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Pedro Nuno: "já percebemos que Passos Coelho será nosso futuro adversário"

Siga ao minuto as principais notícias do sexto dia de campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março.

António Pedro Santos / Lusa
01 de Março de 2024 às 20:09
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01.03.2024

Mortágua vê na presença de Durão Barroso mais um regresso da AD ao passado

A coordenadora do BE defendeu hoje que o passado "regressa sempre à campanha" da AD, referindo-se à participação do ex-primeiro-ministro Durão Barroso, que foi presidente da Comissão Europeia quando os portugueses enfrentaram o "inferno da troika".

"Quando ouvimos Durão Barroso é a Goldman Sachs que está a falar, são os grandes interesses económicos que estão a falar, é o regresso a esses tempos sombrios da troika, da austeridade, para que meia dúzia de bancos internacionais pudessem lucrar com as vidas do nosso povo e o povo não esquece esses tempos e não esquece do papel que Durão Barroso teve", respondeu Mariana Mortágua aos jornalistas durante uma arruada pelas ruas de Coimbra.

A líder do BE foi questionada sobre a presença de Durão Barroso prevista para esta noite no comício da AD, no dia em que publicou um artigo no semanário Nascer do Sol intitulado "mudar é preciso" e no qual avisa que um novo governo do PS "seria o mais esquerdista desde o Gonçalvismo".

"Na verdade o que temos visto na campanha do PSD é um desfile. Há uma de duas coisas da campanha do PSD: ou candidatos que representam ideias retrógradas que depois é preciso esconder ou é o passado que regressa sempre à campanha, seja com a cara de Passos Coelho, seja com a cara da Assunção Cristas, seja com a cara de Durão Barroso", apontou.

Segundo Mariana Mortágua, "tudo o que a direita tem para oferecer a Portugal é passado" e "ideias retrógradas e do passado" que os bloquistas rejeitam.

"Nós queremos um futuro, queremos esperança, queremos caminhar em frente, queremos melhores respostas, queremos mais serviços públicos, melhores salários e a direita não tem nada para oferecer a não ser esse passado de má memória, sombrio, desigual e injusto", defendeu.

A coordenadora aproveitou esta arruada, na qual esteve acompanhada do atual e antigo cabeça de lista por Coimbra, Miguel Cardina e José Manuel Pureza, respetivamente, para insistir na ideia que "é preciso deputados e deputadas da esquerda para derrotar a direita que quer fazer regredir o país".

Portugal, na opinião da líder do BE, "já enfrentou um inferno" que se chamou troika "em que milhares de pessoas foram para o desemprego, para a pobreza, em que os jovens emigraram".

"Em que foi imposto ao país um castigo que não era um castigo para nenhuma solução económica, era um castigo moral, porque tínhamos vivido acima das nossas possibilidades", disse.

A líder do BE recordou que "Durão Barroso chefiava a Comissão Europeia quando tudo isso aconteceu", uma presidência "depois de ter saltado do cargo de primeiro-ministro e abandonado o país".

"E da Comissão Europeia saltou para a Goldman Sachs, que foi o banco privado que contribuiu para a crise, que depois quis impor austeridade e que é o rei das portas giratórias, é a Goldman Sachs é o banco internacional que mais portas giratórias tem com os governos, com a banca, que representa o pior que há do polvo financeiro mundial", condenou.

Questionada sobre a decisão da Procuradora-Geral da República de não querer ser reconduzida no cargo, Mariana Mortágua não se quis alargar e disse apenas respeitar as decisões pessoais de Lucília Gago quanto à sua própria profissão.

"Não me cabe a mim, como compreendem, comentar as declarações e a forma como a própria vê o cargo que desempenha", enfatizou.

01.03.2024

Pedro Nuno: "já percebemos que Passos Coelho será nosso futuro adversário"

O secretário-geral do PS afirmou hoje que já percebeu que o ex-primeiro-ministro Passos Coelho será seu futuro adversário e pediu que "Deus nos livre" de o "número um" da AD por Santarém ser ministro da Agricultura.

Pedro Nuno Santos falava no final de um comício que encheu o auditório do Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco.

Um discurso em que criticou "os barões" que estão presentes nos comícios da Aliança Democrática (AD), entre eles o antigo chefe de Governo Durão Barroso, a quem acusou de ter abandonado o país em 2004 para assumir em Bruxelas as funções de presidente da Comissão Europeia.

