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Passos diz que carta aberta "parte de um equívoco"
O primeiro-ministro disse hoje, após o conselho europeu, que a carta aberta que lhe foi dirigida por 32 figuras públicas "parte de um equívoco", pois Portugal "é, de longe", dos Estados-membros que maior esforço fez para apoiar a Grécia.
"Não recebi, mas tive oportunidade de a ler", declarou Passos Coelho aos jornalistas, no fim do conselho europeu, a propósito da carta que lhe foi dirigida por 32 figuras públicas.
Sobre a mesma, o primeiro-ministro sublinhou que "ela parte de um equívoco, que é assumir que Portugal tem um preconceito, antipatia pelo governo grego. Mas não é isso que está em causa". "Temos sido o país mais solidário, em termos relativos, no esforço que fazemos, somos o país da Europa que mais esforço tem feito para ajudar a Grécia. E fizeram-no vários governos, não é uma questão de simpatia político-partidária", acrescentou.
No entanto, "desde o início, sempre dissemos que Grécia era um caso único e que teria também soluções únicas como outros países não tiveram", ressalvou Passos Coelho, dizendo que isso acaba por sair dos bolsos dos cidadãos portugueses e irlandeses.
"Aqueles que também fizeram um esforço muito grande sabem que não tiveram condições tão facilitadas, digamos assim, como a Grécia teve, e isso hoje também sai do bolso desses cidadãos, quer dos cidadãos portugueses, quer dos cidadãos irlandeses". Mas acrescentou que "fazemo-lo com gosto, porque estamos a ser solidários com um país da Zona Euro e da UE".