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Santos Pereira acusa PCP de apoiar PS devido a interesses nos transportes

O antigo ministro da Economia alerta para as consequências de um eventual cancelamento da privatização da TAP, dando o exemplo da Estonian Airlines, que declarou falência este sábado.

Negócios 11 de Novembro de 2015 às 16:26
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O antigo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, acusa o PCP de apoiar o Partido Socialista para manter os interesses em áreas como a dos transportes.

Em entrevista à SIC, o actual director para a política económica da OCDE refere que os lóbis que o seu Governo combateu não estavam habituados a ser "atacados".

"Os lóbis que eu lutei não estavam satisfeitos com [o facto de] terem sido tão atacados. Não estavam habituados", afirma Santos Pereira.

E levanta a questão: "Temos de perguntar porque é que, por exemplo, o Partido Comunista está neste momento interessado em apoiar um possível governo do Partido Socialista. E a resposta é muito simples. Sabem que, se as concessões dos transportes avançarem, se a privatização da TAP avançar, se a reforma laboral continuar, isto para os seus grupos de interesse não é bom", concretiza o antigo ministro.

Álvaro Santos Pereira alerta ainda para os riscos de travar a privatização da TAP, dando o exemplo da Estonian Airlines para ilustrar as possíveis consequências da manutenção da companhia aérea nas mãos do Estado português. A transportada aérea da Estónia declarou falência este sábado, 7 de Novembro, depois de a Comissão Europeia ter exigido o reembolso de 91 milhões de euros que a empresa recebeu do Estado.

"Quem quer pôr em causa a privatização da TAP, devia olhar para o exemplo da Estonian Airlines para ver o que é que poderá acontecer se revertermos uma privatização tão importante como a TAP", explica. "A Estonian Airlines entrou em falência exactamente porque o Estado não pode capitalizar a empresa".

O ex-ministro do primeiro Governo de Passos Coelho olha com preocupação para a situação política actual, mas acredita que "a história fará justiça ao papel do senhor Presidente da República na manutenção da estabilidade em Portugal".

Álvaro Santos Pereira, professor de Economia, saiu do Governo no verão de 2013, no rescaldo da crise política, para liderar uma equipa de 70 funcionários da OCDE responsáveis, todos os anos, pelos relatórios sobre o estado da economia em cerca de 20 países. 

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