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PSOE e Sumar chegam a acordo de Governo em Espanha

Em comunicado conjunto, as duas forças políticas de esquerda anunciaram um pacto que prevê a descida de 40 horas de trabalho semanais para 37,5.

Violeta Santos Moura / Reuters
24 de Outubro de 2023 às 08:56
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Os socialistas de Pedro Sánchez chegaram a acordo com o Movimento Sumar de Yolanda Díaz para governar Espanha. Este pacto aproxima o atual líder do Governo de uma nova investidura, mas falta ainda atrair os apoios das restantes forças políticas de esquerda necessárias para formar maioria.

Este é um passo em frente para Sánchez. Depois das reuniões desta segunda-feira em Moncloa, o Sumar e o PSOE anunciaram na manhã desta terça-feira um acordo de Governo que será detalhado numa conferência de imprensa depois do Conselho de Ministros agendado também para esta terça-feira (recorde-se de que Yolanda Díaz, além de líder do Sumar, é a atual vice-presidente de Espanha).

"O acordo de Governo, que servirá para uma legislatura de quatro anos, vai permitir ao nosso país continuar a crescer de maneira sustentável e com emprego de qualidade, com o desenvolvimento de políticas baseadas na justiça social e climática e ampliando direitos, conquistas feministas e liberdades", lê-se na nota divulgada.

Este é um pacto que tem como principais objetivos o "pleno emprego", a "redução da jornada de trabalho sem redução salarial", a "implementação de um plano de choque contra o desemprego juvenil" e o "reforço do sistema público de saúde".

Ao El Mundo, o porta-voz do Sumar, Ernerst Urtasun já garantiu que uma das medidas concretas que será anunciada prende-se com a redução de meia hora diária das oito horas de trabalho. A redução para 37,5 horas de trabalho semanais foi uma das condições impostas para o acordo.

Este é um passo nas negociações que já era esperado, mas que não foi simples para os socialistas. O Sumar já tinha vindo a público afirmar, depois de se encontrar com o Rei, que o acordo estaria "longe" de ser alcançado, apelando a que as negociações acelerassem. 

Com o apoio do Sumar, os socialistas contam com 153 votos favoráveis no Congresso, ficando ainda a faltar mais 23 apoios para os 176 votos que constituem a maioria absoluta obrigatória para ser investido. Sánchez tem até 27 de novembro para tentar desatar um nó que envolve catalães, bascos e galegos e as suas exigências para conseguir um acordo que já foi alcançado na eleição para a presidência da mesa do Congresso, onde venceu a socialista Francina Armengol. Sem acordo no Parlamento, o impasse político vai continuar e o país caminhará para uma nova ida às urnas. 
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