalegre 55,71%, em Évora 54,7% e em Beja 51,3%.
No único distrito algarvio, Faro, Marcelo Rebelo de Sousa teve 57,33%.
Mayan quase duplica votos da IL
Tiago Mayan Gonçalves disse estar em curso uma crescente "onda liberal". O candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL) nestas eleições presidenciais obteve 3,22%, fruto de 134.427 votos.
Ou seja, Tiago Mayan conseguiu um resultado bem acima do que a IL tinha conseguido nas legislativas de 2019, ano em que conseguiu eleger um deputado para a Assembleia da República.
E Cotrim de Figueiredo senta-se hoje no hemiciclo graças aos votos de Lisboa, que se juntaram para dar uma votação de 67.681 a nível nacional à IL, garantindo-lhe uma votação de 1,29%.
Mayan Gonçalves consegue agora 3,22%, não chegando a duplicar o número de votantes globais, mas quase.
Ventura supera Chega com quase meio milhão de votos
André Ventura, enquanto candidato presidencial, teve mais votos que na eleição legislativa, como líder do Chega.
No ato eleitoral presidencial de 2021, André Ventura conseguiu 496.655 votos, dando-lhe 11,9% nesta votação. Nas legislativas o Chega teve 67.826, o que lhe deu 1,29%.
Não considerando o voto dos emigrantes, e considerando apenas o território nacional, André Ventura obteve, nestas eleições, 493.162 votos, tendo conquistado fora 3.491 votos.
Nas legislativas tinha conseguido 66.448 em território nacional.
Abstenção recorde acima de 60%
Não se aproximou dos temidos 70%, mas a abstenção disparou nestas eleições presidenciais, atingindo níveis recorde, sendo que a abstenção também foi a mais baixa de sempre.
Com os votos todos contados, a abstenção ficou em 60,5%, muito acima do anterior recorde atingido em 2011 (53,48% na reeleição de Cavaco Silva) e também bem acima do registado nas Presidenciais de 2016 (51,17%).
Há cinco anos não tinha ainda ocorrido o recenseamento automático dos emigrantes, que engrossou em 1.208.536 o número de eleitores habilitados a votar nestas eleições, mas esta atualização não explica tudo.
Votaram nesta eleição 4.261.209 portugueses, o que significa uma descida de cerca de 480 mil face a 2016 e 231 mil contra 2011.
Mesmo olhando apenas para os resultados de Portugal Continental e das ilhas, a abstenção nestas eleições também foi a mais elevada de sempre. Atingiu 54,45%, contra 50,07% em 2016 e 52,49% em 2011.
Marcelo reeleito com 60,7%. Ana Gomes bate Ventura por 1,07 pontos percentuais
Marcelo Rebelo de Sousa foi este domingo, sem surpresa, reeleito Presidente da República. O chefe de Estado obteve a preferência de 60,70% dos eleitores. No total, Marcelo alcançou mais votos do que em 2016.
Este domingo, o atual Presidente recebeu 2.533.799 votos, quando há cinco anos tinha obtido 2.411.652.
Ana Gomes conseguiu ser a segunda mais votada, recebendo a confiança de 12,97% dos eleitores, o que lhe permitiu superar os 11,90% obtidos por André Ventura.
Na quarta posição ficou João Ferreira, com 4,32%, seguido de Marisa Matias, com 3,95%, Tiago Mayan Gonçalves (3,22%) e Vitorino Silva (2,94%).
Houve ainda 1,10% de votos em branco e 0,94% de votos nulos.
A abstenção situou-se em 60,51%, um recorde numas eleições presidenciais.
Apesar de ficar em 3.º, Ventura supera João Ferreira em Setúbal
Marcelo Rebelo de Sousa venceu as eleições presidenciais no distrito de Setúbal, alcançando 56,17% dos votos.
Ana Gomes foi a segunda mais votada, com 13,37%, batendo André Ventura (12,86%) por curta margem.
O líder do Chega conseguiu, contudo, superar João Ferreira (8,94%), candidato apoiado pelo PCP, num distrito onde os comunistas são tradicionalmente muito fortes.
Marisa Matias alcançou 4,35%, Tiago Mayan Gonçalves 2,31% e Vitorino Silva 1,99%.
A abstenção foi de 53,45%.
Marcelo: "Sem separar uns e outros viva Portugal"
No final do discurso Marcelo Rebelo de Sousa acabou como disse que terminou há cinco anos.
"Acima de uns e de outros, sem separar uns e outros viva Portugal, viva Portugal, viva sempre Portugal".
À saída falou na necessidade de combater a pandemia.
Combate à pandemia continua a contar "com alguém que pertence a grupo de risco"
"Continua a ser essa também a vossa, nossa primeira missão. Conter primeiro, abreviar depois a pandemia para que possamos passar definitivamente ao resto, tão essencial que temos de fazer".
O presidente acaba por dizer ser até irónico e desafiante que "esta missão possa continuar a contar com Presidente reeleito alguém que pertence a grupo de risco, simbolizando que estamos todos unidos, simbolizando a unidade comum".
Marcelo promete que tudo fará para mudar formas de votação
Marcelo diz que tudo fará "para persuadir quem pode autonomizar leis" para ajustar a situação e ultrapassar as objeções do voto postal ou correspondência, que "tanto penalizaram os votantes, em especial os nossos compatriotas fora de Portugal.
"Compreendi este outro sinal e insistirei para que seja acolhido".
Com abstenção ligeiramente abaixo de 50%, Lisboa dá segundo lugar a Ana Gomes
Ana Gomes alcançou a segunda posição no distrito de Lisboa ao conquistar 14,52% dos votos, superando André Ventura, que obteve 12,85%. Em termos absolutos, a diferença foi de 16.056 votos.
Marcelo Rebelo de Sousa alcançou 57,80% dos votos no distrito.
João Ferreira, com 5,07%, ficou na quarta posição, seguido de Tiago Mayan Gonçalves (4,08%), Marisa Matias (3,80%) e Vitorino Silva (1,89%).
A abstenção situou-se em 49,03%.
"Esmagámos a extrema-esquerda" e "não haverá Governo sem o Chega", clama Ventura
André Ventura classificou de "histórico" o seu resultado nas eleições presidenciais deste domingo, em que ficou em terceiro lugar com pouco menos de 12%.
O líder do Chega começou por felicitar Marcelo Rebelo de Sousa pela reeleição mas desejou que o chefe de Estado faça "um segundo mandato com dignidade, com respeito por Portugal e pelos portugueses de bem" e que proceda a uma "rotura com o primeiro mandato".
Num discurso eufórico, Ventura repetiu que foi "uma noite histórica" em que "a direita se reconfigurou e em que um partido anti-sistema obteve cerca de meio milhão de votos".
"Esmagámos a extrema-esquerda em Portugal", clamou, frisando que "esta candidatura teve mais votos do que o João Ferreira, do PCP, a Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, e o candidato da Iniciativa Liberal todos juntos".
Ventura anunciou que irá "devolver" aos militantes do Chega a decisão se querem que continue a liderar o partido.
Isto porque, disse, "fiquei aquém dos 15% e, segundo o que os números indicam, com algumas décimas de diferença da candidata que representa o pior de Portugal".
Sublinhou ainda que derrotou João Ferreira "em todo o Alentejo". "É uma vergonha para o PCP", atirou.
"Quebrámos o mito das terras de esquerda e das terras comunistas", prosseguiu. "Mesmo nas zonas profundamente comunistas, o Chega mostrou que esse eleitorado é seu e que será seu no processo de transformar Portugal", insistiu.
"Conseguimos demonstrar que só aqui há alternativa em Portugal", exultou.
Estes resultados, considerou, são uma "mensagem para o coração da direita". "Não há segundas vias depois desta noite. Poderemos continuar a ser alvo e vítimas de todos os ataques, mas há uma coisa que ficou clara: não haverá Governo em Portugal sem nós", desafiou.
Marcelo começa discurso a lembrar os números da pandemia
"A 2 novembro, dia evocação das vítimas da pandemia no Palácio de Belém, havia 2590 mortos, são agora 10.469".
As primeiras palavras de Marcelo Rebelo de Sousa foram para as vítimas mortais desta pandemia, lembrando os números de hoje.
Marcelo : "Eu sou sempre o mesmo"
Marcelo Rebelo de Sousa chegou à Faculdade de Direito, onde vai fazer o discurso de vitória. Aos jornalistas, à entrada diz que "eu sou sempre o mesmo", numa referência à reeleição.
"É tudo dificil ou fácil conforme a determinação que se tem, eu tenho determinação", declarou.
Ventura canta vitória mas põe lugar à disposição
Apesar de enaltecer o dia "histórico" com "quase meio milhão de votos", André Ventura assumiu que ficou aquém dos 15% e "algumas décimas atrás da candidata que representa o pior de Portugal, que representa as minorias que abusam do país".
Assim, anunciou que colocará o lugar de líder do Chega à disposição.
António Costa felicita Marcelo pela vitória e pede "profícua cooperação institucional"
Enquanto Ana Gomes reagia aos resultados das eleições com críticas ao PS, o primero-ministro felicitou "calorosamente Marcelo Rebelo de Sousa pela reeleição", desejando ao Presidente da República "votos das maiores felicidades na continuidade do mandato presidencial, em proximidade com os portugueses, em defesa da Constituição e do prestígio internacional de Portugal, em profícua cooperação institucional".
Felicito calorosamente Marcelo Rebelo de Sousa pela reeleição, com votos das maiores felicidades na continuidade do mandato presidencial, em proximidade com os portugueses, em defesa da Constituição e do prestígio internacional de Portugal, em profícua cooperação institucional.
— António Costa (@antoniocostapm) January 24, 2021
"Lamento profundamente a não comparência a eleições do meu partido"
Ana Gomes assume que não atingiu o objetivo de forçar uma segunda volta, mas diz que cumpriu a meta de "impedir que ultra direita ascendesse à posição de possível alternativa".
"Se não tivesse estado nesta disputa estariamos hoje a lamentar ainda mais a progressão da extrema direita", afirmou Ana Gomes na reação aos resultados das Presidenciais, em que ficou em segundo lugar, à frente de André Ventura.
No seu discurso Ana Gomes começou por dizer que tinha felicitado Marcelo Rebelo de Sousa, a quem prometeu o "empenho em tudo fazer para que o segundo mandato sirva para reforçar a democracia e não dar argumentos a quem a quer destruir e conseguiram tantos votos tirar a PSD e CDS".
Agradeceu ao mais de meio milhão de portugueses que votaram na sua candidatura. "Não consegui o objetivo da segunda volta" e a "responsabilidade é minha".
Mas "cumpri o objetivo patriótico, de impedir que ultra direita ascendesse a posição de possível alternativa. Se não tivesse estado nesta disputa, estaríamos hoje a lamentar ainda mais a progressão da extrema-direita".
A militante do PS agradeceu aos partidos que a apoiaram (Livre e PAN), bem como aos milhares de socialistas e membros do governo e autarcas que "estiveram ao meu lado".
Apontou depois baterias à liderança do PS. "Houve quem quisesse desvalorizar estas eleições presidenciais" e "lamento profundamente a não comparência a eleições do meu partido, que assim contribuiu para a vitória do candidato da direita democrática".
"Foi uma deserção para a qual alertei e por isso decidi apresentar esta candidatura", que foi "mais uma missão de serviço público que cumpri".
"Nunca me resignarei. O espaço político onde me incluo não podia faltar, por isso avancei", tendo agora o "sentimento do dever cumprido".
