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Venezuela declara Felipe González "persona non grata"
O ex-presidente do Executivo espanhol assumiu defesa de opositores ao regime, o que para o governo de Nicolas Maduro significa "uma interferência nos assuntos de Estado".
O Parlamento da Venezuela declarou esta terça-feira o ex-presidente do governo espanhol, Felipe González "persona non grata".
Na declaração feita em Caracas, na sequência de uma proposta do Partido Comunista da Venezuela (PCV), que integra a coligação que apoia o chavismo no poder, argumenta-se que a actividade de Felipe González como defensor de opositores ao regime significa "uma interferência nos assuntos de Estado", de acordo com a imprensa venezuelana, citada pelos jornais espanhóis El Pais e El Mundo.
Como recordam as duas publicações, Felipe González aceitou assumir a defesa das duas principais figuras opositoras do regime, Leopoldo López e Antonio Ledezma, actualmente detidos na prisão militar de Ramo Verde.
Desde que González anunciou em Março passado que passou a integrar activamente como assessor da defesa nos tribunais dos dois opositores venezuelanos, vários porta-vozes do governo, incluindo o presidente Nicolas Maduro, têm atacado o político espanhol e insinuado que poderia ser impedido de entrar no país.