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PS reage aos números de 2014: "É um crescimento insuficiente e medíocre"

Ferro Rodrigues diz que o PS vê com "preocupação" a "reacção dos partidos da coligação" aos números sobre o crescimento em Portugal em 2014. Sobre as declarações de Passos Coelho sobre a carta a pedir menos austeridade, o socialista diz que "quem está equivocado é o senhor primeiro-ministro nas políticas que conduz".

13 de Fevereiro de 2015 às 13:11
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O Partido Socialista considera que o crescimento económico registado em Portugal durante o ano de 2014 não chega. Neste momento, defende que é preciso debater urgentemente a falta de investimento e a estagnação económica.

 

"É um crescimento insuficiente e medíocre. Os resultados são medíocres e são comemorados como se de uma vitória se tratasse", disse o líder parlamentar do PS esta sexta-feira, 13 de Fevereiro, na Assembleia da República.

 

"Estes números são maus. Nós não entendemos a euforia do líder parlamentar do PSD", afirmou Ferro Rodrigues, ao analisar o crescimento homólogo trimestral ao longo de 2014.

 

Os socialistas reagiam assim aos dados oficiais hoje divulgados que apontam para um crescimento homólogo de 0,7% no último trimestre do ano passado. Os números preliminares do INE apontam para um crescimento de 0,9% da economia portuguesa ao longo do ano passado.

 

Olhando especificamente para o último trimestre de 2014, considera que "este número é o pior em termos de variação homóloga trimestre a trimestre. Corresponde a uma desacelaração do crescimento económico. Não se percebe porque há esta celebração por parte da maioria", declarou.

 

Devido à "anemia do investimento" e à "estagnação económica", o PS convocou um debate de urgência no Parlamento para a próxima semana.

 

O socialista disse que o PS vê com "preocupação" a "reacção dos partidos da coligação" aos dados do INE. "Os resultados são medíocres e são comemorados como se de uma vitória se tratasse", apontou.

 

PS diz que Passos Coelho está equivocado

 

O líder parlamentar socialista reagiu também às declarações do primeiro-ministro sobre a carta aberta a apelar o fim das medidas de austeridade subscrita por 30 figuras públicas.

 

"Quem está equivocado é o senhor primeiro-ministro nas políticas que conduz", disse Ferro Rodrigues, pois a carta critica as políticas seguidas pelo Governo que provocaram um "desemprego brutal, um aumento da pobreza, uma emigração como não se via desde os anos 60".

 

O socialista considera que Passos Coelho "no essencial, mantém a sua posição" e numa "linguagem bastante menos construtiva do que a própria Angela Merkel".

 

A reacção socialista surge depois de Passos Coelho ter dito ontem que a carta "parte de um equívoco", pois Portugal "é, de longe", dos estados-membros que maior esforço fez para apoiar a Grécia.

 

PS rejeita conferência de dívida lançada pelo PCP

 

Ferro Rodrigues foi também questionado sobre qual a posição do PS em relação à conferência internacional sobre a dívida já pelo Governo grego e que em Portugal foi defendida pelo PCP.

 

"Uma conferência inter-governamental compete aos governos, implica governos de vários países", começou por apontar.

 

"E o PCP tem uma participação minoritária" no parlamento de um dos estados-membros da União Europeia, sublinhou. "Não me parece que é um partido que vá desencadear uma conferência à escala europeia".

 

Contudo, sublinhou que o PS apoiaria um "debate sério sobre a dívida", caso fosse "lançado à escala europeia e não por um partido parlamentar".

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