Ana Gomes com o seu melhor resultado no Porto
Ana Gomes conseguiu no distrito do Porto o seu melhor resultado nestas eleições presidenciais, conquistando 15,58% dos votos. Marcelo Rebelo de Sousa venceu com 60,01%.
André Ventura foi terceiro, mas ficou a mais de 53 mil votos da candidata militante socialista. O líder do Chega obteve 8,42%.
Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, foi o quarto mais votado, com 4,46%.
Seguiram-se Tiago Mayan Gonçalves (4,29%), Marisa Matias (3,98%) e João Ferreira (3,26%).
A abstenção situou-se nos 52,9%.
Catarina Martins: "Não é o resultado que esperávamos"
Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, diz que Marisa Matias trouxe ao debate temas que que "interessam e vão marcar os próximos tempos".
"O que seria esta campanha sem a Marisa", nomeadamente, diz Catarina Marins, pela luta da igualdade, no debate da saúde universal para todos, contra a precariedade, em relação à emergência climática como foco central. "São lutas difíceis que marcam". Para Catarina Martins, Marisa Matias fez "um discurso claro contra o racismo e exnofobia, contra a violência das mulheres e a favor a igualdade".
Assumindo que não é o "resultado que esperávamos", admitiu que a campanha foi de grande dificuldade mas que se sente inspirada por Marisa Matias.
As eleições, acrescentou, "umas são melhores, outras piores" e "é a firmeza daquilo que acreditamos que abrem caminho para o dia seguinte, abrir caminhos, fazer pontes muito para lá de qqualquer resultado. Marisa Matias estava cá antes das eleições, sem por nenhuma luta em lista de espera".
E salientou "saber que vamos continuar a lutar as duas juntas já amanhã".
Marcelo já tem mais votos que em 2016
Marcelo Rebelo de Sousa, ainda por votos por contar, já tem mais eleitores em 2021 do que em 2016.
Em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito, para primeiro mandato, com 2.411.925 votos, que lhe deram 52%.
Agora, e ainda com nove freguesias por apurar, Marcelo Rebelo de Sousa já tem 2.431.186 votos, mais 19.261 votos que em 2016.
O segundo lugar de Ana Gomes também já parece certo. A militante do PS segue com 12,83% e mais de 500 mil votos, contra 11,92% de André Ventura (481.721 votos).
"As circunstâncias mudam, mas a pessoa é a mesma", diz Marcelo em sua casa à RTP
Marcelo Rebelo de Sousa falou hoje em sua casa, em Cascais, à RTP sobre a sua reeleição como Presidente da República, declarando que "as circunstâncias mudam, mas a pessoa é a mesma".
Depois de ter sido noticiada a sua reeleição nas eleições presidenciais de hoje, com mais de 61% dos votos, quando estão contabilizadas 99% das freguesias, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "É muito difícil estar agora a prever como é o segundo mandato".
"Só começa dia 9 de março. Temos de esperar para ver. Serão cinco anos todos eles muito diferentes entre si, como foram os do primeiro mandato. A pessoa é a mesma. As circunstâncias mudam, mas a pessoa é a mesma", acrescentou, filmado no interior da sua casa.
O chefe de Estado, que se recandidatou ao cargo com apoio formal de PSD e CDS-PP, já tinha falado por duas vezes aos jornalistas que se encontram à porta da sua residência, em Cascais, no distrito de Lisboa, o chefe de Estado e recandidato presidencial prestou declarações à RTP
Tiago Mayan diz que candidatura valida "uma alternativa liberal, humanista e tolerante"
Tiago Mayan Gonçalves consegue um resultado mais elevado que a Iniciativa Liberal teve nas legislativas.
Assume no discurso que fez na noite eleitoral que "tomei a decisão certa", para dar a "milhares de portugueses" uma alternativa.
Mayan diz mesmo que a sua candidatura valida "uma alternativa liberal, humanista e tolerante", dizendo mesmo "o extremismo não vencerá e não será opção ao socialismo"
Porta-voz do PAN saúda "resultado fantástico" de Ana Gomes
O porta-voz do PAN saudou hoje o "resultado fantástico" da candidata Ana Gomes, que considerou também uma vitória do seu partido, e defendeu reflexão sobre a elevada abstenção e o crescimento de "movimentos inorgânicos e não democráticos".
Em declarações aos jornalistas no hotel onde a candidatura de Ana Gomes está a acompanhar a noite eleitoral, André Silva começou por dar os parabéns ao reeleito Presidente da República, considerando que foi um "resultado merecido".
Quanto à candidata Ana Gomes, André Silva deu por garantido o segundo lugar, e disse tratar-se "de mais uma vitória do PAN neste ciclo político".
"Um resultado que é fantástico, porque é a única candidatura independente que conseguiu abarcar pessoas que não se reveem em campos não democráticos, sejam eles de esquerda ou de direita, e que também não se reveem em Marcelo Rebelo de Sousa", afirmou.
Para o deputado, a militante do PS (sem o apoio dos socialistas) conseguiu "agregar movimentos progressistas, ecologistas", e incluiu entre as suas prioridades as alterações climáticas e a proteção animal.
Vitorino Silva convida Marcelo a ir a Rans
Vitorino Silva, que reagiu já aos resultados, mas cujas declarações não foram divulgadas todas pelas televisões, convidou Marcelo Rebelo de Sousa a ir a Rans, onde ganhou.
"O povo de Rans quer que o Presidente da República venha a Rans", salientando que nenhum rei ou Presidente algum dia foi à terra.
Dando os parabéns pela vitória, lamentou não ter conseguido falar com Marcelo a quem queria dar os parabéns, convidando-o já a ir a Rans.
Mas assumiu que "foi um luta desigual, concorri contra o Presidente que teve cinco anos a fazer campanha". Por isso, diz ter ficado satisfeito com o seu resultado em Rans, onde ficou em segundo lugar.
Iniciativa Liberal "continua a crescer em Portugal"
João Cotrim Figueiredo, presidente da Iniciativa Liberal (IL), diz que o resultado de Tiago Mayan Gonçalves está "acima de todas as expetativas", o que niguém "dizia a partida".
O líder da IL elogiou a campanha de Mayan, "sem espalhafatos", que conseguiu um "resultado notável" e que são "importantes para a IL, que "continua a crescer em Portugal".
"Este é um projeto de futuro, Portugal será seguramente mais liberal", adiantou.
Marcelo ronda 64% em Leiria e Ventura atinge 12,5%
Marcelo Rebelo de Sousa venceu as eleições no distrito de Leiria com 63,94%. Já André Ventura obteve 12,50%, superando a militante socialista Ana Gomes (10,45%).
Marisa Matias obteve 4,00%, João Ferreira conquistou 3,19%, Vitorino Silva 3,06% e Tiago Mayan Gonçalves 2,87%.
A abstenção cifrou-se em 55,30%.
Rio pede segundo mandato a Marcelo "mais exigente" com o Governo
O presidente do PSD faz duas leituras essenciais das presidenciais: a "vitória fortíssima do candidato moderado de centro" e o "esmagamento da esquerda". Rui Rio espera que, no segundo mandato, Marcelo Rebelo de Sousa seja "um bocadinho mais exigente com o Governo".
Já é oficial: Marcelo Rebelo de Sousa reeleito Presidente da República
Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República nas eleições de hoje, quando faltam apurar os resultados de 53 freguesias, segundo os dados oficiais.
Nas freguesias por apurar há menos recenseados do que o número de votos que separa Marcelo Rebelo de Sousa do segundo candidato mais votado até agora nestas eleições, Ana Gomes, pelo que o atual Presidente foi reeleito para o cargo.
Jerónimo diz que Marcelo vai ser "mais explícito no objetivo da sua agenda de direita"
Jerónimo de Sousa considera que a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa à primeira volta traduz a" elaborada promoção deste candidato, que teve a "vantagem ímpar do exercício das funções presidenciais"
Para o líder do PCP, a vitória de Marcelo "coloca a possibilidade real de, agora reeleito para segundo mandato", ser ainda "mais explícito no objetivo da sua agenda de direita que nunca deixou de estar presente"
Ana Gomes supera Ventura em Viana do Castelo...por menos de 200 votos
Ana Gomes foi a segunda candidata mais votada no distrito de Viana do Castelo, alcançando 11,57%. A militante socialista superou André Ventura (11,38%) por uns escassos 171 votos. Marcelo Rebelo de Sousa alcançou 63,66%.
Vitorino Silva foi o quarto mais votado, com 4,01%, batendo Marisa Matias (3,69%), João Ferreira (3,19%) e Tiago Mayan Gonçalves (2,51%).
A abstenção foi de 61,51%.
Ventura fica em segundo em Faro com quase 17%
André Ventura obteve 16,69% dos votos no distrito de Faro, ficando apenas atrás de Marcelo Rebelo de Sousa, que alcançou 57,33%.
Ana Gomes foi terceira, com 11,74%, seguindo-se Marisa Matias (4,88%), João Ferreira (4,24%), Tiago Mayan Gonçalves (2,59%) e Vitorino Silva (2,53%).
A abstenção no distrito algarvio atingiu os 57,89%.
Ventura com mais votos que João Ferreira em Évora
O distrito de Évora deu também vitória a Marcelo Rebelo de Sousa com 54,70%, num total de 31.712 votos.
André Ventura ficou em segundo lugar, acima de João Ferreira, num distrito onde o PCP tem uma grande base de adesão.
Em 69 freguesias, o distrito de Évora deu a André Ventura
Ana Gomes ficou na quarta posição, com 10,30%, em 5.974 votos, e Marisa Matias obteve 3,59%. Já Tiago Mayan ficou com 2,03% e Vitorino Silva ficou com 1,82%.
Marcelo com quase 70% nos Açores. Ana Gomes em segundo
Marcelo Rebelo de Sousa alcançou 69,67% dos votos nos Açores, um dos seus melhores desempenhos nas eleições deste domingo.
Ana Gomes surge na segunda posição, com 11,09%, superando André Ventura, que obteve 9,38%.
Marisa Matias (3,94%) foi a quarta mais votadas, seguida de Tiago Mayan Gonçalves (2,07%), Vitorino Silva (1,95%) e João Ferreira (1,90%).
A abstenção foi de 64,08%.
Ventura chega aos 20% em Portalegre
O candidato populista e líder do Chega registou 20,04% dos votos no distrito de Portalegre, o melhor resultado até aqui alcançado por André Ventura no que à comparação de distritos diz respeito. O Chega obteve uma das maiores votações por distrito nas legislativas de 2019 neste distrito.
Marcelo Rebelo de Sousa venceu no distrito com 55,71%, enquanto com metade da percentagem de Ventura, Ana Gomes registou 10,22%. João Ferreira surge em quarto com 7,27%, seguindo-se Marisa Matias com 3,13%, Vitorino Silva com 1,85% e Mayan Gonçalves com 1,78%.
Vitorino em quarto em Braga, Ana Gomes em segundo
Braga também deu vitória clara a Marcelo Rebelo de Sousa. O distrito, que tem 347 freguesias, garantiu a Marcelo Rebelo de Sousa 63,93%, com 234.617 votos.
Ana Gomes garante o segundo lugar, quando a contagem neste distrito está fechada, com 12,20%, fruto de 44.780 votos. André Ventura ficou em terceiro com 10,70%, com 39.281 votos.
O quarto lugar ficou para Vitorino Silva que teve mais votos que Marisa Matias, João ferreira e Tiago Mayan.
