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PSD não antevê regresso aos excedentes até 2026

No cenário macroeconómico que acompanha o programa eleitoral às legislativas deste ano, o PSD não antecipa que seja possível regressar ao excedente nos próximos quatro anos. Dívida pública desce abaixo dos 110% do PIB até 2026.

O PSD apresentará o programa eleitoral às legislativas de 2022 nesta sexta-feira.
Estela Silva/Lusa
07 de Janeiro de 2022 às 16:37
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Com o programa eleitoral que apresenta às eleições de 30 de janeiro, o PSD estima que as contas públicas se mantenham no negativo até ao final da legislatura, mas descendo todos os anos até o défice atingir 0,5% do PIB em 2026.

Segundo o cenário macroeconómico que acompanha o programa eleitoral, que está a ser apresentado nesta sexta-feira, 7 de janeiro, o PSD espera um défice orçamental em cada um dos próximos anos: de 4,2% em 2021, para 2,4% em 2022, para 1,9% em 2023, para 1,5% em 2024, para 1% em 2025 e para 0,5% em 2026.

Na apresentação do programa eleitoral, que decorre em Lisboa, Rui Rio passou ao ataque e afirmou que a redução do défice em 3,5 pontos percentuais entre 2015 e 2019 não resutou da política do Governo socialista.

"Tiveram sorte, não lhes saiu o totoloto, mas saiu o Banco Central Europeu (BCE)", afirmou Rui Rio. Pelas contas do líder social-democrata, entre a política do BCE, os dividendos do Banco de Portugal, a redução de investimento público e o aumento da carga fiscal "o mérito do PS na redução do défice é [praticamente] nenhum. É apenas 0,6 pontos desde 2015", afirmou.

Em relação à dívida pública, o PSD pretende reduzi-la todos os anos, até que atinja 108,9% do PIB no final da legislatura.

O PSD antecipa ainda que a economia cresça a uma média de cerca de 4% ao longo da próxima legislatura. Os sociais-democratas antecipam que o PIB acelere este ano (a crescer 5,1% depois de ter avançado 4,7% no ano passado), abrandando depois nos anos seguintes (2,9% em 2023, 2,6% em 2024) e acelerando nos últimos dois anos da legislatura (para 2,7% em 2025 e 3% em 2026).

"No século XXI tivemos sempre crescimentos económicos lentos e fracos. Fomos ultrapassados por 11 países do mundo em termos de PIB per capita", afirmou o presidente do PSD. "Os portugueses anseiam economia que possa gerar melhores empregos e melhores salários", acrescentou.

Nesse sentido, defendeu o candidato a primeiro-ministro, a "política económica tem de olhar primeiro para a oferta e depois para a procura". "Temos em primeiro lugar de apostar e fortalecer a produção e só depois devemos ter o consumo. O consumo é aquilo que queremos atingir, não pode ser o motor do crescimento", frisou.
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