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PS considera que mandato de Carlos Costa já está muito comprometido

O PS atribuiu hoje ao Banco de Portugal uma extensa série de falhas, desde a supervisão do Banco Espírito Santo (BES), até ao Novo Banco, concluindo que o mandato do governador Carlos Costa "já está muito comprometido".

Lusa
07 de Março de 2019 às 15:25
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Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo líder da bancada socialista, Carlos César, na Assembleia da República, em Lisboa, depois de questionado sobre as condições que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, dispõe para exercer o seu mandato.

 

"Acho que o mandato do doutor Carlos Costa já está muito comprometido", respondeu Carlos César.

 

O Banco de Portugal, segundo o presidente da bancada socialista, "tinha a responsabilidade de supervisionar a banca em geral até ao momento que aconteceu o que aconteceu com o BES".

 

"Foi o Banco de Portugal que decidiu a resolução do BES, foi o Banco de Portugal que dividiu o banco bom e o banco mau, foi também quem organizou a primeira tentativa de venda e quem aconselhou a desistência dessa primeira venda", referiu o presidente do grupo parlamentar do PS.

 

Nessa lista de críticas, Carlos César incluiu ainda o facto de ter sido "o Banco de Portugal quem organizou a segunda tentativa de venda".

 

Além disso, acrescentou, "é o Banco de Portugal quem tem certamente supervisionado a atividade do Novo Banco desde que ele foi formado".

 

"Portanto, há uma divisão de poderes - divisão que em Portugal é particularmente sensível no que toca ao sistema financeiro -, e é nessa referência que temos de trabalhar. Agora, o Governo não deixa de assumir todas as suas responsabilidades", declarou, negando, desta forma, que o executivo de António Costa esteja a tentar transferir responsabilidades para terceiros.

 

O presidente do grupo parlamentar socialista também se queixou da herança que este executivo recebeu do anterior (PSD/CDS-PP) no que respeita ao sistema financeiro.

 

"Infelizmente, este Governo teve todas as piores notícias que podia haver em quase todo o sistema bancário. Felizmente, agora, estamos numa situação diferente em que, salvo alguns detalhes, se está a inverter", acrescentou.

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