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Sem empate técnico nem margem de erro: Dilma alarga vantagem sobre Aécio

Votos da classe média e classe alta - mais favoráveis a Aécio Neves - estão a fugir para Dilma Rousseff. Candidato do PSDB está a perder pontos nas grandes cidades: Rio de Janeiro e São Paulo.

Bloomberg
24 de Outubro de 2014 às 11:18
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Dilma Rousseff descolou de Aécio Neves e ameaça nunca mais olhar para trás até às eleições de domingo, 26 de Outubro. Desta vez não há empate técnico, nem limite na margem de erro, apontam as sondagens mais recentes.

 

A Presidente brasileira conta agora uma vantagem de oito pontos percentuais face ao candidato do Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB) - 54% contra 46% - segundo a sondagem do instituto IBOPE feita para a TV Globo e o jornal Estado de São Paulo.

 

Na sondagem anterior, a candidata do Partido dos Trabalhadores contava com dois pontos de vantagem, um empate técnico, portanto, face à margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

 

Esta vantagem cai para os seis pontos percentuais na sondagem da Datafolha para a TV Globo e Folha de São Paulo. Aqui a petista lidera com 53% das intenções de voto contra os 47% do "tucano" (ave mascote do PSDB) neste inquérito, face aos quatro pontos de vantagem obtidos na última sondagem.

 

O último debate televisivo entre os dois candidatos vai ter lugar esta sexta-feira, 24 de Outubro, na TV Globo às 22h locais (01h de Sábado em Lisboa).

 

A Presidente em busca de reeleição está assim a ganhar pontos entre os brasileiros com rendimentos mais elevados. Tradicionalmente, os votos dos brasileiros com menos rendimentos e da região do Nordeste vão tradicionalmente para o PT. Já o PSDB reúne as preferências dos eleitores com maiores rendimentos e que vivem no Sul e no Sudeste.

 

Na primeira sondagem após a primeira volta, Aécio Neves tinha o voto de 74% da classe alta e 67% da classe média. Estes valores caíram e agora o tucano está com 64% e 58% nestas classes respectivamente.

 

Por regiões, São Paulo é o estado onde Aécio Neves conta com mais votos (30% do total contra 16% para Dilma). Já o Nordeste do país (27% dos eleitores brasileiros) pesa 36% nos votos de Dilma Rousseff.

 

A classe média alta que vota em Aécio Neves reside na sua maioria nos estados do Sudeste (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo). Mas a fuga de votos deste segmento para Dilma é agora notório: Aécio perdeu oito pontos no Rio de Janeiro e seis pontos em São Paulo face a sondagem da Datafolha de há duas semanas. Minas Gerais - considerado por analistas como o estado que vai decidir a corrida - está agora dividido entre os dois candidatos.

 

Dilma sem euforias, Aécio confiante na vitória

 

Em reacção, os dois candidatos mantiveram uma postura cautelosa. Dilma Rousseff disse que não tinha consultado as sondagens por estar a fazer um tratamento para a voz. A Presidente acredita assim que o resultado "só estará consolidado quando fecharem as urnas e começar a contagem", disse.

 

Já Aécio Neves assinalou que não vai parar para olhar para as sondagens e que está confiante na vitória. "Não paro para avaliar pesquisa. Se não eu não estava na segunda volta. Vimos na primeira volta a distância entre a vontade do eleitor e o que diziam as pesquisas", disse. O tucano referia-se às sondagens que o colocavam atrás de Dilma Rousseff e Marina Silva na primeira volta.

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