Santana Lopes não gostou da avaliação de Jorge Sampaio aos seus tempos como primeiro-ministro e contra-ataca num texto publicado no Negócios, no qual questiona a formação moral e os escrúpulos das pessoas que tentam "construir a sua própria verdade" e se tornam "peritas em recriar a história", dando como exemplo os que defendem que o país estava à deriva em 2004. Esta é exactamente a acusação de que o ex-primeiro-ministro foi alvo por parte do ex-presidente da República.

Em entrevista à Rádio Renascença, Santana Lopes diz que vai escrever um livro para responder à biografia de Jorge Sampaio. Santana Lopes diz que "o sistema dos poderosos" era mais amigo de Sampaio do que seu, acrescentando que está "convencido" de que Sampaio dissolveu o Parlamento em 2004 para abrir caminho à eleição de Cavaco Silva, que era o nome que o "sistema" queria.

Assim, defende o responsável na entrevista que será transmitida esta quinta-feira, 16 de Março, depois das 19:00, era preciso eleições, que dariam vitória ao PS para que Cavaco Silva fosse eleito, em 2006. Isto porque, considera Santana Lopes, havia a convicção que os portugueses não punham "os ovos todos no mesmo cesto".