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Rússia vai integrar escudo anti-míssil da NATO

A Rússia aceitou integrar o novo sistema de escudo anti-míssil da Aliança Atlântica, além de ter garantido uma melhoria na circulação de tráfego não-letal de e para o Afeganistão.

20 de Novembro de 2010 às 16:56
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O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, anunciou que o presidente russo Dmitry Medvedev aceitou integrar o sistema anti-míssil, que vai ser desenvolvido na Europa com um custo de 200 milhões de euros. Os pormenores de como o sistema da Aliança e russo se vão integrar ainda não são conhecidos, mas Rasmussen garantiu que o mais importante é que “pela primeira vez na história, a Rússia e a NATO vão colaborar na sua própria defesa”.

“Lisboa marca um novo começo no sentido de maior cooperação”, enfatizou Rasmussen, visivelmente satisfeito com o acordo alcançado, que permitiu “exorcizar fantasmas do passado”. Os efeitos práticos deste acordo são “claros: vamos ficar mais cientes das ameaças e com a possibilidade de destruir mísseis que ameacem os territórios de membros da Aliança”.

Além do acordo no sistema anti-míssil, o trânsito de material não-letal de e para o Afeganistão através de território russo também vai ser alargado. “Vamos expandir a lista de materiais que podem circular nos territórios russos, a caminho do Afeganistão. Também vai ser possível sair do Afeganistão através do território russo”, acrescentou.

Instado a comentar a possibilidade de a ratificação do acordo de redução de ogivas nucleares START ser bloqueada pelos republicanos, nos Estados Unidos, Rasmussen declarou ser “urgente que ambas as partes [republicanos e democratas] se entendam para ratificar o tratado tão rápido quanto possível”. A rápida ratificação seria “benéfica para o ambiente de segurança na Europa”, ao passo que uma demora poderia prejudicar essa percepção.

Rasmussen também se mostrou confiante na possibilidade de o acordo com a Rússia permitir uma mais rápida resolução do conflito entre a Rússia e a Geórgia. O secretário-geral considerou mesmo a cimeira de Lisboa como uma das “mais substanciais e mais importantes cimeiras da história da NATO”.

A próxima cimeira da Aliança Atlântica ficou já marcada para 2012, nos Estados Unidos.

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