Vitorino Silva teve, em Braga, 3,71%, ou 13.622 votos; Marisa Matias garantiu 3,43%, acima dos 3,25% de Tiago Mayan. João ferreira em último ficou com 2,78%.
Marcelo com mais de 70% na Madeira
A contagem no distrito da Madeira também já foi dada como encerrada. André Ventura ficou em segundo lugar nesse distrito (9,84%), onde Marcelo Rebelo de Sousa ganhou com 72,3%, uma das taxas mais elevadas em todo o país.
Ana Gomes ficou com 7,79%, à frente de Marisa Matias, Mayan, Tino de Rans e João Ferreira.
A abstenção ficou acima de 57%.
Ana Gomes sobe ao segundo lugar com 84 freguesias por apurar
Quando faltam apurar os resultados em apenas 84 freguesias e seis consulados, Ana Gomes ultrapassou André Ventura e ocupa agora o segundo lugar.
Marcelo Rebelo de Sousa conta já com 62,00% dos votos.
Ana Gomes soma 11,99% e André Ventura 11,95%, mas a diferença entre os dois candidatos é de apenas 1.084 votos.
Seguem-se João Ferreira (4,01%), Marisa Matias (3,91%), Vitorino Silva (3,25%) e Tiago Mayan Gonçalves (2,88%).
A abstenção situa-se em 62,98%.
Ventura supera os 17% no distrito de Bragança
Se Marcelo Rebelo de Sousa chegou aos 60,38% no distrito de Bragança, André Ventura (17,59%) também registou um resultado expressivo nesta região do interior norte.
Ana Gomes ficou-se por 10,76%, sendo que Vitorino Silva, com 3,67%, ficou à frente de Marisa Matias (3,44%), de João Ferreira (2,26%) e de Mayan Gonçalves (1,88%).
"Todos os objetivos do CDS para estas eleições foram conseguidos", com "pior resultado de sempre da esquerda"
Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP, reclama para o seu partido vitória nestas eleições. "As eleições presidenciais ditam a vitória à primeira volta do candidato apoiado pelo CDS, o que para nós motivo de tremenda satisfação".
Para o líder do CDS a votação mostra, mesmo, que "conseguimos não dividir a direita", especificando que se trata da vitória da "direita social", expressão, aliás, usada por Marcelo Rebelo de Sousa para distinguir a sua candidatura de direita da de André Ventura.
Francisco Rodrigues dos Santos diz mesmo que "todos os objetivos do CDS para estas eleições foram conseguidos", lembrando a derrota da esquerda. "A esquerda volta hoje a perder eleições, depois da derrota eleitoral dos Açores", dizendo, mesmo, que "a esquerda nunca teve um somatório tão escasso de votos como nestas eleições, é o pior resultado sempre".
O CDS, reclamando estar no centro direita, quer "construir alternativa para derrotar socialismo no governo de Portugal", pelo que o que dá força ao CDS "é contribuir para virar a página do socialismo em Portugal", estando já mobilizado e "preparado" para as autárquicas, eleições que, "com toda energia e determinação para garantir vitórias à direita e honrar a tradição do nosso partido".
O CDS, conclui, está hoje "uma vez mais a celebrar uma vitória eleitoral".
Marcelo conquista mais de 60% em Santarém, Ventura supera os 15%
Marcelo Rebelo de Sousa venceu este domingo as eleições presidenciais no distrito de Santarém, obtendo 60,76% dos votos, de acordo com os dados finais e oficiais.
André Ventura foi o segundo candidato mais votado, recolhendo a preferência de 15,75% dos eleitores do distrito.
Ana Gomes obteve 9,81%, João Ferreira 4,96%, Marisa Matias 3,73%, Vitorino Silva 2,74% e Tiago Mayan Gonçalves 2,25%.
A abstenção ascendeu a 55,09%.
Ana Gomes à frente de Ventura em Aveiro
Entre os distritos que já fecharam a contagem de votos, Aveiro é o primeiro onde Ana Gomes (11,81%) fica à frente de André Ventura (9,61%). Marcelo Rebelou de Sousa ganhou com 65,66% dos votos.
Marisa Matias surgem em quarto e Vitorino Silva em quinto, à frente de Mayan e João Ferreira.
A abstenção ficou acima dos 57%.
Coimbra dá segundo lugar a Ana Gomes
O distrito de Coimbra já tem a contagem fechada, num total de 155 freguesias apuradas.
Marcelo Rebelo de Sousa teve 62,44%, com 97.778 votos. Ana Gomes garantiu o segundo lugar com 13,02%, ou 20.398 votos. André Ventura ficou na terceira posição 10,01%, com 15.682 votos.
Marisa Matias garantiu 5,48%, acima de João Ferreira com 3,85%. Vitorino Silva ficou à frente de Tiago Mayan, que ficaram com 2,66% e 2,53%, respetivamente.
Marisa satisfeita por Ana Gomes ter ficado "acima das aldrabices e do ódio de Ventura"
A candidata presidencial apoiada pelo Bloco de Esquerda admitiu não ter obtido o resultado desejado, mas num remoque ao PS notou que, pelo menos, "não é uma falta de comparência". Marisa Matias revelou já ter dado os parabéns a Marcelo pela vitória e a Ana Gomes por ter ficado "acima das aldrabices e do ódio de André Ventura".
Carlos César: "André Ventura é por enquanto, mas só por enquanto, ameaça maior ao PSD do que ao país"
O presidente do PS, Carlos César, numa reação aos resultados provisórios, saudou o facto do PS ter deixado a cada um a escolha da votação. "O PS fez bem em valorizar a natureza unipessoal e a condição não partidária, fez bem em deixar ao critério de cada um, cada dirigente e de cada eleitor, a avaliação dos méritos das candidaturas e opção de voto".
Tanto Marcelo Rebelo de Sousa como Ana Gomes captaram, na leitura de André Ventura, eleitores do PS.
"A democracia foi vencedora à primeira volta", salientou Carlos César, interrogando quem considera que um segundo mandato de Marcelo pode ser diferente do primeiro. "As distinções meramente temporais são artificiais. O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa por estar a iniciar o segundo mandato não tem de ser diferente do primeiro".
A vitória de Marcelo é para o PS uma "boa notícia e enche de confiança para as tarefas difíceis no futuro".
"O que os resultados demonstram é que graças aos eleitores socialistas a democracia venceu na primeira volta, e o extremismo de direita foi derrotado como alternativa política no nosso país". Para Carlos César, "o candidato André Ventura é por enquanto, mas só por enquanto, ameaça maior ao PSD do que ao país".
Para o PS, "a vitória [de Marcelo Rebelo de Sousa] é uma boa notícia para o PS porque é uma boa notícia para a confirmação do regime democrático, derrota do extremismo de direita e para a estabilidade política e cooperação institucional, valores que agora e no futuro próximo serão ainda mais importantes, considerando as dificuldades da crise que atravessamos e irão prolongar-se". Para Carlos César, "Portugal saiu vencedor, e a democracia e a ordem constitucional saíram vencedoras".
Deixou, no entanto, uma nota: "quero exprimir a congratulação pela forma ordeira e tranquila como decorreu ato eleitoral neste dia de hoje, evidentemente que algumas das dificuldades que ocorreram poderiam ser evitadas e espero que o sejam futuramente", prometendo um esforço do PS associado a outros partidos para "procurar retificar métodos e a organização de votações que em circunstâncias como a presente, com a crise pandémica, foram mais relevantes".
Marcelo esmaga na Guarda e Ventura em segundo com mais de 14%
O candidato à reeleição obteve 64% dos votos no distrito da Guarda, enquanto André Ventura (14,33%) suplantou Ana Gomes (10,44%) na disputa pelo segundo posto.
Seguem-se Marisa Matias (3,47%), Vitorino Silva (3,35%), João Ferreira (2,46%) e Mayan Gonçalves (1,91%).
Ventura em segundo e Marcelo com 63,5% em Vila Real
Marcelo Rebelo de Sousa obteve 63,50% dos votos no distrito de Vila Real nas eleições presidenciais deste domingo. Na segunda posição surge André Ventura, com 13,70%, superando Ana Gomes, com 11,42%.
Vitorino Silva ficou em quarto, com 3,51%, seguido de Marisa Matias (3,26%), João Ferreira (2,53%) e Tiago Mayan Gonçalves (2,08%).
A abstenção no distrito situou-se em 64,19%.
Marcelo vence em Viseu superando os 65% e Ventura bate Ana Gomes
Marcelo Rebelo de Sousa foi o candidato mais votado no distrito de Viseu nas eleições deste domingo, obtendo 65,25% dos votos quando já foram contabilizados todos os boletins.
André Ventura ficou em segundo, com 13,16%, superando Ana Gomes, que obteve apenas 10,39%.
Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, alcançou a quarta posição, com 3,64%, à frente de Marisa Matias (3,34%), João Ferreira (2,20%) e Tiago Mayan Gonçalves (2,02%).
A abstenção cifrou-se em 62,74%.
Vitória à primeira volta? "Vamos ver", diz Marcelo que prefere "esperar para ver"
Apesar de todas as projeções à boca das urnas atribuírem a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa e a reeleição logo à primeira volta, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações feitas aos jornalistas presentes junto à casa do Presidente da República, fez questão de apelar à prudência na leitura dos resultados, lembrando que faltam apurar as freguesias com mais eleitores.
"Parecem poucas [freguesias], mas são grandes e o apuramento é sempre tardio", notou defendendo que os números finais conhecidos até ao momento são ainda "muito provisórios".
"Vamos ver" e "vamos esperar para ver", foi insistindo Marcelo para quem há "uma coisa certa: com este e a pandemia há que agradecer aos portugueses que votaram". Ainda assim, o Presidente da República e recandidato defendeu que, para futuro, e para evitar aumentos expressivos da abstenção por via do aumento do número de eleitores devido ao recenseamento automático dos emigrantes, "há que pensar no voto por correspondência e voto postal para os emgirantes".
Questionado ainda sobre o facto de todas as projeções indicarem que Marcelo, apesar da provável vitória à primeira volta, ficará distante dos 70% conseguidos por Mário Soares em 1991, o antigo comentador repetiu o argumento de que o resultado do fundador do PS "é irrepetível na democracia portuguesa".
Ventura em segundo lugar em Castelo Branco
A contagem no distrito de Castelo Branco foi dada como encerrada. André Ventura ficou em segundo lugar nesse distrito, onde Marcelo Rebelo de Sousa ganhou com 62,43%, ao conseguir 39.702 votos.
André Ventura garantiu 14,66%, com os 9.320 votos, superando Ana Gomes que com 6.921 votos ficou com 10,88%.
Marisa Matias fica em quarto, com 4,06%, destronando João Ferreira que obteve em Castelo Branco 3,31%. Vitorino Silva garantiu 2,69%, à frente de Tiago Mayan que obteve 1,97%.
No concelho de Castelo Branco, Marcelo consegue 57,79%.
Marcelo vence com mais de 50% no distrito de Beja, Ventura em segundo
O atual Presidente da República e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, venceu as eleições deste domingo no distrito de Beja, que já terminou o apuramento dos votos em todas as freguesias.
O atual chefe de Estado obtém 51,30% dos votos, seguido de André Ventura, com 16,19%.
Na terceira posição surge João Ferreira, com 15,02%, seguindo-se Ana Gomes (10,70%), Marisa Matias (3,61%), Vitorino Silva (1,63%) e, por último, Tiago Mayan (1,35%).