Mas Pedro Nuno Santos começou por se referir a quem o líder da AD tem convidado para falar nos seus comícios em campanha eleitoral. De acordo com o secretário-geral do PS, se o presidente do PSD, Luís Montenegro, se "gaba" da sua equipa, "então que assuma aquilo que cada um deles diz" nos comícios.

"Quem convidou Pedro Passos Coelho para um comício não fomos nós e, obviamente, não podemos fazer esquecer aquilo que se passou no tempo em que governou. Não vou perder tempo. Já percebemos que será nosso futuro adversário", declarou.

01.03.2024

Mortágua aponta ferrovia como bom exemplo do se faz quando há vontade política

A coordenadora do BE considerou hoje a ferrovia "um bom exemplo" do que se pode fazer quando há vontade política como houve na `geringonça´, mas pede mais para o setor, criticando o "plano de destruição" da direita em 2015.

A campanha bloquista seguiu hoje pelos carris da linha da Beira Baixa, entre a Covilhã e a Guarda, uma viagem em que o comboio chegou atrasado, mas que permitiu a Mariana Mortágua mostrar "coisas boas que foram feitas", apesar de avisar que é "preciso fazer mais".

"Houve um percurso de destruição da ferrovia. Esta linha da Beira Baixa esteve encerrada desde 2009, abriu e hoje presta um serviço essencial às populações e nós quisemos mostrar isso, há coisas boas em Portugal e quando há investimento nelas, o país avança".

A líder bloquista afirmou que "quando a geringonça foi criada, em 2015, o plano de direita era de destruição da ferrovia", um plano que "vinha de trás, de uma governação do Partido Socialista com José Sócrates".

"E foi a partir desse compromisso, em 2015, que se recomeçaram a abrir linhas ferroviárias, a requalificar linhas ferroviárias e o país precisa disso mesmo", enfatizou, referindo-se a uma área que é também muito querida ao líder do PS, Pedro Nuno Santos.

Para Mortágua, "a ferrovia é um bom exemplo" de que "quando há empresas públicas com capacidade, quando há vontade política é possível ter não só um serviço à população" como ter "uma indústria baseada em Portugal, com produção em Portugal, com capacidade de fornecimento e de mão-de-obra especializada em Portugal".

No entanto, segundo a líder do BE, "falta fazer muito", dando como exemplo a luta que os bloquistas têm acompanhado ao longo dos anos de "trabalhadores dos bares e das limpezas da CP".

"São trabalhadores que servem um serviço essencial mas que andam de contrato precário em contrato precário e de empresa em empresa a quem não são garantidos estes direitos", defendeu.

A fórmula é, para Mortágua, simples: "A capacidade de desenvolvimento do país, capacidade de desenvolvimento da indústria, de servir as populações, ao mesmo tempo combatendo as alterações climáticas e de dar direitos a quem trabalha nos serviços essenciais do país".

01.03.2024

Pedro Nuno Santos acusa AD de ter negacionistas climáticos e de representar divisão

O secretário-geral do PS acusou hoje a Aliança Democrática (AD) de ter entre os seus responsáveis negacionistas das alterações climáticas e de representar um projeto de regresso ao passado e de divisão entre os portugueses.

Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas após ter visitado o Hospital da Cova da Beira, na Covilhã, referindo-se a declarações proferidas na quinta-feira à noite pelo cabeça de lista da AD por Santarém, Eduardo Oliveira e Sousa.

Eduardo Oliveira e Sousa, antigo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), considerou que Portugal tem perdido investimento por "falsas razões climáticas" e avisou que há agricultores que já falam em organizar milícias armadas perante "os roubos nos campos".

"Não podemos ignorar que do outro lado -- o da AD -- se apresenta um projeto que quer regressar ao passado e em cada dia de campanha nós vamos confirmando isso. É na campanha que os projetos e os candidatos se vão revelando", começou por defender o líder socialista.

Pedro Nuno Santos apontou que o cabeça de lista da AD por Santarém e antigo presidente da CAP foi apresentado "como um grande especialista em agricultura".

"Mas fez um discurso de negação das alterações climáticas. A emergência climática é uma realidade, não podemos Ignorá-la, atinge a agricultura e os agricultores em primeira linha. Os agricultores sofrem com as alterações climáticas", assinalou o líder socialista.

O caso do cabeça de lista da AD por Santarém, de acordo com o secretário-geral do PS, "não constituiu um caso isolado" nesta campanha eleitoral.

"Dizem que têm grandes listas e grandes candidatos e depois dizem que não têm nada a ver com isso. Primeiro, tivemos um discurso divisionista [por parte do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho] em relação às migrações. Depois, tivemos um discurso de regresso ao passado sobre a interrupção voluntária da gravidez e direitos das mulheres por parte do segundo nome do CDS e quarto na lista da AD por Lisboa", Paulo Núncio, acusou Pedro Nuno Santos.

