Notícia
Vereador da Proteção Civil em Lisboa justifica demissão com "mal-estar" provocado
Carlos Castro enviou hoje uma carta ao presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), renunciando ao cargo de vereador de Proteção Civil, "pedido que foi de imediato aceite", divulgou a autarquia em comunicado.
16 de Fevereiro de 2021 às 17:40
O vereador demissionário da Proteção Civil da Câmara de Lisboa justificou hoje a decisão com o "mal-estar" provocado na autarquia depois ter sido vacinado, considerando, assim, que não estavam reunidas as condições para continuar no cargo.
Carlos Castro enviou hoje uma carta ao presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), renunciando ao cargo de vereador de Proteção Civil, "pedido que foi de imediato aceite", divulgou a autarquia em comunicado.
O facto de o autarca ter sido vacinado com uma das 126 vacinas que sobraram do processo de vacinação dos lares da cidade, assim como os comandantes do Regimento de Sapadores Bombeiros e da Polícia Municipal e a Diretora Municipal da Higiene Urbana, provocou "mal-estar em vários serviços do município", escreve na carta endereçada a Medina, divulgada na sua página da rede social Facebook.
"Por não querer que os serviços municipais percam o seu foco, porque ainda estamos num árduo combate, e não quero contribuir para uma situação de instabilidade interna, verifico não estarem reunidas as condições para permanecer em funções e, por isso, apresento a minha renúncia ao cargo", afirma Carlos Castro.
O vereador demissionário salienta que "nunca quis beneficiar de nada, nem prejudicar ninguém", reforçando que a sobra que lhe foi administrada foi "validada por um delegado de saúde".
"As vacinas que foram administradas, sobras dos lares vacinados, foram, de facto, aplicadas a pessoas que estavam, e estão, desde o primeiro momento, ou seja, desde março de 2020, na linha da frente de combate à pandemia", defende.
"Estou inteiramente disponível para prestar todas as declarações às autoridades competentes de um trabalho que partilhei com dezenas de elementos da saúde da cidade, além de centenas de pessoas de outras instituições que diretamente contribuem para a resposta do dispositivo da cidade", acrescenta.
Carlos Castro recorda que o plano de vacinação contra a covid-19 na cidade foi coordenado e implementado no terreno por si, e que acompanhou "os primeiros dias de trabalho" na presença dos dirigentes da Higiene Urbana, Polícia Municipal e Bombeiros.
"Não houve nenhuma pessoa de um lar da cidade, utente ou profissional, a quem ficou por dar uma vacina", destaca.
No dia 09 de fevereiro, a Câmara de Lisboa fez saber que, na sequência da vacinação em lares e residências para idosos, sobraram 126 vacinas, uma média de 18 por dia.
Dando cumprimento às determinações das autoridades de saúde, indicou então a autarquia, foram ministradas 26 doses das vacinas a elementos das equipas envolvidas diretamente da operação de inoculação nos lares, designadamente 15 enfermeiros e oito elementos da Proteção Civil municipal presentes no local da vacinação, entre os quais o vereador com a pasta respetiva, e também três elementos da Higiene Urbana, entre os quais a sua diretora, envolvidos no processo de recolha das seringas utilizadas na vacinação.
As restantes 100 sobras "foram ministradas a profissionais dos grupos constantes na primeira fase de prioridade definida" pela Direção-Geral da Saúde.
"Foram assim vacinados 56 bombeiros voluntários e o comandante e subcomandante do Regimento de Sapadores Bombeiros, e 42 elementos da Polícia Municipal, incluindo o comandante", especificou a autarquia.
Segundo a mesma informação, foram cumpridas as "determinações expressas" das autoridades de saúde relativas às sobras, que indicavam que se deveria vacinar "em primeiro lugar todos os profissionais da linha da frente envolvidos na operação".
"Findo esse grupo, [a determinação foi] vacinar os grupos da primeira fase de prioridade, como os bombeiros e polícias", referia o município.