A abstenção situou-se nos 56,06%, acima dos 52,63% das eleições presidenciais de 2016.
Vitorino Silva só quer ter "mais um voto" do que há cinco anos e aguarda otimista
O candidato presidencial Vitorino Silva confessou hoje que só quer "ter mais um voto" do que há cinco anos, mostrando-se esperançoso com a possibilidade de ter mais votos do que em 2016, em reação às primeiras projeções.
"Eu só acredito numa sondagem que é a da contagem dos votos mas estava em zeros durante muito tempo (...) Agora é esperar pelos resultados. Acho que devo estar orgulhoso pelo caminho que tive e é um bom caminho", considerou o candidato.
Vitorino Silva, mais conhecido por 'Tino de Rans', que está a acompanhar os resultados das eleições presidenciais a escassos metros de sua casa, em Rans, Penafiel, acrescentou ainda que será uma "honra ficar em sétimo lugar apesar de haver oito pessoas no boletim de voto", referindo-se a Eduardo Baptista, que não conseguiu assinaturas suficientes para a oficialização da candidatura.
"Toda a gente sabe que o meu grande objetivo é ter mais um voto e estou esperançado e acho que posso conseguir mais um voto", disse à Lusa o candidato, ao telefone.
Momentos depois, em declarações aos jornalistas em Penafiel, Tino acrescentou que fez "uma campanha limpinha", "sem padrinhos, sem pai, apenas com apoio de amigos" provando, segundo o próprio, que "é possível qualquer português ser candidato", deixando um apelo: "não tenham medo".
"Tino" perde em Rans para Marcelo por 20 votos
Na freguesia de Rans, do concelho de Penafiel, a contagem deu Marcelo Rebelo de Sousa em primeiro lugar, destronando o conterrâneo Vitorino de Silva.
De acordo com os dados do Ministério da Administração Interna, Marcelo Rebelo de Sousa ficou nessa freguesia com 44,25%, contra os 41,98% de Vitorino Silva.
No entanto, a diferença de votos foi de apenas 20. Marcelo Rebelo de Sousa recebeu 389 votos e Vitorino Silva 369.
Nesta freguesia, o terceiro lugar ficou para André Ventura, com 55 votos, o que lhe deu 6,29, passando os 4,66% - 41 votos - de Ana Gomes.
Com 622 freguesias por apurar Marcelo soma 63,9% e Ventura à frente de Ana Gomes
Numa altura em que faltam apurar os resultados em 622 freguesias e 25 consulados, Marcelo Rebelo de Sousa lidera a votação nas eleições presidenciais, com 63,89% dos votos.
Na segunda posição surge André Ventura, com 12,46%, à frente de Ana Gomes (10,36%).
No entanto, estes resultados ainda não contemplam algumas das freguesias mais populosas, pelo que os números finais ainda podem sofrer grandes alterações. Pode acompanhar em tempo real os resultados aqui.
Por exemplo, a abstenção neste momento ascende a 65,54%, acima do limite máximo de todas as projeções.
Malheiro deixa "leitura política" sobre Ventura para o líder do PSD
O autarca de Ovar e vice-presidente do PSD, Salvador Malheiro, destacou os dados da participação eleitoral, que vieram "contrapor a previsão mais negativa" que apontava para uma abstenção bem acima do verificado.
Malheiro recusou depois analisar o resultado de André Ventura, líder do Chega, e respetivo impacto para uma direita em reconfiguração. "Todas as leituras políticas deste ato eleitoral", em particular a questão colocada pelos jornalistas sobre Ventura, "ficarão para um segundo momento", quando Rui Rio falar aos portugueses, ainda na noite deste domingo.
IL: "A onda liberal que Tiago Mayan falou confirma-se"
A Iniciativa Liberal (IL), pela voz de Rodrigo Saraiva, salientou, numa primeira reação aos resultados transmitda pelas televisões, realçou, inicialmente, que "as várias projeções dizem coisas iguais e diferentes", pelo que naquilo que é diferente "temos de aguardar pelo fim da noite".
Mas já há a garantia de que não haverá segunda volta, lembrou, concluindo: "Terminam hoje [as eleições presidenciais] à primeira volta".
Quanto à candidatura que a IL apoiou, a de Tiago Mayan Gonçalves, para Rodrigo Saraiva "a onda liberal que Tiago Mayan falou confirma-se. A decisão de Tiago em avançar e da IL apoiá-lo foram decisões corretas. Havia um eleitorado que não podia ficar órfão, pelo que as projeções confirmam que foi a decisão acertada".
Reeleição de Marcelo enche o CDS de satisfação
António Carlos Monteiro, do CDS, diz que as projeções, a confirmarem-se, "enchem o CDS de satisfação", pois o candidato que apoiou "conseguiu revalidar os resultados de há cinco anos".
Assinalando que nas "eleições presidenciais não há segundos lugares", António Carlos Monteiro diz que estes resultados "confirmam a derrota daqueles, da esquerda à direita, que tentaram forçar a segunda volta".
Acrescentou que o CDS "sauda o candidato e futuro presidente reeleito" e adiantou que "não é possível transpor os resultados presidenciais para os partidos que o apoiam".
Paulo Pedroso: "pela primeira vez desde o 25 abril há ameaças sérias à Constituição"
Numa primeira reação às projeções, no quartel-general de Ana Gomes, o seu diretor de campanha, Paulo Pedroso não se alongou nos comentários, nomeadamente no facto de Ana Gomes não ter conseguido levar Marcelo Rebelo de sousa a uma segunda volta.
Ainda assim, Paulo Pedroso diz que "esta noite vai obrigar todos os quadrantes políticos que se reconhecem na Constituição a pensar o futuro, não podemos ignorar que pela primeira vez desde o 25 abril há ameaças sérias à Constituição, que são um perigo e não uma nova ideia".
Mas não havendo ainda resultados e querendo esperar pelos mesmos, o diretor de campanha de Ana Gomes diz que esta candidatura ocupou um espaço que de outra forma não haveria, uma representação que congrega a esquerda democrática, ecológica, europeista, que "teria ficado deserto se não houvesse esta candidatura" que surgiu "para representar um espaço amplo" e isso, disse, "conseguiu-o plenamento".
Bloco: "Não atingimos objetivos traçados para estas eleições"
Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, numa primeira reação às projeções reconheceu que "se se confirmarem os resultados das projeções não atingimos objetivos traçados para estas eleições".
E falou de outra conclusão que o Bloco tira destes resultados. Há uma "reconfiguração da direita e o reconhecimento que normalizar extrema direta é mau resultado para país".
Pedro Filipe Soares acrescentou: "Avisámos muitas vezes. A normalização da extrema direta resulta na reconfiguração da direita que está aos olhos de todos".
Salientando tratar-se das presidenciais, "cá estaremos - a Marisa Matias e o Bloco - nas lutas essenciais, na resposta à crise pandémica, social e económica, na luta pelos direitos de quem trabalha. E o combate importantíssimo às alterações climáticas".
O dirigente bloquista ainda comentou o facto de os portugueses terem optado por resolver as eleições à primeira volta.
PCP: Corrida não é entre terceiro, quarto e quinto
Sondagens são sondagens. "O grau e a diferença entre [as projeções] são enormes", comentou o dirigente comunista, Dias Coelho, que se encontra na sede de campanha de João Ferreira, em declarações à RTP.
E por isso espera pelos resultados finais. No entanto, foi dizendo que "a corrida não é entre terceiro, quarto e quinto, é quem no final é eleito", e tudo indicada, acrescentou, que "será o atual presidente", que não separou a candidatura da função.
Ainda assim Dias Coelho salientou que a candidatura de João Ferreira, "tendo percorrido o país todo e congregado muitos apoios à sua volta", foi, disse, "a única que se concentrou no essencial, na Constituição da República, competências do presidente e os valores que a Constituição expressa e consagra".
João ferreira está na luta, com Marisa Matias e Tiago Mayan, pelo quarto lugar.
Diretor de campanha de Ventura ainda acredita no segundo lugar
O diretor de campanha de André Ventura, considerou que os resultados do candidato apoiado pelo Chega são "históricos" e acredita que o segundo lugar ainda é possível.
Indicando que André Ventura irá reagir "após as 22:00, quando se conhecerem mais resultados", Rui Paulo Sousa afirmou que a candidatura continua a acreditar que ainda será possível superar o resultado de Ana Gomes e alcançar o segundo lugar.
André Ventura surge em terceiro lugar em todas as projeções divulgadas pelas televisões, embora com os intervalos de resultados a permitirem que o candidato fique à frente da militante socialista.
CMTV atribui reeleição a Marcelo com 58,2%
A projeção da Intercampus para a CMTV corresponde às perspetivas pré-eleitorais ao atribuir a vitória ao recandidato Marcelo Rebelo de Sousa e a reeleição logo à primeira volta com 58,2%.
A socialista Ana Gomes consegue o segundo lugar com 14,5% e André Ventura queda-se pela terceira posição com 11,9%.
Já a disputa pela quarta posição é mais renhida, já que a bloquista Marisa Matias obtém 4,3%, o liberal Tiago Mayan Gonçalves regista 4,2% e o comunista João Ferreira garante 4,1%. Em último, Vitorino Silva alcança 2,8%.
Projeção da Intercampus
Marcelo Rebelo de Sousa: entre 55,8% e 60,6% (valor médio: 58,2%)
Ana Gomes: entre 12,7% e 16,3% (valor médio: 14,5%)
André Ventura: entre 10,1% e 13,7% (valor médio: 11,9%)
Marisa Matias: entre 3,1% e 5,5% (valor médio: 4,3%)
Tiago Mayan Gonçalves: entre 3% e 5,4% (valor médio: 4,2%)
João Ferreira: entre 2,9% e 5,3% (valor médio 4,1%)
Vitorino Silva: entre 1,6% e 4% (valor médio: 2,8%)
SIC dá Marcelo eleito à primeira volta e Ana Gomes em segundo
A sondagem à boca das urnas realizada pela Metris/GfK para a SIC indica que Marcelo Rebelo de Sousa é reeleito Presidente da República à primeira volta. Ana Gomes alcança a segunda posição, embora os intervalos permitam a André Ventura superar a militante socialista.
Mais abaixo, tudo está em aberto embora João Ferreira surja com uma ligeira vantagem sobre Marisa Matias e Tiago Mayan.
Projeção
Marcelo Rebelo de Sousa: Entre 55,5 e 60%
Ana Gomes: Entre 13,1 e 17,1%
André Ventura: Entre 10,1 e 14,1%
João Ferreira: Entre 3,3 e 6,3%
Marisa Matias: Entre 2,4 e 5,4%
Tiago Mayan Gonçalves: Entre 2,3 e 5,3
Vitorino Silva: Entre 1,3 e 3,3
Projeção da TVI aponta para vitória de Marcelo com mais de 56% dos votos
A projeção à boca das urnas da Pitagórica para a TVI e Observador dá a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa à primeira volta, com uma votação entre 56,4% e 60,4%. Ana Gomes surge em segundo e André Ventura em terceiro.
Marcelo Rebelo de Sousa: Entre 56,4% e 60,4%
Ana Gomes: Entre 12,2% e 16,2%
André Ventura: Entre 9,9% e 13,9%
Marisa Matias: Entre 2,2% e 6,2%
João Ferreira: Entre 2,1% e 6,1%
Tiago Mayan Gonçalves: Entre 2,3% e 6,3
Vitorino Silva: Entre 0,9% e 4,9%
Projeção RTP: Marcelo ganha à primeira volta. Ana Gomes em segundo
Na projeção da Universidade Católica para a RTP, feita à boca das urnas, Marcelo Rebelo de Sousa é reconduzido à primeira volta.
