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Trump nomeia tenente-general McMaster assessor de Segurança Nacional
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou o tenente-general H. R. McMaster seu novo assessor de Segurança Nacional, depois da renúncia de Michael Flynn devido aos contactos com russos sobre as sanções a Moscovo.
Numa intervenção feita de surpresa a partir da sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida, e acompanhado pelo tenente-general McMaster, Donald Trump definiu o seu novo assessor como um "homem de tremendo talento e experiência". "Li muitos nestes últimos dias e McMaster é muito respeitado nas Forças Armadas", acrescentou o Presidente.
O tenente-general H. R. McMaster foi nomeado, depois de na semana passada o vice-almirante Robert Harward ter recusado o cargo.
Juntamente com Donald Trump e McMaster estava o tenente-general Keith Kellogg, que vai ocupar o cargo de chefe do gabinete do Conselho de Segurança Nacional.
A saída de Michael Flynn, depois de 24 dias no cargo, foi uma das principais crises com que Donald Trump teve de lidar, desde que assumiu a Presidência dos Estados Unidos, a 20 de janeiro.
Recorde-se que o tenente-general reformado Michael Flyyn se demitiu no dia 13 de Fevereiro. A polémica em torno de Flynn surgiu quando, uns dias antes, o The Washington Post noticiou que o conselheiro de Trump tinha falado – durante contactos telefónicos com representantes russos, nomeadamente o embaixador russo junto das Nações Unidas, Sergey Kislyak – sobre as sanções impostas pelos EUA à Rússia na sequência da anexação unilateral da Crimeia pela Rússia em 2014.
Flynn começou por negar esses factos, sendo depois acusado de mentir quando admitiu que o tema das sanções poderia ter surgido durante os telefonemas – alguns dos quais feitos ainda durante a campanha de Trump para as eleições presidenciais de 8 de Novembro.
Por esse facto, Flynn pediu desculpas a Mike Pence [que o tinha defendido em várias ocasiões a respeito desta polémica], reconhecendo que tinha fornecido "informação incompleta" sobre essas conversas ao vice-presidente. O tenente-general achou então, por bem, apresentar a sua demissão.
No dia seguinte (terça-feira), Kellyane Conway, conselheira da Casa Branca, declarou que Michael Flynn tinha a confiança de Trump – apesar de o presidente ter mantido o silêncio.
Já na quarta-feira, Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca, comunicou em conferência de imprensa que a demissão de Flynn tinha sido decidida pelo próprio presidente devido a uma "perda de confiança".