Na nota de hoje, a Câmara de Lisboa refere que "serão remetidos às autoridades competentes todos os elementos apurados relativos à participação da Proteção Civil no processo de vacinação dos lares para avaliação externa e independente dos mesmos".
O pelouro da Proteção Civil passará a ser assumido pelo vereador Miguel Gaspar, detentor das pastas das Mobilidade, Segurança, Economia e Inovação.
Questionada pela agência Lusa, fonte oficial da câmara disse que ainda não é conhecido o novo membro do executivo após a demissão.
Carlos Castro enviou hoje uma carta ao presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), renunciando ao cargo de vereador de Proteção Civil, "pedido que foi de imediato aceite", divulgou a autarquia em comunicado.
"Por não querer que os serviços municipais percam o seu foco, porque ainda estamos num árduo combate, e não quero contribuir para uma situação de instabilidade interna, verifico não estarem reunidas as condições para permanecer em funções e, por isso, apresento a minha renúncia ao cargo", afirma Carlos Castro.
O vereador demissionário salienta que "nunca quis beneficiar de nada, nem prejudicar ninguém", reforçando que a sobra que lhe foi administrada foi "validada por um delegado de saúde".
"As vacinas que foram administradas, sobras dos lares vacinados, foram, de facto, aplicadas a pessoas que estavam, e estão, desde o primeiro momento, ou seja, desde março de 2020, na linha da frente de combate à pandemia", defende.
"Estou inteiramente disponível para prestar todas as declarações às autoridades competentes de um trabalho que partilhei com dezenas de elementos da saúde da cidade, além de centenas de pessoas de outras instituições que diretamente contribuem para a resposta do dispositivo da cidade", acrescenta.
Carlos Castro recorda que o plano de vacinação contra a covid-19 na cidade foi coordenado e implementado no terreno por si, e que acompanhou "os primeiros dias de trabalho" na presença dos dirigentes da Higiene Urbana, Polícia Municipal e Bombeiros.
"Não houve nenhuma pessoa de um lar da cidade, utente ou profissional, a quem ficou por dar uma vacina", destaca.
No dia 09 de fevereiro, a Câmara de Lisboa fez saber que, na sequência da vacinação em lares e residências para idosos, sobraram 126 vacinas, uma média de 18 por dia.
Dando cumprimento às determinações das autoridades de saúde, indicou então a autarquia, foram ministradas 26 doses das vacinas a elementos das equipas envolvidas diretamente da operação de inoculação nos lares, designadamente 15 enfermeiros e oito elementos da Proteção Civil municipal presentes no local da vacinação, entre os quais o vereador com a pasta respetiva, e também três elementos da Higiene Urbana, entre os quais a sua diretora, envolvidos no processo de recolha das seringas utilizadas na vacinação.
As restantes 100 sobras "foram ministradas a profissionais dos grupos constantes na primeira fase de prioridade definida" pela Direção-Geral da Saúde.
"Foram assim vacinados 56 bombeiros voluntários e o comandante e subcomandante do Regimento de Sapadores Bombeiros, e 42 elementos da Polícia Municipal, incluindo o comandante", especificou a autarquia.
Segundo a mesma informação, foram cumpridas as "determinações expressas" das autoridades de saúde relativas às sobras, que indicavam que se deveria vacinar "em primeiro lugar todos os profissionais da linha da frente envolvidos na operação".
"Findo esse grupo, [a determinação foi] vacinar os grupos da primeira fase de prioridade, como os bombeiros e polícias", referia o município.
Na nota de hoje, a Câmara de Lisboa refere que "serão remetidos às autoridades competentes todos os elementos apurados relativos à participação da Proteção Civil no processo de vacinação dos lares para avaliação externa e independente dos mesmos".
O pelouro da Proteção Civil passará a ser assumido pelo vereador Miguel Gaspar, detentor das pastas das Mobilidade, Segurança, Economia e Inovação.
Questionada pela agência Lusa, fonte oficial da câmara disse que ainda não é conhecido o novo membro do executivo após a demissão.