Notícia
Rui Rio diz que vários governos deram direitos não sustentáveis às pessoas
O país, salientou o ex-autarca do Porto, "não pode continuar a tomar decisões sem pensar" no seu impacto no futuro, considerando que muitos governantes aplicaram medidas apenas a pensar "na eleição seguinte".
11 de Novembro de 2016 às 18:53
O ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, disse hoje que vários governos, por razões eleitorais, deram "direitos às pessoas que, no longo prazo, não eram sustentáveis".
Numa conferência em Coimbra, o economista social-democrata apontou para a Segurança Social como o "maior exemplo" dos direitos que "diversos governos" deram às pessoas que, a longo prazo, não eram sustentáveis.
O país, salientou, "não pode continuar a tomar decisões sem pensar" no seu impacto no futuro, considerando que muitos governantes aplicaram medidas apenas a pensar "na eleição seguinte".
O ex-autarca do PSD -- que esta semana admitiu a possibilidade de se candidatar à liderança do partido em 2018 - falava durante o 16.º Congresso da Associação Nacional de Transportadores de Mercadorias (ANTRAM), que decorre hoje e sábado, no Convento São Francisco, em Coimbra.
Durante o seu discurso, Rui Rio salientou também a necessidade de Portugal combater a dívida, considerando que, para além de se procurar reduzi-la, deve-se "acima de tudo baixá-la em termos relativos" através da criação de mais riqueza.
"O que temos de conseguir é crescimento para olhar para a dívida de uma forma sustentada", notou, considerando que esse mesmo crescimento terá de estar assente numa lógica "de promoção de investimento", nomeadamente estrangeiro.
Para o social-democrata, são as empresas que devem investir, "mas o Estado tem de criar políticas próprias amigas do investimento".
Outro factor importante que se tem de ter em atenção, destacou, é a taxa de poupança dos portugueses.
"Não se pode continuar a desprezar a componente da poupança", salientando que a taxa está hoje nos mesmos níveis de 1960, "cerca de 4,9%", depois de já ter estado nos 20% em 1983.
À margem do congresso, Rui Rio foi questionado pela agência Lusa sobre a possibilidade de se candidatar à liderança do PSD, mas escusou-se a comentar sobre o assunto.
Na sessão de abertura do evento, o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. Oliveira Martins, referiu que o Governo pretende assumir uma "aposta forte" na frente portuária atlântica, considerando que a ligação de Portugal com o resto do mundo "implica uma ponderação cuidada do papel da logística na cadeia de valor".
Nesse sentido, é necessário o "desenvolvimento de sistemas logísticos e de transportes de mercadorias ao longo dos corredores que ligam Portugal a Espanha e ao resto da Europa".
Segundo o membro do executivo socialista, Portugal "precisa de aumentar globalmente a carga movimentada e tornar eficiente a cadeia de deslocações de mercadorias, principalmente nas médias e longas distâncias".
A garantia de "eficiência, qualidade e segurança do serviço de transportes de mercadorias" é um objectivo "estratégico para este Governo", sublinhou.
Nesse sentido, afirmou, é necessário "planear cuidadosamente as redes e cadeias logísticas, promovendo a eficiência do transporte e operações, utilizando as novas tecnologias numa perspectiva de criação de valor, com reflexos positivos na economia e sociedade".
Numa conferência em Coimbra, o economista social-democrata apontou para a Segurança Social como o "maior exemplo" dos direitos que "diversos governos" deram às pessoas que, a longo prazo, não eram sustentáveis.
O ex-autarca do PSD -- que esta semana admitiu a possibilidade de se candidatar à liderança do partido em 2018 - falava durante o 16.º Congresso da Associação Nacional de Transportadores de Mercadorias (ANTRAM), que decorre hoje e sábado, no Convento São Francisco, em Coimbra.
Durante o seu discurso, Rui Rio salientou também a necessidade de Portugal combater a dívida, considerando que, para além de se procurar reduzi-la, deve-se "acima de tudo baixá-la em termos relativos" através da criação de mais riqueza.
"O que temos de conseguir é crescimento para olhar para a dívida de uma forma sustentada", notou, considerando que esse mesmo crescimento terá de estar assente numa lógica "de promoção de investimento", nomeadamente estrangeiro.
Para o social-democrata, são as empresas que devem investir, "mas o Estado tem de criar políticas próprias amigas do investimento".
Outro factor importante que se tem de ter em atenção, destacou, é a taxa de poupança dos portugueses.
"Não se pode continuar a desprezar a componente da poupança", salientando que a taxa está hoje nos mesmos níveis de 1960, "cerca de 4,9%", depois de já ter estado nos 20% em 1983.
À margem do congresso, Rui Rio foi questionado pela agência Lusa sobre a possibilidade de se candidatar à liderança do PSD, mas escusou-se a comentar sobre o assunto.
Na sessão de abertura do evento, o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. Oliveira Martins, referiu que o Governo pretende assumir uma "aposta forte" na frente portuária atlântica, considerando que a ligação de Portugal com o resto do mundo "implica uma ponderação cuidada do papel da logística na cadeia de valor".
Nesse sentido, é necessário o "desenvolvimento de sistemas logísticos e de transportes de mercadorias ao longo dos corredores que ligam Portugal a Espanha e ao resto da Europa".
Segundo o membro do executivo socialista, Portugal "precisa de aumentar globalmente a carga movimentada e tornar eficiente a cadeia de deslocações de mercadorias, principalmente nas médias e longas distâncias".
A garantia de "eficiência, qualidade e segurança do serviço de transportes de mercadorias" é um objectivo "estratégico para este Governo", sublinhou.
Nesse sentido, afirmou, é necessário "planear cuidadosamente as redes e cadeias logísticas, promovendo a eficiência do transporte e operações, utilizando as novas tecnologias numa perspectiva de criação de valor, com reflexos positivos na economia e sociedade".