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Reeleição de Trump parece cada vez mais improvável e tempo escasseia
A 25 dias das eleiçõs, não é certo de que forma Trump poderá recuperar do hiato face ao opositor.
O candidato democrata às presidenciais norte-americanas, Joe Biden, está cada vez mais destacado nas sondagens, tanto a nível nacional como nos estados mais disputados.
Trump segue atrás de Biden, com uma desvantagem de 9,7 pontos percentuais a nível nacional, e com menos 5 a 7 pontos naqueles estados em que a tendência de voto é menos clara, e que podem ser chave no desfecho das eleições.
Estes números foram apurados pela RealClearPolitics, uma entidade que calcula o número de votos com base numa média das percentagens avançadas individualmente por outras empresas.
A 25 dias das eleiçõs, não é certo de que forma Trump poderá recuperar deste hiato face ao opositor. As dúvidas acentuam-se depois de Donald Trump ter rejeitado a hipótese de fazer um debate online com Biden na próxima semana, retirando esta oportunidade de mudar a trajetória da corrida à presidência.
Apesar da desvantagem atual de Trump, os democratas ainda não cantam vitória, escaldados pela derrota de Hillary Clinton em 2016. Na altura, aquela que podia ter sido a primeira presidente dos Estados Unidos, posicionava-se 5,3 pontos percentuais à frente de Trump, exatamente 25 dias antes das eleições desse ano. Ainda assim, Biden parece mais confortável a partir do momento em que lhe é atribuído um rating mais favorável que o da sua antecessora. Paralelamente, a vantagem em alguns dos estados que há quatro anos se decidiram pelo partido republicano é um forte argumento a favor.
Caso a vitória de Biden de facto se verifique, Trump já anunciou, contudo, alguns obstáculos que poderá impor. Nomeadamente, o líder dos republicanos ameaçou que não abandonará a Casa Branca se não acreditar que os resultados são justos, mostrando-se crítico do voto por correspondência – um método de voto que será utilizado estas eleições e que, à partida, beneficiará sobretudo Biden. Neste contexto, os azuis têm ainda a esperança de que Biden consiga suficientes votos para não deixar margem para dúvidas.