Notícia
Rio responde a Marcelo: "A pressão" para aprovar orçamento "não é para mim"
O presidente do PSD, Rui Rio, recusou hoje sentir-se pressionado pelo Presidente da República, defendendo que a pressão do chefe de Estado para que haja Orçamento do Estado é para "a solução política encontrada".
26 de Setembro de 2020 às 00:01
"O PSD, neste momento, independentemente do que pudesse querer, está, por assim dizer, na bancada à espera que o jogo se inicie, que é quando o Governo entregar o Orçamento do Estado no dia 12 de outubro", afirmou Rui Rio, à entrada para o Conselho Nacional do partido, que decorre hoje à noite em Olhão.
Questionado sobre as palavras do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje disse, também no Algarve, que os partidos da oposição que aspiram a liderar o Governo devem garantir a aprovação do Orçamento do Estado (OE), mesmo que a esquerda o reprove, Rio recusou ser ele o visado por estas declarações.
"Se o senhor Presidente da República disse que deve haver Orçamento do Estado e não deve haver uma crise, a pressão não é para mim, é para a solução encontrada: PCP, BE, PS ou PS só com um", disse.
O líder do PSD voltou a remeter, como tem feito nos últimos dias, qualquer resposta sobre uma eventual crise política para o primeiro-ministro, António Costa.
"O líder do PS, neste caso também primeiro-ministro, foi muito claro, não podia ter sido mais claro, quando disse que no dia que precisasse do PSD para aprovar o OE o seu Governo deixa de fazer sentido", declarou, referindo-se às palavras e António Costa numa entrevista ao semanário Expresso.
Instado a responder o que fará o PSD se a esquerda não se entender para aprovar o documento, Rui Rio respondeu: "É um não problema".
Questionado se o facto de Portugal assumir a presidência portuguesa da União Europeia não é um fator a pesar na decisão sobre o Orçamento, Rio classificou-a como "muito importante", mas voltou a remeter a responsabilidade para os partidos que compuseram a 'geringonça' na última legislatura.
"Se no dia 01 de janeiro começar a presidência portuguesa e eles não estão capazes de encontrar uma solução orçamental, o problema é grave, é um problema relevante que eles devem ter em linha de conta", insistiu, considerando que, no atual panorama do país, uma crise política "será uma situação muito má".
Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje que "normal em Portugal, desde que houve as eleições, é que haja um governo apoiado pela esquerda", mas afirmou que, "no caso do Orçamento, se não for possível haver esse apoio à esquerda, que é o natural", a "oposição, sobretudo a oposição que ambiciona liderar o governo, pensará o que eu pensei como líder da oposição na altura" em que o atual chefe de Estado liderou o PSD.
Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita a São Brás de Alportel, onde hoje tem marcado mais um jantar com os autarcas da região, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que, quando presidiu ao PSD, "por menos" viabilizou "três orçamentos do primeiro-ministro António Guterres [PS]", com o partido social-democrata "sublevado e parte do eleitorado a protestar".
Sobre se esse era um recado para Rui Rio, o Presidente da República respondeu que estava a "dizer aquilo que é de bom senso meridiano" e que significa que "há um limite para aquilo que é próprio da democracia, que é a livre escolha dos partidos e dos políticos".
Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que ao PSD pode "custar muito viabilizar o Orçamento" e "discordar disto ou daquilo", mas argumentou que "importa aprovar o Orçamento".
Questionado sobre as palavras do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje disse, também no Algarve, que os partidos da oposição que aspiram a liderar o Governo devem garantir a aprovação do Orçamento do Estado (OE), mesmo que a esquerda o reprove, Rio recusou ser ele o visado por estas declarações.
O líder do PSD voltou a remeter, como tem feito nos últimos dias, qualquer resposta sobre uma eventual crise política para o primeiro-ministro, António Costa.
"O líder do PS, neste caso também primeiro-ministro, foi muito claro, não podia ter sido mais claro, quando disse que no dia que precisasse do PSD para aprovar o OE o seu Governo deixa de fazer sentido", declarou, referindo-se às palavras e António Costa numa entrevista ao semanário Expresso.
Instado a responder o que fará o PSD se a esquerda não se entender para aprovar o documento, Rui Rio respondeu: "É um não problema".
Questionado se o facto de Portugal assumir a presidência portuguesa da União Europeia não é um fator a pesar na decisão sobre o Orçamento, Rio classificou-a como "muito importante", mas voltou a remeter a responsabilidade para os partidos que compuseram a 'geringonça' na última legislatura.
"Se no dia 01 de janeiro começar a presidência portuguesa e eles não estão capazes de encontrar uma solução orçamental, o problema é grave, é um problema relevante que eles devem ter em linha de conta", insistiu, considerando que, no atual panorama do país, uma crise política "será uma situação muito má".
Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje que "normal em Portugal, desde que houve as eleições, é que haja um governo apoiado pela esquerda", mas afirmou que, "no caso do Orçamento, se não for possível haver esse apoio à esquerda, que é o natural", a "oposição, sobretudo a oposição que ambiciona liderar o governo, pensará o que eu pensei como líder da oposição na altura" em que o atual chefe de Estado liderou o PSD.
Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita a São Brás de Alportel, onde hoje tem marcado mais um jantar com os autarcas da região, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que, quando presidiu ao PSD, "por menos" viabilizou "três orçamentos do primeiro-ministro António Guterres [PS]", com o partido social-democrata "sublevado e parte do eleitorado a protestar".
Sobre se esse era um recado para Rui Rio, o Presidente da República respondeu que estava a "dizer aquilo que é de bom senso meridiano" e que significa que "há um limite para aquilo que é próprio da democracia, que é a livre escolha dos partidos e dos políticos".
Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que ao PSD pode "custar muito viabilizar o Orçamento" e "discordar disto ou daquilo", mas argumentou que "importa aprovar o Orçamento".