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Rio diz que objetivo nas autárquicas é "inverter tendência" e admite ser difícil vencer PS em 2021

O presidente do PSD apontou como objetivo para as próximas autárquicas "inverter a tendência de queda" e recuperar muitas câmaras, admitindo que será difícil numa eleição ultrapassar a diferença para os socialistas e vencer o PS.

João Cortesão
09 de Novembro de 2019 às 11:40
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No final de uma reunião de mais de quatro horas do Conselho Nacional, que decorreu esta sexta-feira em Bragança, Rui Rio foi questionado pela análise da situação política que fez perante os conselheiros, em que desdramatizou os resultados das legislativas e apostou nas autárquicas de 2021.

"Temos de apostar a sério nas autárquicas para inverter a tendência de queda e ter uma tendência de subida real, não é ganhar mais duas ou três câmaras", afirmou.

O líder do PSD salientou que os resultados do PSD têm vindo a cair, "um pouco em 2009 e depois o desastre em 2013 e 2017", em que o partido alcançou a vitória em 98 municípios (sozinho ou em coligação) contra 161 do PS. "Temos de começar a recuperar essa diferença", disse.

Questionado se o objetivo é ou não ter mais câmaras do que o PS, respondeu: "O objetivo é inverter a tendência e começar a subir, se puder ter mais que o PS tanto melhor, mas para termos caído como caímos demorámos 12 anos, não vou dizer que são precisos outros 12 anos para voltar a subir, mas é difícil fazer tudo isso só em quatro anos", admitiu.

"Se demorou três eleições a passar de 151 câmaras para 90 e tal, não queira numa só eleição passar de 90 e tal para 150. (...) Custa muito mais a cair e custa muto mais a subir", reiterou.

Rio recusou que tal signifique uma admissão de derrota, reiterando que o objetivo é "conquistar muito mais câmaras". "Desde sempre digo que as autárquicas são a verdadeira implantação do partido no terreno", afirmou, considerando que se o número de deputados pode variar facilmente, é pelo número de câmaras, juntas de freguesia e vereadores que se mede o poder do partido.

Já sobre as legislativas de 6 de outubro, em que o PSD obteve 27,7% dos votos e 79 deputados (menos dez do que na anterior legislatura), Rio diz que "aritmeticamente é uma derrota". "Se o PS tem mais votos e o PSD menos, obviamente o PS ganhou e o PSD perdeu", afirmou.

No entanto, apontou a circunstância de ter defrontado um primeiro-ministro em exercício, a situação económica internacional favorável e ter tido uma "guerra" interna permanente. "Há uma série de circunstâncias que fazem com que o resultado seja um resultado positivo, embora em valor objetivo seja uma derrota", considerou.

Rui Rio é recandidato ao cargo do presidente do PSD, em eleições diretas que vai disputar em 11 de janeiro, já tendo como adversários assumidos até agora o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz.
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