Ainda nesta campanha, na perspetiva do secretário-geral do PS, registou-se também da parte do cabeça de lista da AD por Santarém um discurso "de demonstração de insegurança" ao falar na organização de milícias armadas perante "os roubos nos campos".

"Precisamos de unir o país, ter Portugal inteiro junto. Alarmismo e divisão é algo que não queremos na sociedade portuguesa. Queremos um país unido a avançar junto", contrapôs.

Perante os jornalistas, Pedro Nuno Santos também criticou o presidente do PSD, Luís Montenegro, a propósito da questão da pobreza.

"Desde logo, vamos começar por 2002, desde o ano em que Durão Barroso foi primeiro-ministro, para percebermos em que governos o país ficou mais pobre e em que governos se conseguiu reduzir a pobreza", acrescentou.

O secretário-geral do PS foi confrontado com as declarações proferidas pelo porta-voz do Livre Rui Tavares que admitiu entendimentos com forças da direita democrática após as legislativas para travar uma eventual influência do Chega, defendendo que a esquerda deve ter capacidade para "um diálogo com o centro e com a direita democrática em questões que têm a ver com a 'saúde'" da democracia".

Mas Pedro Nuno Santos recusou-se a comentar, alegando que "há diferentes projetos políticos" e recusando que haja "barafunda" entre os partidos da esquerda.

"Temos pela frente uma semana que é muito importante. Há resultados [da governação socialista] e não podemos deixar que se passe a ideia que há uma catástrofe" no país, afirmou, antes de voltar a referir-se à AD.

"A AD está a revelar-se em toda a sua plenitude. Temos de derrotar esses projetos do passado", insistiu.

No Hospital da Cova da Beira, o secretário-geral do PS reuniu-se com o Conselho de Administração e visitou o departamento de imagiologia e angiografia, assim como a unidade de medicina reprodutiva.

Interrogado sobre a saúde reprodutiva em Portugal, Pedro Nuno Santos ficou algo comovido, considerando que a infertilidade "é um drama que muitos jovens casais enfrentam em Portugal".

"O SNS tem de reforçar o seu investimento para ajudar os jovens casais que querem ter filhos. Esse é um dos dramas mais duros, porque se trata de um projeto de vida que é colocado em causa, sonhos que são postos em causa. Precisamos de mais investimento por parte do SNS nessa área muito importante para os jovens casais e para mim também", declarou.

Já sobre a evolução do número de médicos de família prevista nos próximos anos em Portugal, o líder socialista apontou que se estima uma diminuição do número de aposentações, o que poderá permitir um aumento do número de médicos em atividade no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Isso é muito bom para o SNS, porque terá efeitos na capacidade de resposta. Mas não vamos criar falsas expectativas, temos de ser realistas ", acrescentou.

 

01.03.2024

IL lamenta que ainda haja "alguma resistência" a um país de futuro

O presidente da Iniciativa Liberal considerou hoje que "ainda há alguma resistência" a um país de futuro, após questionado sobre declarações do cabeça-de-lista da AD por Santarém, que afirmou que se perde investimento por "falsas razões climáticas".

"Queremos mudar para um país de futuro e é a Iniciativa Liberal que o traz porque, depois, algumas declarações que vamos vendo mostram como ainda há alguma resistência a esse futuro, daí ser tão importante que a Iniciativa Liberal seja o partido forte nas próximas eleições", referiu Rui Rocha.

O líder da IL falava no final de uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e depois de questionado pelos jornalistas sobre as declarações proferidas na quinta-feira à noite pelo cabeça de lista da AD por Santarém, Eduardo Oliveira e Sousa.

Eduardo Oliveira e Sousa, antigo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), considerou que Portugal tem perdido investimento por "falsas razões climáticas" e avisou que há agricultores que já falam em organizar milícias armadas perante "os roubos nos campos".

Na primeira ação de campanha eleitoral de hoje, o dirigente liberal salientou que declarações como aquelas que foram proferidas pelo cabeça de lista da AD por Santarém reforçam a convicção de que o voto na Iniciativa Liberal "é o voto do futuro, um futuro numa agricultura de valor acrescentado, de precisão, de inovação e de tecnologia".

E acrescentou: "É um voto de futuro no que diz respeito aos direitos que não são negociáveis das mulheres, é um voto de futuro do ponto de vista da transformação ao nível da fiscalidade das empresas, da saúde e da habitação".