Marcelo Rebelo de Sousa: entre 57% e 62%
Ana Gomes: entre 16 e 13%
André Venture: entre 12 e 8%
Marisa Matias: entre 5,5% e 3,5%
João Ferreira: 5,5% e 3,5%
Tiago Mayan Gonçalves: entre 5% e 3%
Vitorino Silva:entre 4% e 2%
Ou seja, com base nestes valores a disputa renhida vai ser pelo quarto lugar.
'Tino' diz que portugueses deram "lambada de luva branca" a quem tinha interesse na abstenção
O candidato presidencial Vitorino Silva considerou hoje que "o povo demonstrou que está atento" e deu uma "lambada de luva branca" a quem tinha interesse em taxas de abstenção altas.
"O povo demonstrou que está atento, o povo quer falar e desabafou. (...) Estou muito orgulhoso e foi uma lambada de luva branca para aqueles politólogos que têm interesse em muita abstenção", considerou o candidato apoiado pelo partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR) em declarações à Lusa.
Vitorino Silva, mais conhecido por 'Tino de Rans', está a acompanhar os primeiros resultados numa garagem a escassos metros da sua casa, em Rans, Penafiel, e foi lá que viu as projeções das televisões que apontam para uma abstenção nas presidenciais entre 50% e 60%.
"Contrariamente ao que estavam passar imagem, a dizer que ia haver uma abstenção de 70% e 75%, nós temos que ter muito cuidado em quem fala na televisão porque há muito interesse em muita gente para que haja muita abstenção", adiantou ainda o candidato.
Marcelo espera que ciclo de subida das abstenções nas reeleições seja quebrado
Marcelo Rebelo de Sousa que já está em casa, diz que vai agora olhar para os discursos. Diz que fez três. "Às oito se saberá efetivamente qual dos discursos vai ser definitivo", mas, disse aos jornalistas, em declarações transmitidas pelas televisões, "se me pergunta se preferia ganhar, preferia ganhar a perder, mas isso acho que toda a gente".
O presidente da República votou em Celorico de Basto e agora regressou à sua casa a Cascais, onde diz que vai jantar com a comida que comprou em "take away".
Não quis fazer muitos comentários, ainda que prefira, na abstenção, ver o número dos que votaram em Portugal. "Vamos esperar pelos valores finais". Mas lembrou que há portugueses fora do país - o número de registados subiu de 300 mil para 1,5 milhões - que não votaram em elevados níveis. "Já se viu [aí] que a abstenção será muito elevada, e temos de fazer a conta com isso". Por isso prefere que se distinga entre a "abstenção cá e lá fora".
Cá dentro diz ser positivo se se quebrar o ciclo de aumento da abstenção nas reeleições. "Havia um ciclo nas reeleições de abtenções maiores do que nas eleições, se for possibvel quebrar isso era bom sobretudo em pandemia".
"Como presidente fico contente com esforço". Se apesar da chuva, da pandemia e de ser uma reeleição, "se apesar disso tudo os portugueses saíram ao nível daquilo que se vê foi um esforço enorme. Vamos esperar para ver".
Iniciativa Liberal saúda vontade dos portugueses em participar nas eleições
Rodrigo Saraiva, porta-voz da Iniciativa Liberal, defendeu que se no final da noite se confiarem os dados agora projetados para a abstenção, então "não se confirma o afastamento, alheamento e ausência dos portugueses", antes um aumento da participação eleitoral.
Pelo contrário, será indicativo de que os "portugueses querem participar e querem votar", argumentou para depois lamentar as situações em que alguns "portugueses não puderam exercer o seu direito de voto", o que é motivo de "preocupação para todos".
O responsável da IL mostrou-se ainda confiante de que a candidatura de Tiago Mayan Gonçalves obtenha um resultado capaz de confirmar que "há uma visão liberal" em Portugal e que seja o "reconhecimento de que a mensagem [da IL] tem estado a passar".
Candidaturas lamentam elevada abstenção
Após serem divulgadas as projeções para a abstenção, com valores que vão dos 50% a 55% (RTP), dos 54,5% a 58,5% (TVI) e dos 56% a 60% (SIC) foram já várias as candidaturas a reagir.
A candidatura de André Ventura lamentou os dados das projeções sobre a afluência às urnas.
Também a candidatura de João Ferreira se mostrou preocupada com os níveis de abstenção, lembrando "um quadro particularmente difícil".
A candidatura de Marisa Matias, por seu turno, referiu que "qualquer número elevado de abstenção é preocupante" e aproveitou para saudar e elogiar o "esforço de milhares de pessoas" na realização deste ato eleitoral.
Projeção da CMTV aponta para abstenção recorde entre 54% e 58%
A projeção feita à boca das urnas pela CMTV aponta para uma taxa de abstenção situada entre os 54% e os 58%, bem abaixo dos valores na casa dos 70% que chegaram a ser temidos.
A confirmar-se um valor compreendido naquele intervalo, será o mais elevado nível de abstencionismo em presidenciais de sempre, superando o máximo de 53,5% registado em 2011 aquando da reeleição de Cavaco Silva.
Ainda assim, apesar de umas eleições realizadas na pior fase da crise pandémica em Portugal, numa altura em que o frio e chuva apertam e em que também estava em jogo a reeleição de um candidato (o que, historicamente, se traduz em mais abstenção), a taxa de abstenção acabará por ficar pouco acima dos valores observados nas últimas duas presidenciais, em 2011 (53,5%) e em 2016 (51,3%).
No entanto, a comparação da abstenção nestas presidenciais com atos eleitorais para Belém do passado pode ser enganadora, isto porque os cadernos eleitorais foram insuflados com o recenseamento automático de mais de 1 milhão de emigrantes, um eleitorado normalmente caracterizado por pouca adesão eleitoral.
Urnas já fecharam em Portugal Continental e nos Açores
As urnas já fecharam na mesas de voto em Portugal Continental e nos Açores, mas só encerram pelas 20h00 (hora de Lisboa), pelo que só a essa hora começam a ser divulgados os primeiros resultados oficiais.
Projeção SIC: Abstenção entre 56 e 60%
A projeção da Metris/GfK para a SIC indica que a abstenção nas eleições presidenciais deste domingo ter-se-á situado entre os 56% e os 60%.
A confirmarem-se estes valores, trata-se do valor mais elevado de sempre numas eleições presidenciais. O anterior máximo era de 53,48%, em 2011.
Projeção da TVI aponta para abstenção entre 54,5% e 58,5%
A projeção à boca das urnas da Pitagórica para a TVI e Observador revela que a abstenção nas eleições Presidenciais deste domingo terá ficado entre 54,5% e 58,5%, o que aponta para níveis recorde.
Nas Presidenciais de 2016 a abstenção ficou em 51,17%, o segundo valor mais elevado desde o 25 de abril. O recorde foi atingido em 2011 (53,48%), na votação que deu o segundo mandato a Cavaco Silva.
Projeção RTP: Abstenção entre 50% e 55%
A abstenção deve atingir, nestas eleições presidenciais, entre 50% e 55%, segundo a projeção da RTP, feita pela Universidade Católica.
Esta é uma das mais baixas projeções para a abstenção nestas eleições, em particular o minímo do intervalo.
Nas Presidenciais de 2016, a abstenção ficou em 51,17% e o recorde foi atingido em 2011 com 53,48%, na votação que deu o segundo mandato a Cavaco Silva.
Siga os resultados das eleições no site do Negócios
O Negócios tem uma página especial com a atualização dos resultados das eleições presidenciais em tempo real. Siga aqui a evolução da contagem dos votos.
André Ventura espera uma "noite longa pela frente"
O candidato André Venturajá chegou à sede de campanha em Lisboa, dizendo, em comentários às estações de televisão, que está confiante, mas preferiu não fazer muitos comentários para "não fazer nada que possa ser considerado apelo ao voto ou apelo à participação".
Tendo assumido que rezou não pelo resultado mas "pelo que conseguimos", André Ventura acredita que terá "uma noite longa pela frente".
E assumiu só ter uma versão de discurso, que é o de "respeitar a vontade dos portugueses".
Cavaco diz que portugueses estão a dar “lição de grande civismo”
O ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva disse hoje que os portugueses estão a dar "uma lição de grande civismo" ao votar nas eleições presidenciais deste domingo, esperando que a abstenção não seja tão elevada quanto se prevê.
"Era bom que as previsões de abstenção não se concretizassem. Acredito que os portugueses estão a fazer um esforço neste tempo de pandemia", afirmou Aníbal Cavaco Silva, após ter exercido o direito de voto numa secção em Lisboa, em declarações transmitidas pela CMTV.
O antigo chefe de Estado referiu que "estas eleições ocorrem num tempo anormal, um tempo de grande tristeza", em que a normalidade da vida está suspensa devido à covid-19, considerando que é "uma tragédia que leva a que o pensamento das pessoas, dos portugueses, esteja muito voltado para pandemia e haja pouco espaço para pensar seriamente as eleições".
"Mas é preciso lutar. Eu acabei de cumprir o meu dever cívico. Nós não podemos baixar os braços neste tempo tão difícil e, neste tempo tão difícil, de acordo com as informações, os portugueses estão a dar uma lição de grande civismo", declarou.
Cavaco Silva considerou que "era bom que as previsões de abstenção não se concretizassem", reiterando a ideia de que os portugueses estão a fazer um esforço para ir votar, apesar de "a dor e o sofrimento" da pandemia atingirem "muitos milhares".
Projeção aponta para maior abstenção de sempre em Presidenciais
Uma projeção efetuada pela CMTV aponta para que a abstenção nas eleições deste domingo se situe entre os 54% e 58%, com um ponto médio nos 56%.
A confirmarem estas projeções, a abstenção será a mais elevada de sempre em Presidenciais.
Nas Presidenciais de 2016, a abstenção ficou em 51,17% e o recorde foi atingido em 2011 com 53,48%, na votação que deu o segundo mandato a Cavaco Silva.
Afluência às urnas já está abaixo de 2016. Votaram 35,44% dos eleitores
Os dados divulgados pela secretaria-geral do ministério da Administração Interna, com a afluência às urnas até às 16h00, mostram que nas primeiras oito horas votaram 35,44% dos eleitores recenseados, o que indica uma afluência às urnas inferior ao observado nas últimas eleições.
Nas Presidenciais de 2016, no mesmo período, tinham votado 37,69% dos eleitores. E nas Presidenciais de 2011 (quando foi atingido um recorde de abstenção) apenas 35,16%.
Assim, ao contrário do que indicavam os dados até às 12h00, a pandemia está a provocar um aumento da abstenção dos portugueses.
Contudo, há cinco anos não tinha ainda ocorrido o recenseamento automático dos emigrantes, que engrossou em 1.208.536 o número de eleitores habilitados a votar nestas eleições, comparativamente com as Presidenciais de 2016.
Tendo em conta que estão recenseados mais de 10,8 milhões de portugueses, nas primeiras oito horas do dia votaram mais de 3,85 milhões de portugueses. No mesmo período do sufrágio de 2016 tinham votado 3,67 milhões de portugueses.
Assim apesar da afluência ser inferior, o número de portugueses que votou até às 16h00 é quase 180 mil superior ao registado em 2016.
