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DN: Pedro Duarte fala de transição "traumática" para o PSD

Pedro Duarte, ex-director de campanha de Marcelo e apontado como uma das possíveis caras no PSD pós legislativas, diz em entrevista ao Diário de Notícias que o partido não pode "estar permanentemente à espera que o Governo caia".

Miguel Baltazar/Negócios
01 de Abril de 2016 às 10:48
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"Que os tempos são difíceis para o PSD não há qualquer dúvida. Todas as mudanças de transições de governo para a oposição foram traumáticas no PSD e esta não foge à regra. Mas o líder do partido tem todas as condições para encetar esta nova fase. Assim queira perceber que, de facto, é uma fase diferente", afirmou ao Diário de Notícias Pedro Duarte, ex-líder da JSD, ex-director de campanha de Marcelo Rebelo de Sousa. Apontado com um dos possíveis rostos do futuro do partido, Pedro Duarte diz que, para já, isso não está na sua agenda. Mas também admite que esta "posição de princípio, que hoje é completamente convicta, pode um dia vir a ser reequacionada".

 

No dia em que os sociais democratas arrancam com um congresso que promete alguma contestação ao líder – José Eduardo Martins, por exemplo, já anunciou críticas à actual direcção – Pedro Duarte prefere salientar que "um dos grandes activos que o PSD tem hoje é a credibilidade, a preparação, até técnica, e a seriedade intelectual do seu líder". E que "estas três características são um extraordinário activo para o partido, são uma base excelente".

 

"Os rostos são irrelevantes, o essencial é renovar a estratégia", sublinha na entrevista publicada esta sexta-feira, 1 de Abril. E se não entende ser "crucial que se institucionalize um governo-sombra", vai acrescentando que "é importante que o PSD crie um grupo alargado de pessoas que possam ser protagonistas". E estaria disponível para o liderar? "Estou totalmente disponível para contribuir com ideias e com uma participação cívica na vida política. Mas nesta fase da minha vida estou indisponível para regressar à vida política activa", responde. Nem mesmo para o conselho nacional, para o qual tem sido apontado como cabeça de lista. "Estou fora desse campeonato", assegura.

 

"O partido, desde as legislativas, tem vivido uma fase de transição e portanto o congresso é o momento-chave para se perceber se há efectivamente uma inversão estratégica", refere Pedro Duarte, salientando a importância de que exista "um refrescamento de ideias e principalmente que o partido olhe menos para trás e mais para o futuro. E tenha capacidade de pensar o país num prazo razoável, de dez a 15 anos, se for preciso". Porque, conclui, "o PSD não pode viver permanentemente à espera de que o governo caia na semana a seguir".

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