Notícia
Relatório de contas regista agravamento da situação financeira do PCP
O PCP registou um agravamento da situação financeira nos últimos quatro anos, com um défice anual negativo de 1.082 mil euros, que só foi ultrapassado com recurso a receitas extraordinárias e às subvenções públicas.
De acordo com o relatório de contas de gestão, entregue aos delegados no XX Congresso e divulgado à comunicação social, entre o ano do anterior congresso, 2012, e 2015, o resultado financeiro apresenta um valor médio negativo de cerca de 1.082 mil euros.
Este valor representa "um agravamento que não permitiu ultrapassar a grave situação financeira identificada no XIX Congresso", em 2012, lê-se, no relatório.
Para cobrir a situação deficitária, o PCP recorreu a receitas extraordinárias e institucionais, através da gestão de património e subvenções estatais, atingindo "um resultado acumulado positivo de 1 milhão e 261 mil euros nos quatro anos em análise".
Com um crescimento das receitas de 5,6% e uma diminuição das despesas de 7,09%, o PCP mantém uma elevada despesa com pessoal, na ordem dos 29,49% do total.
As elevadas despesas com pessoal são justificadas pela existência de um "importante quadro de funcionários do partido", considerados "indispensáveis ao desenvolvimento da organização e da actividade partidária, bem como à afirmação dos princípios e objectivos do partido".
Ao nível da receita, o PCP aumentou o valor das quotas, que repressentam um peso médio anual de 9,4%, e as contribuições de filiados, que atingem um peso anual de 16,3%.
As contribuições dos eleitos "mantêm-se estáveis", em 10,2% mas as receitas obtidas em iniciativas de angariação de fundos baixaram 1,3%, representando ainda assim 22,7% do total da receita anual.
O relatório destaca ainda que a situação nas organizações regionais "mantém-se no geral deficitária" e dependente da "caixa central", impedindo a redução dos subsídios a mais organizações regionais.
O XX Congresso do PCP decorre em Almada até domingo.