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Segundo denunciante aceita falar em inquérito de impeachment a Trump

Um segundo agente dos serviços secretos norte-americanos terá informação mais direta sobre as relações de Donald Trump com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Reuters
06 de Outubro de 2019 às 15:57
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Um segundo agente dos serviços secretos norte-americanos aceitou falar com o responsável pelo processo de impeachment para denunciar Donald Trump pelas suas ligações com a Ucrânia, que espoletaram o pedido do Partido Democrata em investigar o presidente norte-americano.

Mark Zaid, o advogado que representa o primeiro denunciante que expôs o telefonema de Trump ao seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, afirmou à ABC News que este segundo funcionário tem "conhecimento em primeira mão" de algumas das alegações presentes no relatório que originou o processo de impeachment e que já foi inquirido pelo Inspetor-geral da Comunidade de Inteligência dos EUA, Michael Atkinson.

De acordo com a cadeia televisiva norte-americana, um segundo denunciante – especialmente um que possa relatar diretamente acontecimentos em que Trump e a Ucrânia estão envolvidos – pode denegrir o discurso do presidente norte-americano de que a queixa original, divulgada a 26 de setembro, é "totalmente imprecisa".

Esse primeiro relatório, divulgado por um denunciante do qual apenas se sabe que é um agente da CIA e que já trabalhou na Casa Branca, expõe que Donald Trump realizou um telefonema a 25 de julho com o presidente ucraniano no qual insistiu "cerca de oito vezes" para que o governante ucraniano "trabalhasse com Rudy Giuliani, o seu advogado pessoal, numa investigação" sobre o envolvimento do filho de Joe Biden, Hunter, com uma empresa de gás natural.

A líder da maioria Democrata na Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, procedeu à abertura de um processo de destituição do presidente dos EUA, indicando que Trump "faltou aos seus deveres" ao pedir para que a Ucrânia investigasse o filho do antigo vice-presidente de Barack Obama, o seu principal adversário do Partido Democrata nas eleições de 2020 nos Estados Unidos.

Além disso, Trump ordenou ao seu chefe de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney, que colocasse em espera 400 milhões de dólares - cerca de 364 milhões de euros - de ajuda militar à Ucrânia uma semana antes do telefonema.

Esta sexta-feira, o New York Times havia avançado que este segundo oficial dos serviços secretos tinha informação mais direta sobre os eventos e estava entre os funcionários interrogados para aferir as alegações do whistleblower original do processo. No entanto, o advogado deste segundo denunciante afirmou não saber se o seu cliente se tratava do denunciante identificado pelo New York Times - o que deixa no ar a possibilidade de existirem três whistleblowers de Trump.

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