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Rio critica Governo por permitir “manifestações de esquerda”

O líder do PSD questiona o Executivo sobre a diferença de tratamento entre os protestos contra o racismo e outros ajuntamentos que estão proibidos ou com regras apertadas, como funerais, discotecas ou jogos de futebol.

Lusa
08 de Junho de 2020 às 11:12
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Na ressaca de um fim de semana que ficou marcado pelas manifestações contra o racismo em Lisboa, Porto, Braga, Coimbra ou Viseu, que juntaram milhares de pessoas, o presidente do PSD questiona "qual o critério para o Governo permitir ajuntamentos".

 

"Funerais, futebol, missas, discotecas, desporto em geral, não! Comícios e manifestações de esquerda, sim! Esperemos que o vírus entenda aquilo que mais ninguém consegue entender", escreveu Rio Rio na rede social Twitter.

 

 

As imagens destes ajuntamentos pacíficos de homenagem ao afro-americano George Floyd, morto pela polícia em Minneapolis (estado de Minnesota) geraram muitas críticas nas redes sociais. Sobretudo as captadas na zona da Alameda e na Avenida Almirante Reis, na capital, por não terem sido cumpridas as distâncias de segurança.

Na última semana, cerca de 91% dos novos casos de infetados pelo coronavírus foram identificados na Área Metropolitana da Lisboa. Aliás, os cinco municípios desta região com mais novos registos durante esse período (Sintra, Lisboa, Loures, Amadora e Odivelas) concentram cerca de metade (51%) do total dos casos em Portugal.

Ministra pede civismo, Marcelo confia

Questionada no domingo sobre estas ações de rua, realizadas também noutros países com o mote "Black Lives Mater", a ministra da Saúde respondeu que "não estamos em estado de emergência e, portanto, o direito à manifestação existe e cabe aos organizadores garantirem que as regras de saúde pública (...) são cumpridas".

 

Ainda assim, Marta Temido admitiu que a situação de pandemia exige "distinto" comportamento físico e "atitudes" consonantes. "Sempre que não tenhamos em atenção a boa necessidade de proteção é como se estivéssemos a não valorizar o intenso trabalho da saúde pública, dos profissionais de saúde, dos profissionais dos serviços essenciais e a vida de tantos que hoje passam dificuldades em resultado da pandemia", completou.

Marcelo Rebelo de Sousa disse confiar "muito" nas autoridades sanitárias a propósito das regras para as manifestações. "Espero que as autoridades sanitárias vão definindo regras para aquilo que, em cada momento, é o exercício do direito de reunião e direito de manifestação", resumiu o Presidente da República, citado pela Lusa à chegada aos Açores. 

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