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Itália ainda sem consenso para o próximo Presidente

A primeira votação foi feita, mas não se alcançou os votos necessários para eleger o novo Presidente de Itália. Franco Marini é o nome que tem reunido mais apoio.

Bloomberg
18 de Abril de 2013 às 13:26
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A eleição do Presidente de Itália é feita através dos votos conjuntos dos deputados, senadores e delegados regionais. No total são 1.007 votos, sendo necessário reunir 672 votos favoráveis para se ser eleito, o que Franco Marini não conseguiu na primeira votação do dia, de acordo com a imprensa estrageira.

 

Marini conseguiu apenas 521 votos a favor.

 

Segundo o “Corriere dela Sera” a próxima votação deverá começar entre as 15h e as 15h30, e o resultado deverá ser conhecido antes da hora de jantar.

 

Para se ser eleito Presidente de Itália é preciso reunir uma maioria de dois terços, ou seja 672 votos a favor, nas primeiras três votações no Parlamento, sendo que ocorrem duas rondas de votação todos os dias. Se no final das primeiras três votações nenhum candidato conseguir arrecadar os votos necessários, passa a ser preciso apenas conseguir uma maioria simples.

 

Franco Marini é membro do Partido Democrático (PD) e foi presidente do Senado entre 2006 e 2008. No início de 2008, Romano Prodi, então primeiro-ministro, foi alvo de uma moção de censura, tendo esta sido aprovada. O Presidente italiano era Giorgio Napolitano, que termina agora em Maio o seu último mandato. Napolitano pediu naquela altura a Marini para constituir um governo interino. Marini considerou que não reunia o consenso político necessário, depois de se reunir com os líderes dos partidos de direita (Silvio Berlusconi e Gianfranco Fini). Napolitano decidiu então dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas.

 

A escolha do Presidente italiano assume actualmente uma importância fulcral para o país, uma vez que as eleições legislativas, que decorreram no final de Fevereiro, não deram maioria governativa a nenhum partido ou coligação. Pier Luigi Bersani foi o líder que mais votos conseguiu, mas, falhou a missão de reunir um consenso político que lhe desse maioria absoluta no Parlamento. O próximo Presidente italiano terá a missão de resolver este impasse político, que poderá passar pela convocação de eleições, algo que Napolitano não pode fazer, uma vez que a legislação italiana não permite que o um Presidente convoque eleições nos últimos cinco meses de mandato.

 

(Notícia actualizada às 13h44 com mais informação)

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