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PS volta a distanciar-se do PSD

Partido de Luís Montenegro estava a aproximar-se dos socialistas desde julho, mas em dezembro a tendência inverte-se. Iniciativa Liberal e Bloco de Esquerda saem reforçados no barómetro deste mês da Intercampus

A distância entre o PS e o PSD voltou em encurtar no barómetro de outubro.
José Sena Goulão/Lusa
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O PS de António Costa voltou a alargar a vantagem para o PSD de Luís Montenegro, depois de no mês passado os sociais-democratas terem ganho terreno e fixado a diferença entre os dois maiores partidos em apenas dois pontos percentuais. A Iniciativa Liberal e o Bloco de Esquerda também saem reforçados na sondagem deste mês.

Os dados do barómetro da Intercampus para o Negócios, CM e CMTV mostram que no espaço de um mês os socialistas voltaram a subir para os 27% nas intenções de voto dos portugueses, reforçando face aos 24% do mês passado. Quanto ao PSD, que em novembro tinha crescido de forma mais significativa, volta a distanciar-se do partido no Governo, não indo além dos 22,1%. No mês passado, os sociais democratas estavam nos 22%.

O barómetro mostra que, desde julho, a distância entre os dois maiores partidos vinha tendencialmente a encurtar num movimento que teve o seu pico em novembro, quando a margem entre ambos foi de apenas dois pontos percentuais. Dezembro é o primeiro mês em que a distância entre PS e PSD aumenta, de 2 pontos para 5 pontos percentuais.

A sondagem da Intercampus foi realizada entre os dias 12 e 14 de dezembro, já depois de António Costa ter levado a cabo uma remodelação no atual elenco governativo. 


Olhando para os restantes partidos, o Chega, enquanto terceira força política, vê as intenções de voto degradarem-se, ainda que se mantenha à frente da Iniciativa Liberal e do Bloco de Esquerda. O partido de André Ventura caiu dos 11,4% em novembro para 9,6% este mês, de acordo com a sondagem.



A Iniciativa Liberal, que enfrentou um processo de mudança de liderança com a saída de Cotrim Figueiredo, mantém-se em quarto lugar e até vê a sua votação sair reforçada este mês, crescendo de 6,7% para 7,5% no espaço de um mês.

Quanto ao BE, reforça as intenções de voto ao crescer para 7,5% (6,1% em novembro), igualando a posição dos liberais. 

Já a CDU, a coligação que junta PCP e Verdes, viu os seus resultados degradarem-se em dezembro, caindo nas intenções de voto para 3,8%. Isto numa altura em que Paulo Raimundo cumpriu um mês como secretário-geral comunista e depois de em novembro ter registado um crescimento nas intenções de voto para os 5,4%.

O PAN de Inês Sousa Real cresce em dezembro para os 3,1%, tal como o CDS, que reforça para 1,9%, enquanto o Livre de Rui Tavares desliza para 1,7%.

A avaliação dos líderes e dos governantes

Na avaliação aos líderes, António Costa sobe ligeiramente, com uma avaliação de 2,9 (entre 0 e 5 valores), obtendo a mesma nota que João Cotrim Figueiredo, até aqui líder da Iniciativa Liberal, e de Luís Montenegro. 

Rui Tavares, do Livre, e a bloquista Catarina Martins têm as segundas melhores avaliações, com 2,7 valores, enquanto Inês Sousa Real, do PAN, e Nuno Melo, do CDS, recolhem 2,6 valores.

André Ventura não vai além dos 2,2 valores, enquanto o comunista Paulo Raimundo sobe para 2,4 valores e se posiciona ligeiramente acima da última nota de Jerónimo de Sousa (2,2 valores).

Já no que toca aos governantes, o ministro com saldo mais positivo volta a ser Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, que no mês de novembro tinha ficado na segunda posição. Pedro Nuno Santos e Fernando Medina continuam a ser os ministros com o saldo mais negativo, apesar de se ter dado uma inversão de posições: o ministro das Finanças toma este mês a dianteira de pior ministro, segundo o barómetro.

FICHA TÉCNICA

Objetivo: Sondagem realizada pela Intercampus para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: A amostra é constituída por 633 entrevistas, com distribuição proporcional por género, idade e região. Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2020) da Direção Geral da Administração Interna (DGAI). Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade. Os trabalhos de campo decorreram de 12 a 14 de dezembro de 2022. Margem de erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de 3,9%. Taxa de resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 62,3%.

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