Depois de percorrer os expositores na BTL representativos das várias regiões do país, o presidente da IL insistiu que com a IL não há regresso ao passado, mas sim "velocidade para chegar a um futuro mais próspero".

01.03.2024

Pedro Nuno acena a indecisos contrapondo "projeto de futuro" do PS a "passo atrás" da AD

O secretário-geral do PS procurou hoje convencer os indecisos contrapondo o "projeto de futuro" do PS com o "passo atrás" que considerou representar a AD, numa arruada na Covilhã em que ouviu várias promessas de voto e algumas queixas.

Acompanhado pelo cabeça de lista do PS no distrito de Castelo Branco, Luís Fazenda, e pelo presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, Pedro Nuno Santos fez esta manhã uma arruada no centro da Covilhã, distrito onde, nas últimas legislativas, em 2022, o PS obteve 47,65% dos votos, conquistando três dos quatro mandatos em disputa.

Rodeado por uma forte comitiva e com um rufar de bombos como banda sonora ao longo de todo o trajeto, Pedro Nuno Santos cruzou-se com várias pessoas que lhe manifestaram apoio e anteciparam-lhe um "futuro de primeiro-ministro", mas procurou refrear os ânimos a quem lhe disse que "é quase uma certeza" que o PS vai ganhar.

"Vamos trabalhar para isso, ainda faltam alguns dias. Vamos trabalhar", contrapôs, salientando que estas legislativas são para "lutar até ao fim e derrotá-los", numa referência à direita.

Numa altura em que, segundo as sondagens, a taxa de indecisos se mantém perto dos 20%, Pedro Nuno Santos foi questionado pelos jornalistas sobre o que pretende fazer para os convencer, contrapondo que o que está em causa nestas eleições "é construir futuro, avançar, não dar nem um passo atrás".

"Infelizmente, o que vemos de diferentes dirigentes da Aliança Democrática, e do próprio líder, é altamente preocupante", afirmou.

Apesar das várias promessas de voto que foi recebendo ao longo de toda a arruada, Pedro Nuno Santos ouviu também algumas queixas de, em particular de uma senhora que, no fim da Rua do Comendador Campos Melo, disse esperar continuar a "gostar sempre" do líder socialista como gosta agora, pedindo-lhe que não se esqueça das suas promessas.

"Eu pago 400 euros de renda, o meu marido é o ordenado mínimo, e a minha reforma é só 300. Não para dá para comer e para a água, luz, gás e comer, não dá. Chega o fim do mês e não temos nada. Não se esqueça de nós", pediu.

"Nunca!", respondeu Pedro Nuno Santos, que defendeu que é preciso continuar a aumentar "as pensões e os salários e travar aqueles que cortaram".

Mais adiante, o líder socialista voltou a ouvir lamentos de outro idoso, mas desta vez relativo ao preço da habitação, que considerou ser uma "dor de alma" que cria sofrimento "em muita gente".

"Temos de continuar a trabalhar para isso", reconheceu Pedro Nuno Santos, que, enquanto ministro, tutelou a pasta da habitação entre 2019 e 2022.

No final da arruada, já à entrada do carro, o líder socialista foi desafiado a tocar um reco-reco, mas, questionado se pretende "dar música" aos indecisos, recusou.

"É convencê-los, mobilizá-los para um projeto de futuro e para não darmos nem um passo atrás naquilo que conquistámos, querendo mais, avançando sempre mais", afirmou.

O líder do PS dedica o dia de hoje da sua campanha aos distritos de Castelo Branco e da Guarda. Depois da arruada na Covilhã, Pedro Nuno Santos está agora a visitar o hospital local.

À tarde, terá um contacto com a população e um comício em Castelo Branco, antes de terminar o dia com outro comício, às 21:00, na Guarda.

01.03.2024

Pedro Nuno fez "powerpoints" para a ferrovia, nós vamos concretizar

O presidente do PSD considerou hoje que Pedro Nuno Santos como ministro das Infraestruturas foi bom a fazer "powerpoints", mas deixa "uma mão cheia de nada", e prometeu "concretizar um plano" ferroviário se formar Governo.

"Não há melhor exemplo de falhanço governativo que o doutor Pedro Nuno Santos, por mais caminhadas que ele faça, solitárias, por vias ferroviárias que estão em obra, mas que não estão hoje ao serviço das pessoas", declarou Luís Montenegro, em resposta a perguntas dos jornalistas, na Guarda.

