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SEF nega nomeação de antiga diretora, mas confirma que integra grupo de trabalho

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras negou esta terça-feira que Cristina Gatões esteja a assessorar a direção nacional, mas confirma que a antiga diretora integra o grupo de trabalho que vai propor medidas de alteração do regime dos vistos Gold.

Miguel A. Lopes / Lusa
02 de Fevereiro de 2021 às 18:42
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"Ao contrário do que vem sendo referido, a Inspetora Coordenadora Superior Cristina Gatões não foi contratada ou nomeada para qualquer cargo", esclareceu hoje o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), num comunicado em que reage às notícias sobre as funções da antiga diretora daquele serviço.

A edição de hoje do Diário de Notícias noticiou que a ex-diretora do SEF terá sido nomeada para assessorar a reestruturação do regime de vistos Gold, citando um despacho interno do organismo de acordo com o qual a nomeação visa "analisar soluções que assegurem maior eficácia no âmbito da permanência em Portugal dos titulares de residência para atividade de investimento".

No comunicado, o SEF esclarece que a inspetora coordenadora "é quadro" do serviço e que, por decisão do Diretor Nacional, o tenente-general Luis Botelho Miguel, "integra um grupo de trabalho interno que analisa e vai propor medidas no âmbito do regime de autorização de residência para atividade de investimento".

O grupo, segundo o SEF, é coordenado pela Técnica Superior Carla Costa.

O SEF afirma que "não corresponde igualmente à verdade que a Inspetora Coordenadora Superior Cristina Gatões esteja a assessorar a Direção Nacional no quadro da reestruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras".

A alegada nomeação da antiga diretora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Cristina Gatões, para assessorar a reestruturação do regime dos vistos Gold, levou hoje o Bloco de Esquerda a avançar com duas iniciativas: uma pergunta dirigida ao Governo e o requerimento para uma audição do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

O BE refere, no texto do requerimento, que "a demissão de Cristina Gatões aconteceu nove meses depois do homicídio de um cidadão ucraniano, Ihor Homeniuk, nas instalações do SEF à guarda do Estado Português", recordando que, precisamente em audição parlamentar, Eduardo Cabrita justificou esta demissão por considerar que a responsável "não reunia condições para liderar o SEF no quadro da reestruturação profunda que será desenvolvida neste organismo".

O Chega questionou também o ministro da Administração Interna sobre a alegada nomeação da ex-diretora SEF, que em dezembro de 2020 se demitiu na sequência da polémica com o homicídio de Ihor Homeniuk em março do mesmo ano.

A agência Lusa questionou o Ministério da Administração Interna, mas ainda não obteve esclarecimentos.
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