Os dados da afluência às urnas até às 12h00 mostravam uma descida a abstenção. Nas primeiras quatro horas votaram 17,07% dos eleitores recenseados, acima dos 15,82% de há cinco anos.
Nas eleições de 2016 a abstenção ficou em 51,17%. O nível máximo ocorreu nas eleições que elegeram Cavaco Silva para um segundo mandato em 2011 (53,48%).
CNE enviou recomendações adicionais às mesas de voto às 11:00 deste domingo
Dois minutos depois das 11:00 da manhã deste domingo, e já em plena jornada eleitoral e com as votações a decorrer, a Comissão Nacional de Eleições enviou um conjunto de seis recomendações adicionais para as mesas de voto terem em conta no ato eleitoral deste domingo, necessárias em virtude da pandemia.
No documento a que o Negócios teve acesso, a CNE faz recomendações genéricas a qualquer tipo de eleição, mas em virtude da circunstância sanitária refere, por exemplo, que apesar de ser recomendável a utilização de "caneta própria", na realidade "nenhum eleitor pode ser impedido de votar se não tiver caneta".
A CNE diz ainda que "admite-se que os membros de mesa permitam que seja o próprio eleitor" a introduzir o respetivo voto em urna de modo a garantir a "segurança de todos os que intervêm no processo".
No sexto e último ponto, é ainda referido que "a admissão de eleitores na assembleia de voto faz-se até às 19 horas. Depois desta hora apenas poderão votar os eleitores presentes na fila, independentemente de se encontrarem dentro do edifício da assembleia de voto ou fora dele, podendo ser usada, por exemplo, a distribuição de senhas numeradas e rubricadas pela mesa".
Na passada sexta-feira, o Negócios noticiou que a Direção Geral de Saúde (DGS), apesar do agravamento da crise pandémica em Portugal, não alterou as orientações sanitárias referentes às eleições presidenciais deste domingo.
Afluência às urnas às 12:00 é a maior desde 2006
A afluência às urnas às 12:00 nas presidenciais de hoje em Portugal, 17,07%, é a segunda mais alta desde as eleições de 2006, ano em que este número passou a ser divulgado pela administração eleitoral.
Este valor só é superado em eleições presidenciais pelo de 2006, quando a afluência às 12:00 foi de 19%.
Nas anteriores presidenciais, em 2016, que elegeram Marcelo Rebelo de Sousa, tinham votado, nas primeiras quatro horas, 15,82%, numas eleições em que a abstenção foi de 51,3%.
Em 2006, eleições ganhas por Cavaco Silva, a afluência às urnas até às 12:00 foi de 19%. A abstenção nestas eleições foi de 38,5%.
Cinco anos depois, em 2011, da reeleição de Cavaco, votaram, até às 12:00, 13,39% dos eleitores. Nesse ano, 53,5% dos eleitores optaram por não votaram.
"Muito importante que tantos cidadãos e cidadãs se tenham mobilizado para ir votar"
Ana Gomes foi a última candidata a votar nas eleições, já depois das 15h, na escola secundária de Cascais.
A candidata considerou ser "muito positivo que tantos cidadãos e cidadãs estejam a votar". Nas mesas de voto "disseram-me que a afluência está a ser alta", afirmou aos jornalistas.
"O voto é um direito, mas também um dever cívico", pelo que é "muito importante e significativo que tantos cidadãos e cidadãs se tenham mobilizado para ir votar, não obstante as circunstâncias", uma vez que "estas eleições são muito importantes para o reforço da democracia".
Acrescentou que a "sensação que tenho é que o exercício do voto está a ser seguro".
A militante do PS lamentou, tal como foi alertando ao longo da campanha, que hoje "muitas pessoas que quereriam votar não poderão" fazê-lo, questionando porque não se encontraram alternativas atempadamente, como o voto eletrónico.
"Uns porque estão doentes, outros em isolamento profilático. Tenho particular pena que muitos dos nossos emigrantes não tenham podido votar e só não votaram porque não se legislou a tempo e horas", disse.
"É uma honra poder votar para escolher quem será a Presidente ou o Presidente dos portugueses"
O primeiro-ministro regressou ao twitter para homenagear os que lutaram para instalar a República e para que o voto para a escolha do Presidente da República fosse livre, democrático e diretamente exercido pelos cidadãos.
Homenageamos os que lutaram para instalar a República e para que o voto para a escolha do Presidente da República fosse livre, democrático e diretamente exercido pelos cidadãos. É uma honra poder votar para escolher quem será a Presidente ou o Presidente dos portugueses. pic.twitter.com/OCug4s5a1c
— António Costa (@antoniocostapm) January 24, 2021
CNE diz que eleições estão a decorrer com normalidade
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) indica que o processo eleitoral para as presidenciais está a decorrer dentro da normalidade, com apenas alguns relatos de filas grandes, já expectáveis e salutares por poderem ser demonstrativas de elevada participação.
"Não há registo de qualquer tipo de problema, apenas alguns relatos de filas grandes", disse à Lusa o porta-voz da CNE, João Tiago Machado, sublinhando não ter recebido "queixas", apenas uns "relatos, em género de desabafo, mas que têm vindo a diminuir de intensidade".
Relativamente às filas, o porta-voz admite que já seria expectável, devido às medidas de segurança que têm de ser acauteladas para conter a propagação do novo coronavírus, e considera o fenómeno até "salutar", porque pode significar que "a abstenção não será tão grande" quanto se estava à espera.
No entanto, reconhece também que poderá ter a ver com a própria organização feitas pelas autarquias, já que em alguns locais a votação está a decorrer sem filas.
Segundo dados disponibilizados pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (MAI), até às 12:00 de hoje, a afluência às urnas situava-se nos 17,07%, um valor ligeiramente mais elevado do que o observado nas últimas eleições presidenciais, em 24 de janeiro de 2016, quando, à mesma hora, tinham votado 15,82% dos eleitores.
Esta afluência inclui a votação antecipada que teve uma participação mais elevada do que nas eleições anteriores.
Nas presidenciais de 2016, a taxa de abstenção atingiu os 51,3%.
As mesas de voto abriram hoje às 08:00 sem problemas de maior e sem qualquer caso reportado de boicote, mas em algumas zonas do país a descarga dos votos antecipados atrasou o inicio da votação, levando à formação de filas.
Tirando esta circunstância, registaram-se apenas "três sítios em que houve contingências de abertura de portas", mas que foram fácil e rapidamente resolvidas.
Numa junta de freguesia houve um assalto, mas nada foi roubado, e noutras duas houve "bloqueios de portões, que foram prontamente resolvidos com recurso a serralheiro", acrescentou o porta-voz da CNE.
As assembleias de voto para as eleições presidenciais encerram às 19:00.
Nos Açores, as mesas de voto abriram e encerram uma hora depois em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.
Marcelo realça respeito pelas regras sanitárias
O Presidente da República e recandidato ao cargo nas eleições de hoje, Marcelo Rebelo de Sousa, votou em Celorico de Basto, onde saudou o facto de as presidenciais estarem a decorrer cumprindo as regras sanitárias exigidas pela pandemia.
"Não choveu, o que é uma boa notícia para os portugueses poderem votar. Sei que está a decorrer muito bem por todo o país o voto, com distanciamento, com respeito das regras sanitárias, com paciência das pessoas onde há filas", afirmou, em declarações as jornalistas.
O chefe do Estado e candidato à reeleição votou cerca das 13:00, na Junta de Freguesia de Lodares, no concelho de Celorico de Basto, no distrito de Braga, onde tem raízes familiares.
Após ter votado, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a melhoria das condições meteorológicas, o que pode ser um bom indicador para as pessoas irem votar.
"O tempo, ao contrário de ontem, que prometia o pior, tem estado o muito bom. Aquilo que as pessoas têm visto nas televisões e ouvido falar nas rádios e nas redes sociais é que tem sido possível votar, desde muito cedo, e tem havido respeito de todas as regras, sem risco, sem problema".
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que "as pessoas podem escolher várias horas daqui até ao encerramento das urnas" para votar, "sem nenhum problema e sem a preocupação de poder resultar aquele afluxo inesperado há uma semana".
André Ventura: "a arma a usar é o voto"
O candidato presidencial André Ventura apelou à participação dos cidadãos nas eleições, defendendo que "a arma" a "usar é o voto" em tempos de pandemia e crise, porque "o futuro está em causa".
O líder do Chega votou na Escola Básica e Jardim Infantil do Parque das Nações, Lisboa, a freguesia mais jovem de Portugal, onde estão instaladas quatro mesas de voto, com cerca de 4.000 inscritos no total.
"Votar nunca foi um ato tão importante como é hoje, porque o nosso futuro está em causa. Quando o futuro está em causa, a arma que temos de usar é o voto, independentemente de em quem [votar] ou em que projeto. É importante que não pensemos amanhã que deixamos outros decidir por nós", disse aos jornalistas.
Segundo o presidente e candidato único do partido da extrema-direita parlamentar, "a melhor forma de responder a uma pandemia e a uma crise é mostrar" que se quer "escolher o futuro de Portugal".
"Acho que a abstenção não vai favorecer nenhum candidato, certamente não vai favorecer os que estarão mais acima nas intenções de voto", acrescentou, sublinhando ser importante que o próximo chefe de Estado tenha legitimidade reforçada pela participação cívica dos cidadãos.
Ventura chegou à assembleia de voto pelas 12:36, acompanhado pela mulher, Dina, e os habituais três seguranças pessoais privados e introduziu o seu voto na urna da 15.ª secção da freguesia do Parque das Nações às 12:42.
Costa apela ao voto apesar de demorar "mais um bocadinho"
O primeiro-ministro, António Costa, apelou hoje ao voto, apesar de "demorar um bocadinho mais" por causa da pandemia, e agradeceu às pessoas que "estão a sacrificar o seu domingo" para assegurar o funcionamento do ato eleitoral.
"Queria agradecer, muito em particular, aos milhares de pessoas que estão a sacrificar o seu domingo para estarem nas mesas de voto, para assegurarem o normal funcionamento deste ato eleitoral", disse António Costa, pouco depois de votar para as eleições presidenciais, nas Escola Básica Jorge Barradas, em Benfica, concelho de Lisboa.
O chefe do Governo recordou que "hoje demora um bocadinho mais tempo a votar", no entanto, é apenas de cinco em cinco anos – no caso das eleições para a Presidência da República – que os cidadãos têm a "honra de poder votar para escolher quem é a pessoa que será a Presidente ou o Presidente dos portugueses".
Vitorino Silva diz que voto defende a democracia
O candidato presidencial Vitorino Silva apelou ao voto nas eleições de hoje para defender a democracia, mostrando-se confiante de que os portugueses vão "maciçamente" às urnas e depois se protegerão "a si e aos outros, ficando em casa".
"Vale a pena votar. O voto é o que nos une à democracia e a democracia é o melhor sistema. Temos de defender a nossa democracia. É preciso ter coragem para sair de casa, em tempo de pandemia, mas vale a pena", disse Vitorino Silva.
O candidato votou cerca das 11:45 na Junta de Freguesia de Rans, concelho de Penafiel, sem ter enfrentado filas ou demoras porque em causa está uma secção de voto onde estão inscritos, contou o próprio aos jornalistas, "cerca de 1.000 pessoas".
"Em Rans é fácil não haver filas. Mas não me posso esquecer das terras por onde passam 35.000 pessoas por um portão", disse, exemplificando com Ermesinde, freguesia do concelho de Valongo que disse conhecer bem.