Estas críticas ao secretário-geral do PS e ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação foram feitas durante uma ação de rua da Aliança Democrática (AD) na Guarda, onde o tema da ferrovia surgiu a propósito das obras na linha da Beira Alta.

Interrogado sobre qual vai ser a política ferroviária da AD, coligação entre PSD, CDS-PP e PPM, se formar Governo, Luís Montenegro respondeu: "Vai ser concretizar um plano que já devia estar a inaugurar a obra e não a iniciar a obra".

"Aliás, devo dizer uma coisa: o doutor Pedro Nuno Santos foi ao longo dos anos um bom fazedor de 'powerpoints', isso foi, mas foi muito pouco fazedor de trilhos, seja na rodovia, seja na ferrovia, seja até no transporte aéreo", acrescentou.

O presidente do PSD resumiu "o resultado da passagem do doutor Pedro Nuno Santos pelo Governo a "uma mão cheia de nada", criticando-o também pela gestão política da TAP e pelo processo de escolha da localização para o futuro aeroporto para a região de Lisboa.

"Infelizmente, travaram o processo de privatização da TAP, gastámos três mil e 200 milhões de euros dos impostos portugueses para recuperar uma companhia que agora vamos vender. Não conseguimos resolver o problema do aeroporto. Não conseguimos resolver o problema da ferrovia", referiu.

Segundo Luís Montenegro, "todos os grandes investimentos de proximidade" ficaram "por fazer, na gaveta, à conta das cativações", para se poder "fazer o bonito de ter contas equilibradas".

Questionado se a eletrificação da linha do Douro vai ser prioridade para a AD, disse: "Claro que sim, a concretização, que já devia estar feita".

01.03.2024

Livre avisa que "roubar votos entre partidos à esquerda não faz a esquerda crescer"

O porta-voz do Livre Rui Tavares avisou hoje que "roubar votos entre partidos à esquerda não faz a esquerda crescer", reiterando que o Livre está "no mesmo lugar" e que nunca cavalgou descontextualizações contra parceiros.

"Roubar votos entre partidos à esquerda não faz a esquerda crescer. Pode alimentar muito, ainda por cima, sectarismos internos que são sempre indesejáveis, mas além disso não nos aproxima sequer um centímetro da vitória que a esquerda precisa de ter nestas eleições", defendeu Rui Tavares, à margem de uma visita a uma creche em Lisboa, no âmbito da campanha para as legislativas de dia 10.

Esta posição do dirigente do Livre surge depois de na quinta-feira, Tavares ter admitido dialogar com a direita, mas apenas sobre "a 'saúde' da democracia", nomeadamente sobre a instituição de um círculo de compensação nacional nas eleições legislativas, o combate à corrupção ou uma reforma da justiça.

Após estas declarações do dirigente do Livre, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, num comício em Leiria, defendeu que uma "esquerda forte" deve estar totalmente concentrada em derrotar a "aliança PSD/IL" e não em projetos de diálogo com estas forças políticas.

Interrogado sobre se esta polémica pode ter afastado o Livre de parceiros como o BE, Rui Tavares negou, salientando que "o Livre está no mesmo lugar onde sempre esteve" e apontou que "se calhar a diferença é só o contexto político, o contexto de campanha, o contexto das sondagens, o contexto do que quer que seja que leva outros a embarcarem em interpretações que não são as corretas".

"Nós não nos enganamos nem de aliados nem de adversários. Nós estamos no campo da esquerda e do lado do Livre não há nenhum início de nenhuma espécie de falsa questão que nos possa fazer criar à esquerda mal entendidos e também nunca cavalgámos descontextualizações que tivessem feito para atacar outros partidos de esquerda. E houve várias, e o Livre nunca entra em cavalgar descontextualizações", assegurou.

O historiador repetiu o 'mote' no qual tem insistido durante a campanha: "O Livre é parte da solução numa maioria à esquerda, se houver uma maioria à direita ou um Governo de direita o Livre é parte da oposição".

Questionado sobre se pondera apresentar ou aprovar uma moção de rejeição a um governo minoritário da Aliança Democrática (coligação PSD, CDS-PP e PPM), Tavares não excluiu essa hipótese, "se considerar necessário" mas criticou o facto de o Chega já ter anunciado a apresentação de uma moção antes de conhecer o programa de Governo ou o elenco do próximo executivo.

O dirigente repetiu que o Livre nunca aprovará uma moção de rejeição apresentada pelo Chega e fez questão de dizer que, à exceção de votos de pesar, dos partidos à esquerda, PS, Livre e PCP "nunca votaram a favor de nenhuma proposta" do partido de André Ventura.

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