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Ventura acha Marcelo "mais inclinado" para esperar pelo fim da discussão orçamental

À saída do encontro em Belém, André Ventura acha que "o Presidente está mais inclinado" para esperar pelo fim do debate do OE para exonerar o Governo. Hipótese de Santos Silva, diz, é "constitucionalmente absurda".

Tiago Petinga / Lusa
08 de Novembro de 2023 às 17:54
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André Ventura considera que Marcelo "está mais inclinado para exonerar o primeiro-ministro após a discussão orçamental". O líder do Chega defende também que a hipótese de nomes como Augusto Santos Silva substituírem Costa é "constitucionalmente absurda" e pede tempo para que o PS possa escolher a sucessão do atual secretário-geral.

"Penso que o Presidente está mais inclinado para a segunda solução, mas ele amanhã dirá. O Senhor Presidente da República apenas exonerará o primeiro-ministro após a discussão orçamental, ou seja, após a aprovação do Orçamento no Parlamento, o que significa que o Orçamento ficará em vigor e a data da dissolução será posterior a essa exoneração", afirmou Ventura.

André Ventura diz "compreender a posição do Presidente da República", mas considera "um pouco estranho, bizarro que um Governo novo, que esperemos que seja de um espectro político diferente do que está agora em funções, seja obrigado a governar com o orçamento do Partido Socialista".

Algumas notícias têm dado conta do desejo interno do PS de ver Santos Silva suceder a António Costa na liderança do Governo, uma hipótese que Ventura diz não respeitar o texto constitucional.

"Com a exoneração do Sr. primeiro-ministro cai automaticamente o Governo e, por isso, não é possível - após cair o Governo - ir buscar alguém para liderar esse Governo. É uma solução constitucionalmente absurda. O Presidente da República sabe isso, não sou eu que lhe vou explicar isso, nem nenhum membro desta comitiva", sublinhou o líder do Chega.

"Nunca o Sr. Presidente da República embarcaria numa solução destas. É apenas uma forma de pressão absurda que o Partido Socialista está a fazer para evitar o cenário eleitoral", acrescentou.

André Ventura defendeu também - apesar, diz, de a ideia não ser muito popular à direita - a importância de o PS se conseguir reorganizar de modo a apurar um novo líder depois da saída de Costa. Sublinhou também a disponibilidade para formar uma solução governativa de direita, apesar de Montenegro, reiteradamente, já ter rejeitado essa solução.

"Deixamos a garantia de que, independentemente das exigências em matéria de Governo, da nossa parte haverá uma atitude proativa e positiva na construção dessa alternativa. Não respondemos pelos outros, respondemos apenas por nós", concluiu.
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