"E há muitos Ermesinde neste país. Mas votar é importante (…). Fico contente por ter exercido o direito de voto e pelo São Pedro nos ajudar. O povo vai sair à rua, o povo vai desabafar, vai às urnas eleitorais, mas em segurança", disse Vitorino Silva.
Entre alguns acenos à distância e na companhia de familiares, o candidato frisou a ideia de que "não há nenhum voto que valha mais do que outro".
"O voto de um Presidente da República, o voto de um calceteiro, o voto de um trolha, o voto de um médico, o voto de um juiz, o voto de um preso, o voto de um doente hospitalar, contam todos por igual. Podem ter a certeza absoluta", afirmou.
Conhecido como Tino de Rans, o candidato mostrou-se confiante de que os números da abstenção, apesar da pandemia da covid-19, serão inferiores a atos eleitorais anteriores e falou na importância dos jovens.
"Os jovens hoje são cidadãos do mundo. Tenho a certeza que os jovens portugueses aprenderam muito, acordaram para a vida e sabem que não podem ficar em casa. Tenho a certeza que os jovens vão ajudar a passar a abstenção", referiu.
Vitorino Silva, que garantiu que vai ficar em casa o resto do dia, local onde aliás pretende reagir aos resultados eleitorais, disse estar "apaixonado" por estas eleições, por uma campanha que "passou muito rápido" e procurou fazer, frisou, "em segurança", conselho que deixou aos portugueses.
"As pessoas não votam em 14 ou 15 horas. Devem votar e depois ir para a casa para se proteger a si e aos outros", sublinhou.
Rui Rio: “Não é por haver eleições hoje que se vai multiplicar o vírus”
O presidente do PSD defendeu que "não é por haver eleições hoje que se vai multiplicar o vírus" e, apesar de ter defendido o adiamento das presidenciais, ao verificar a organização do processo, pediu às pessoas para votar.
Após 15 minutos de espera, Rui Rio votou cerca das 11:45 na Escola Bom Sucesso, no Porto, com elogios à forma como o processo eleitoral foi aqui organizado e deixando um apelo para que as pessoas venham votar.
"Estou convencido que, da forma como estamos a votar, não é por haver eleições hoje que se vai multiplicar o vírus e estou à vontade porque eu fui um dos que achava que se deveria adiar as eleições. Estou a dizer isto com essa autoridade moral", afirmou.
O líder do PSD, que lembrou que "queria adiar" este ato eleitoral para a Presidência da República, foi perentório: "estou a olhar, estou a ver e estou a dizer às pessoas que podem vir".
"Se a abstenção for muito elevada, não deixa de haver eleições, como é lógico, mas é muito diferente. O empenho das pessoas é fundamental para esta eleição", apelou.
Apontando que "a abstenção é sempre grande", Rio espera que esta "não seja ainda muito mais elevada por força da situação que o país está a atravessar e para isso é preciso organizar as coisas devidamente".
Questionado sobre se considerava que as autoridades tinham "aprendido a lição" com os problemas do voto antecipado na semana passada, o social-democrata disse esperar que "as críticas que o Governo sofreu relativamente àquilo que aconteceu no domingo" tenham levado o executivo "a acordar e, por sua vez, todos os demais responsáveis locais também a perceberem que não podia ser aquilo" que se viu "em Lisboa e aqui no Porto também".
"Espero, do mal o menos, que pelo menos tenha servido para que no dia principal que é hoje tudo esteja devidamente organizado", disse.
Reiterando o apelo a que as pessoas vão votar, o presidente do PSD fez questão de "dar os parabéns à Junta de Freguesia de Massarelos" uma vez que o processo eleitoral "está excecionalmente organizado, não há perigo nenhum".
"Não há qualquer risco em termos sanitários e não há qualquer desconforto em termos climáticos", enfatizou.
Rio referiu que, "há muitos anos" votava-se na Junta de Freguesia de Massarelos, "só que precisamente a junta fez essa alteração agora para permitir todo este distanciamento que esta escola permite e que a junta não permitia".
"Eu percebo que as pessoas tenham receio e por isso é muito importante eu dizer o que estou a dizer e vocês mostrarem as imagens que podem mostrar. Vota-se com completo conforto, não custa nada, não demora muito, acho que está perfeito", elogiou.
Afluência às urnas acima das últimas presidenciais. Votaram 17,07% dos eleitores até às 12h
Os dados divulgados pela secretaria geral do ministério da Administração Interna, com a afluência às urnas até às 12h00, mostram que nas primeiras quatro horas votaram apenas 17,07% dos eleitores recenseados. Trata-se de m valor superior à afluência das Presidenciais de 2016, ano em que a abstenção atingiu mais de 51%.
Nas Presidenciais de 2016 tinham votado 15,82% dos eleitores até às 12h00, sendo que há cinco anos não tinha ainda ocorrido o recenseamento automático dos emigrantes, que engrossou em 1.208.536 o número de eleitores habilitados a votar nestas eleições, comparativamente com as Presidenciais de 2016.
Nas Presidenciais de 2011, ato eleitoral com uma abstenção recorde, tinham votado apenas 13,39% dos eleitores até às 12h00.
Esta atualização recenseamento automático, além do efeito da pandemia e de esta ser uma eleição em que participa o atual Presidente, contribui para um nível mais elevado de abstenção, mas ao contrário do que era o esperado, a afluência está a ser superior.
Tendo em conta que estão recenseados mais de 10,8 milhões de portugueses, nas primeiras quatro horas do dia votaram mais de 1,85 milhões de portugueses. Nas eleições de 2016 estavam recenseados 9.741.377 eleitores e votaram 4.740.558. Até às 12 tinham votado apenas 1,54 milhões de portugueses. Desta forma, nas primeiras quatro horas do dia votaram cerca de mais 300 mil eleitores do que no mesmo período das Presidenciais de 2016.
Ou os portugueses optaram maioritariamente nas primeiras horas do dia, ou então não se vai concretizar a ideia de que estas eleições iriam atingir um recorde de abstenção. O nível máximo ocorreu nas eleições que elegeram Cavaco Silva para um segundo mandato em 2011 (53,48%).
A próxima atualização dos dados acontece às 17h00, com a afluência às urnas até as 16h00. Em 2016 votaram 37,69% dos eleitores recenseados nas primeiras oito horas.
Desde a abertura das urnas, candidatos e responsáveis políticos têm apelado à participação dos cidadãos, assegurando que estão reunidas as condições sanitárias devido à pandemia da covid-19 para exercer o direito de voto em segurança.
Para o sufrágio de hoje estão inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016, que são chamados a escolher o próximo Presidente da República, que irá suceder a Marcelo Rebelo de Sousa, existindo sete candidatos ao cargo.
Dados da afluência às urnas pelas 13h00
A secretaria geral do ministério da Administração Interna publica depois das 13h00 os primeiros dados das afluências às urnas, contabilizando os votos até às 12h00.
Sobretudo devido à pandemia as estimativas apontam para uma abstenção recorde em Presidenciais.
Tiago Mayan afirma que "votar é seguro"
O candidato Tiago Mayan Gonçalves afirmou hoje que as escolhas que estão perante os portugueses "são importantes", apelou à participação nestas eleições presidenciais e garantiu que "votar é seguro".
"Este dia é importante, as escolhas que estão perante os portugueses são importantes e, portanto, façam, cada um a sua, mas que a façam", salientou o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL), depois de ter exercido o seu direito de voto na Universidade Católica, no Porto.
Pelas 06:30 já havia eleitores à espera para votar naquela universidade. O candidato liberal chegou cerca das 11:00, esperou na fila durante perto de meia hora e votou na secção número 21.
Para Mayan a fila de eleitores que encontrou estou esta manhã é um "sinal de que os portugueses, apesar do contexto muito difícil, estão a aderir a esta eleição, consideram-na importante".
"Em todo o processo não perdi mais do que 30 minutos. Era uma fila que parece longa, mas as coisas fluem muito rapidamente. Posso dizer às pessoas que não se assustem, as coisas estão a funcionar bem", salientou.
O candidato fez ainda questão de dizer para que "não tenham medo, que votar é seguro, está a ser seguro, as coisas estão a correr bem, apesar das filas tudo é fluído".
E dirigindo-se a quem ainda não votou pediu que o "faça, em segurança, naturalmente, mas que o faça".
"A perceção que tive no terreno é que, de facto, está a haver adesão a estas eleições", frisou.
O candidato liberal quis também deixar uma "nota de agradecimento a toda a organização deste processo eleitoral, aos milhares de voluntários que estão aqui hoje, neste dia, a cumprir também um dever cívico e colaborar para que estas eleições corram com toda a normalidade".
Tiago Mayan Gonçalves mostrou-se bem-disposto e "feliz" e referiu que vai passar a tarde de domingo a cumprir o confinamento, dirigindo-se ao final da tarde para a sede de candidatura, onde fará a reação aos resultados das eleições.
Marisa Matias pede aos portugueses para mostrarem orgulho na democracia
A candidata presidencial Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda, apelou ao voto dos portugueses nas eleições presidenciais de hoje para mostrarem orgulho na democracia e na liberdade.
Depois de votar em Coimbra, no Pavilhão Mário Mexia, após 40 minutos de espera na fila, Marisa Matias salientou aos jornalistas que "a muita afluência e a boa organização" no processo "são dois excelentes sinais".
"Por isso, mantenho e faço um apelo às pessoas para que venham votar. Votar é seguro e é ao votar que mostramos orgulho na democracia e na liberdade", frisou a candidata, que exerceu o seu direito de voto cerca de 20 minutos antes das 11:00.
Questionada sobre se a mobilização dos cidadãos observada é sinal de que a abstenção poderá bater novo recorde, Marisa Matias mostrou-se cautelosa na análise, referindo que está "a ver muita mobilização, que só pode ser bom sinal para estarmos a defender a nossa democracia".
Além da mobilização dos cidadãos, a eurodeputada do Bloco de Esquerda, que repete a candidatura presidencial de há cinco anos, destacou a boa organização do processo eleitoral, reiterando que "votar é seguro".
Apesar de ter esperado 40 minutos para exercer o direito de voto, Marisa Matias disse que não viu ninguém incomodada com os tempos de espera.
Aos jornalistas, a candidata disse ainda que vai aguardar o fecho das urnas em casa, a cozinhar e a conviver com a família, ainda que à distância pelas plataformas digitais.
Protesto e apelo à abstenção em freguesia de Barcelos
Mais de uma centena de pessoas concentram-se junto à sede da Junta de Cambeses, em Barcelos, para apelar à abstenção nas eleições presidenciais, num protesto pacífico contra a falta de saneamento na freguesia.
"Acima de tudo, a ideia é mediatizar a questão da falta de saneamento em Cambeses, para ver se alguém finalmente se lembra de nós e faz a ligação ao saneamento. Doze anos à espera parece-nos demasiado tempo", disse à Lusa José Campos, um dos dinamizadores do protesto nesta freguesia do distrito de Braga.
Segundo José Campos, o protesto de hoje traduz-se num apelo ao "não voto".
"Gostávamos que ninguém viesse votar, mas não impedimos ninguém de o fazer. Quem quiser votar, vota, naturalmente. O que nós queremos é deixar aqui o nosso apelo, o nosso alerta para a falta de saneamento e para tudo o que isso acarreta, até em termos de saúde pública", acrescentou.
José Campos explicou que em 2008 foram instaladas, na freguesia, as redes de água e saneamento.
