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Costa recusa pedir "cheque em branco" aos portugueses e madeirenses

Para atingir estes objetivos estratégicos, realçou ser "fundamental prosseguir a boa governação", que passa pelas "contas certas", que foram definidas "com grande ambição" no início da legislatura que está a acabar.

Lusa
31 de Agosto de 2019 às 18:00
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O secretário-geral do PS afirmou este sábado que o país vai enfrentar dois momentos decisivos com os atos eleitorais, mas o partido não exige "um cheque em branco" porque tem um programa para a República e a Madeira.

"Não pedimos um cheque em branco. Temos um programa para a República e para a Região", disse António Costa no comício em Machico, na zona oeste da Madeira, local escolhido pelo partido pela primeira vez para fazer a rentrée política nacional do partido nesta região autónoma.

O responsável socialista salientou que face às eleições regionais de 22 de setembro e nacionais de 6 de outubro, o PS apenas pede "mais força para encetar o programa de governo na Republica e na Região".

"Costa amigo, a Madeira está contigo" foi uma das frases entoadas pelos elementos da Juventude Socialista durante o discurso, às quais respondeu: "Madeira, amiga, o Costa está convosco".

O atual primeiro-ministro sublinhou que "na República é essencial assegurar continuidade de boa governação que tem dado resultados", apelando a que os portugueses deem "mais força para o PS poder fazer ainda mais e ainda melhor em todo o país e também na Região Autónoma da Madeira".

António Costa vincou que o partido precisa de condições para "enfrentar os grandes desafios do futuro para o conjunto do país", enunciando as alterações climáticas, a necessidade de contrariar a tendência do decréscimo da demografia, assegurar a modernização da economia, administração pública e sociedade.

O dirigente socialista salientou também que o PS vai "bater-se pela erradicação da pobreza" e redução das desigualdades de género.

Mas, para atingir estes objetivos estratégicos, realçou ser "fundamental prosseguir a boa governação", que passa pelas "contas certas", que foram definidas "com grande ambição" no início da legislatura que está a acabar.

"Ter 10 anos de convergência com a União Europeia", o que não acontecia desde 2000 e aconteceu em 2017, 2018 e 2019 e "vai continuar a prosseguir", foi um aspeto apontado pelo secretário-geral socialista

Para este objetivo, é também imprescindível ter "um orçamento equilibrado e redução sustentada da vida pública".

A aposta no apoio aos emigrantes da diáspora espalhados pelo mundo fica demonstrado na escolha do número dois do Governo, Augusto Santo Silva como cabeça de lista pelo circulo fora da Europa, para que "a representação dos portugueses assegurada aos mais alto nível", enfatizou.

António Costa também referiu que o desafio demográfico "não se resolve só com medidas de apoio à natalidade", defendendo ser necessário "criar condições para as novas gerações terem confiança e liberdade de constituir a família que desejarem".

Esta política tem de ser complementada com estabilidade do emprego e habitação motivo pelo qual o Governo "lançou novas medidas" nesta área e "a partir de 01 de outubro, quando entrar em vigor a nova legislação do trabalho" acaba a juventude como fator de precariedade laborar.

O complemento de creche de 60 euros mensais, a redução de IRS em conformidade com o número de filhos, a diminuição das igualdades de género, nomeadamente para "as duas centenas de crianças transgénero que têm de ser tratadas com toda a igualdade", foram outros aspetos mencionados por António Costa.

O secretário-geral do PS, António Costa, esteve acompanhado no palco pelos os candidatos efetivos às eleições nacionais e regionais, a eurodeputada da Madeira, Sara Cerdas, os membros do secretariado nacional do PS que estão na Madeira, a presidente socialista, Ana Catarina Mendes, o líder do PS insular, Emanuel Câmara, o cabeça de lista às regionais, Paulo Cafôfo.

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