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PS diz que mensagem de Marcelo espelha "reconhecimento pelo trabalho feito"

O PS considerou hoje que a mensagem de Ano Novo do Presidente da República espelha "reconhecimento pelo trabalho feito" e "confiança" na actual solução governativa, lendo a palavra "reinvenção" como "um incentivo a novas políticas" ligadas à Proteção Civil.

Miguel Baltazar/Negócios
02 de Janeiro de 2018 às 13:09
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"É uma mensagem de reconhecimento do trabalho positivo feito pelo Governo e também é uma mensagem que renova a confiança nesta solução governativa", começou por afirmar o vice-presidente da bancada parlamentar socialista João Paulo Correia (na foto à esquerda) para, de seguida, enumerar políticas feitas pelo actual Governo.

 

O socialista lembrou que na mensagem do Presidente da República de há um ano, este falava em estabilidade política, rigor financeiro e cumprimento dos compromissos externos, crescimento económico e justiça social, quatro desígnios lançados por Marcelo Rebelo de Sousa de 2016 para 2017 que aos olhos do PS foram "totalmente alcançados".

 

"A pobreza diminuiu em 2017 e as diferenças entre os mais ricos e mais pobres também diminuíram muito graças a medidas implementadas como o aumento do salário mínimo (...). Também foi um ano de mais emprego (...). Mário Centeno foi eleito para o Eurogrupo e isso também mostra reconhecimento (...). O país viveu eleições autárquicas que correram com normalidade, num quadro positivo de baixa de abstenção", descreveu, entre outros aspectos, o deputado do PS.

 

Na tradicional mensagem de Ano Novo, transmitida segunda-feira, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que 2018 terá de ser o "ano da reinvenção" da confiança, advertindo que os portugueses precisam de ter a certeza de que, "nos momentos críticos, as missões essenciais do Estado não falham".

 

"Reinvenção da confiança dos portugueses na sua segurança, que é mais do que estabilidade governativa, finanças sãs, crescente emprego, rendimentos. É ter a certeza de que, nos momentos críticos, as missões essenciais do Estado não falham nem se isentam de responsabilidades", exigiu Marcelo Rebelo de Sousa.

 

Sobre esta matéria, João Paulo Correia disse: "Também estamos empenhados naquilo que o senhor Presidente da República definiu como a 'reinvenção' que são as novas políticas para o interior, as novas políticas de reordenamento de território e das florestas e novo sistema nacional de Proteção Civil".

 

Já num período reservado a perguntas, confrontado com a palavra "reinvenção" frisada na mensagem do chefe de Estado português, João Paulo Correia referiu que "esta nova forma de estar na política, a de encontrar soluções mais abrangentes, mais eficazes e com maior preocupação social restarão também a cargo do Governo".

 

"Essa reinvenção será também bem conseguida em outros domínios", salientou.

 

Marcelo Rebelo de Sousa também falou das tragédias dos incêndios que assolaram o país, tendo o deputado do PS, a este propósito, aproveitado para "deixar uma mensagem de solidariedade às vítimas e familiares das vítimas" e para prometer "empenho" no apoio aos territórios, à reconstrução e economias devastadas.

 

Questionado se o país vai estar preparado para a nova época de incêndios, o vice da bancada socialista afirmou que "o país tem de estar pronto para responder melhor" e falou de "resposta mais eficaz".

 

Já sobre as críticas de alguns partidos da oposição, que ao comentarem a mensagem do Presidente da República, consideraram que o Estado falhou, João Paulo Correia disse que "está na altura do país encontrar as melhores respostas", lembrando que por proposta do PSD foi criada uma comissão técnica independente.

 

"Não percebemos a incoerência do PSD que veio depois criticar as conclusões dessa comissão técnica. Mas a garantia que o senhor primeiro-ministro deu foi a de que iria analisar cumprir e implementar aquilo que essa comissão definiu", disse.

 

Quanto a outras formas de 'reinvenção' para além da área de Proteção Civil e ordenamento florestal, o deputado do PS reiterou as políticas para o interior, deixando críticas aos responsáveis pelo anterior Governo: "Durante quatro anos assistimos a um desinvestimento do PSD/CDS no interior do país. O encerramento de repartições e juntas de freguesia foram um sinal de que o país não estava interessado no interior. Essa tendência foi invertida com o actual Governo".

 

 

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