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Siza Vieira diz que baixar agora impostos teria como impacto imediato uma subida dos juros da dívida
O ministro da Economia e da Transição Digital considerou esta quinta-feira no Parlamento que uma redução de impostos neste momento teria um efeito perverso com o aumento do endividamento e do défice.
O ministro da Economia e da Transição Digital considerou esta quinta-feira que uma redução de impostos neste momento teria um efeito perverso com o aumento do endividamento e do défice. "Fazer baixar agora os impostos seria fazer crescer a dívida e o défice", defendeu Pedro Siza Vieira durante uma audição conjunta na Comissão de Finanças e de Economia a propósito do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).
E, acrescentou, "o impacto no imediato seria uma subida dos juros da dívida".
Antes, Siza Vieira já tinha reiterado a linha defendida pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, de que não existe um aumento da carga fiscal. O ministro, que respondia às questões colocadas pelo deputado do PSD Afonso Oliveira, insistiu que foram as contribuições para a Segurança Social que elevaram o peso no PIB, fruto do "crescimento do emprego e dos aumentos dos rendimentos". E "a receita fiscal associada aos impostos diretos e indiretos cresce menos do que a economia", sublinhou.
E o governante considerou que Portugal está a fazer "uma coisa notável: estamos a crescer suportados no investimento e num contexto de desendividamento".
Siza Vieira sublinhou que o investimento é o fator "com maior impacto na produtividade". E Portugal alcançou um máximo históricos de investimento direto estrangeiro no ano passado e apresentou o maior crescimento no investimento privado entre os países da UE, referiu.
"O que falta ainda é acrescentar ritmos sérios de crescimento do investimento público", admitiu. O ministro lamentou as "grandes dificuldades na execução do investimento público", citando como exemplo o recente concurso para a aquisição de comboios pela CP. "Um dos concorrentes derrotados impugnou a adjudicação e isso vai atrasar o processo em pelo menos vários meses", disse.
E, acrescentou, "o impacto no imediato seria uma subida dos juros da dívida".
E o governante considerou que Portugal está a fazer "uma coisa notável: estamos a crescer suportados no investimento e num contexto de desendividamento".
Siza Vieira sublinhou que o investimento é o fator "com maior impacto na produtividade". E Portugal alcançou um máximo históricos de investimento direto estrangeiro no ano passado e apresentou o maior crescimento no investimento privado entre os países da UE, referiu.
"O que falta ainda é acrescentar ritmos sérios de crescimento do investimento público", admitiu. O ministro lamentou as "grandes dificuldades na execução do investimento público", citando como exemplo o recente concurso para a aquisição de comboios pela CP. "Um dos concorrentes derrotados impugnou a adjudicação e isso vai atrasar o processo em pelo menos vários meses", disse.