O Partido Socialista diz estar disponível para viabilizar o Orçamento do Estado do Governo para 2025, mas apenas mediante cedências.

"Estamos disponíveis para viabilizar um Orçamento do Estado do PSD. Obviamente que isso implica cedências por parte do Governo. Nós vamos dizer onde queremos que essas cedências sejam feitas", disse esta manhã o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, não querendo referir as propostas antes do encontro com Luís Montenegro na sexta-feira.

Numa visita a uma zona de área ardida em Oliveira de Azeméis, Pedro Nuno Santos afirmou que "não é por causa do PS que nao haverá orçamento". "Só não haverá orçamento se o Governo não quiser e só haverá eleições antecipadas se o Governo ou o Presidente da República quiserem", disse.

O líder do PS diz que esta disponibilidade se mantém, apesar do comunicado do gabinete do primeiro-ministro, enviado domingo, que indicava que Luís Montenegro estava a tentar marcar reuniões com o líder da oposição, mas que Pedro Nuno Santos as vinha a adiar - algo que o secretário-geral socialista negou. Um encontro entre os dois ficou marcado para a próxima sexta-feira.

"O comunicado do senhor primeiro-ministro aquilo que revela é falta de vontade de negociar e de criar um bom ambiente negocial. Isso para mim é evidente", reagiu Pedro Nuno Santos esta segunda-feira.

"A consequência daquele comunicado, que não teve nenhum efeito produtivo, foi criar um facto político que desvia a atenção mediática, o debate dos problemas reais que os portugueses enfrentam", afirmou, dizendo não querer "alimentar polémica nem contribuir para a provocação infantil que o governo acabou por fazer ontem".

Notícia atualizada