Os moradores, acrescentou, "foram obrigados" a fazer a ligação à rede de água.
No entanto, a rede de saneamento "nunca foi ligada", pelo que as águas residuais "são despejadas para a via pública e coletores de águas pluviais que vão parar ao rio".
"Cheira mal na freguesia e é um atentado à saúde pública", refere um documento distribuído pelos organizadores do protesto.
O presidente da Junta de Cambeses, Agostinho Silva, disse à Lusa que a autarquia "está fora do protesto", mas sublinhou que, "como cidadão", comunga inteiramente da reivindicação do saneamento.
"É um problema muito grave, espero que todos juntos possamos trabalhar para o ultrapassar", referiu.
PAN disponível para incluir na Constituição adiamento das eleições
O porta-voz do PAN defendeu, em Lisboa, que, apesar de não ter existido consenso quanto ao adiamento das Presidenciais, é importante que esse debate exista e, caso esse mecanismo estivesse previsto na Constituição, o partido apoiaria.
"Não houve consenso para que o adiamento se processasse, quer da parte dos candidatos, quer da parte dos partidos. De qualquer forma, como mecanismo previsto na Constituição é importante que o debate se faça e, existindo essa norma, nós apoiamos", afirmou André Silva, que falava aos jornalistas depois de votar na Escola Secundária António Damásio, nos Olivais, em Lisboa.
O deputado notou que, pelo menos, neste local de voto, as condições de segurança estão a ser cumpridas, com "filas significativas", mas com tempos de espera reduzidos.
"Não há qualquer situação diferente ou pior do que vemos quando vamos às compras", sublinhou.
Apesar de, pelas 10:00 já estarem concentradas naquele local várias dezenas de pessoas, André Silva referiu que as Presidenciais são eleições que, historicamente, têm uma taxa de abstenção elevada.
Situação a que se soma a recandidatura do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao sentimento de desinteresse face à política e o atual contexto epidemiológico, apontou.
"Espero acima de tudo que os portugueses venham votar, que venham exercer o seu dever cívico com todas as condições de segurança", vincou, agradecendo ainda a todos os que estão nas mesas de voto a "ajudarem-nos a cumprir um dever fundamental da democracia".
Jerónimo de Sousa fala de um "importantíssimo ato eleitoral"
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, apelou à participação dos portugueses no "importantíssimo ato eleitoral" de hoje, momentos após ter votado no Pavilhão Desportivo do Agrupamento de Escolas de Santa Iria da Azoia, Loures.
"[Perante] a situação que vivemos e a pressão a que as pessoas são submetidas, naturalmente, pode haver sensação de insegurança que leva a não vir participar neste importantíssimo ato eleitoral. Mas, respeitando as normas que as entidades públicas colocaram, vale a pena vir votar, porque a proteção na Saúde é um direito fundamental, o direito de votar também um direito político fundamental. Digo isto porque sei bem o tempo em que não podia votar", afirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas esta manhã.
Habituado a votar na sede do grupo desportivo de Pirescoxe, povoação da freguesia de Santa Iria da Azoia, onde vive, a pandemia da covid-19 fez com que nas eleições presidenciais de hoje Jerónimo de Sousa tivesse de deslocar-se ao Pavilhão Desportivo do Agrupamento de Escolas daquela freguesia de Loures, onde chegou às 10:05, tendo exercido o seu direito de voto cerca de dez minutos depois, na secção 6.
Líder do CDS/PP diz que ato eleitoral é "crucial"
O presidente do CDS-PP apelou aos portugueses para que exerçam o direito de voto nas eleições presidenciais, e que o façam em segurança, salientando que este ato eleitoral é "crucial" para Portugal e para o futuro coletivo.
"Eu apelo às pessoas que combatam no dia de hoje o vírus, cumprindo todas as regras e procedimentos de saúde pública para exercer o seu direito ao voto, mas combatam também a abstenção, que é um inimigo das democracias e que dá aos nossos adversários, aqueles que pensam diferente de nós a possibilidade de escolher por nós próprios", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.
O líder centrista falava aos jornalistas na Escola Secundária do Lumiar, em Lisboa, onde votou pouco antes das 10:00.
O presidente do CDS-PP realçou que "estas eleições presidenciais são um ato crucial" para o país e para o "futuro coletivo", devido à crise pandémica provocada pela covid-19, mas também pela "instabilidade governativa que o país vive", bem como "a crise social e económica" que Portugal terá de "ultrapassar nos próximos tempos".
"O Presidente da República, através da sua magistratura de influência, é alguém que pode ajudar a que Portugal tenha a capacidade de mobilizar os portugueses para vencer os desafios que temos pela frente", frisou.
Depois de ter exercido o seu direito de voto, Francisco Rodrigues dos Santos observou que "a afluência a estas horas da manhã tem sido ligeiramente superior àquilo que costuma ser o padrão na Escola Secundária do Lumiar", defendendo que isso "é encorajador".
"Daquilo que eu pude percecionar, de facto, estavam cumpridas as regras de segurança, o ato eleitoral decorria com a celeridade possível, não concentrando pessoas e as regras e as etiquetas respiratórias estavam a ser cumpridas pela esmagadora maioria, para não dizer a totalidade dos eleitores presentes", acrescentou.
Na ótica do líder centrista, "é um bom prenúncio para o ato eleitoral" de hoje.
"Sendo certo que o escrutínio, a fiscalização, o planeamento e a organização, esses, claro, decorrerão durante o dia, e espero que já tenham sido atempadamente previstos para facilitar o exercício do direito ao voto e proteger todos os portugueses", salientou ainda.
Início da votação atrasada em algumas zonas do país
As mesas de voto para as eleições presidenciais abriram hoje às 08:00, mas em algumas zonas do país a descarga dos votos antecipados atrasou o início da votação, levando à formação de filas, disse fonte da CNE.
De acordo com o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), João Tiago Machado, as mesas de voto abriram em todo o país sem problemas de maior e sem qualquer caso reportado de boicote.
As principais queixas prenderam-se com "reclamações de pessoas em filas, à espera da descarga dos votos antecipados", estando já a situação normalizada.
O tempo de espera nestes casos variou consoante a quantidade de votos antecipados recebidos em cada freguesia, explicou João Tiago Machado, especificando que houve locais que tiveram "zero votos antecipados" para descarregar, mas houve outros que tiveram muitos, como Cascais, que terá tido mais de cinco mil votos.
Tirando esta circunstância, registaram-se apenas "três sítios em que houve contingências de abertura de portas", mas que foram fácil e rapidamente resolvidas.
Numa junta de freguesia houve um assalto, mas nada foi roubado, e noutras duas houve "bloqueios de portões, que foram prontamente resolvidos com recurso a serralheiro", acrescentou o porta-voz da CNE.
As assembleias de voto para as eleições presidenciais encerram às 19:00.
Segunda volta, se for necessária, está marcada para 14 de fevereiro
Se nenhum dos candidatos obtiver mais de metade dos votos, o Presidente da República será eleito na segunda volta que está já marcada para 14 de fevereiro.
Como saber onde votar
As urnas para as eleições presidenciais abrem este domingo às 8h, permanecendo abertas até às 19h, mas antes de saírem de casa os eleitores devem confirmar o local onde podem exercer o seu direito de voto.
E isso é muito fácil de fazer. Das duas uma, enviando um sms gratuito para o número 3838 com o seguinte texto: RE espaço nº de BI ou CC espaço Data de Nascimento no molde AAAAMMDD. Em alternativa, pode ir ao Portal do Eleitor ou clicar diretamente neste link preenchendo os respetivos campos com a informação acima referida. Em ambos os casos, a resposta sobre o endereço do seu local de voto é imediata. E existe sempre a alternativa mais tradicional de consultar o edital afixado na sua Junta de Freguesia.
As regras a aplicar nestas eleições para a Presidência da República estão em linha com as normas sanitárias com que o conjunto da sociedade se habitou a viver durante a pandemia: uso obrigatório de máscara, regular desinfeção das mãos e distanciamento social.
O número de eleitor foi eliminado, por isso o eleitor deve levar consigo o cartão de cidadão ou bilhete de identidade (mesmo que tenha expirado a validade).
250 mil inscreveram-se para voto antecipado
No domingo passado, e também devido ao contexto pandémico, foram quase 250 mil os eleitores que se inscreveram no voto antecipado em mobilidade, porém também aqui houve desistências (20%).
Sobretudo nas grandes cidades, houve problemas para votar registados pelas câmaras fotográficas e de televisão, o que poderá contribuir para dissuadir ainda mais portugueses devido ao medo da pandemia: "O impacto visual das filas também é um elemento desmobilizador porque assusta as pessoas", diz Nuno Garoupa apontando mais um fator que concorre para reforçar a abstenção.
Abstenção deve ser alta
Tão certo como falar nos vencedores e derrotados de uma eleição, a discussão sobre a abstenção surge sempre no rescaldo de eleições, quase sempre pelos piores motivos. Nas presidenciais deste domingo, 24 de janeiro, não deverá ser diferente. A abstenção será seguramente alta, mas é impossível antecipar até onde irá e como poderá influenciar o resultado final dos sete candidatos a Belém.
"É evidente que a taxa de abstenção vai aumentar", diz-nos Nuno Garoupa, professor de Direito na Universidade George Mason, que admite que o abstencionismo possa escalar até aos 70%-75% (o valor máximo de 53,5% foi atingido em 2011, na reeleição de Cavaco Silva). Há cinco anos, a taxa de abstenção fixou-se em 51,3% com 4,7 milhões de portugueses a participarem na eleição.
Historicamente, quando está em jogo a reeleição de um candidato presidencial, a abstenção tende a aumentar. Mas desta vez há uma série de fatores que confluem para uma abstenção ainda mais elevada ou mesmo inédita.
Se a crise pandémica já dificultava a ida às urnas, o agravamento de contágios, as mortes e os internamentos por covid-19 deverão dissuadir muitos eleitores de se deslocarem às urnas. "A pandemia pode ter um efeito dissuasor da participação eleitoral, especialmente tendo em conta o atual número de infetados e de mortos", constata Marina Costa Lobo.
Acresce um inverno estranhamente rigoroso e a possibilidade antecipada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) de chuva e ventos fortes no próximo domingo.
Por outro lado, e tal como sucedeu nas últimas legislativas, o recenseamento automático dos emigrantes engrossou em 1.208.536 o número de eleitores habilitados a votar comparativamente com as presidenciais de 2016.
A décima vez que os portugueses escolhem o Presidente da República em democracia
Os eleitores que estão recenseados para votar nas eleições deste domingo já podem exercer o seu direito de voto, naquela que será a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
De acordo com o Ministério da Administração Interna, para esta eleição haverá 12.287 secções de voto e 61.435 membros de mesa, o que representa aumentos respetivos de 2.087 secções de voto e de 10.435 elementos em relação a outros atos eleitorais. Já o número máximo de eleitores por cada mesa de voto baixa de 1.500 para mil eleitores.
As urnas já abriram às 8h, permanecendo abertas até às 19h00 . Os resltados só serão divulgados a partir das 20h00, pois as urnas fecham uma hora mais tarde nos Açores. Este é o site oficial onde os resultados serão publicados sendo que no site do Negócios também vamos publicar a atualização dos resultados em tempo real numa página especial.
Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
No boletim de voto está mais um nome (o primeiro da lista), mas a candidatura de Eduardo Nelson da Costa Baptista não foi admitida.