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Programa de "resgate financeiro" para municípios entra em vigor esta sexta-feira

Novo diploma prevê um "perdão" para os autarcas com processos por incumprimento de normas de gestão financeira. Municípios que recorram a este programa de reequilíbrio das contas deixam também de estar obrigados a cobrarem taxas máximas de IMI.

Lisboa está entre as autarquias que optaram por penalizar os imóveis devolutos ou em ruínas espalhados pela cidade.
Pedro Catarino
18 de Novembro de 2021 às 10:18
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As novas regras do Programa de Apoio à Economia Local, com vista à regularização do pagamento de dívidas das câmaras a fornecedores, vão entrar em vigor esta sexta-feira, dia 19. O novo diploma prevê um "perdão" para os autarcas com processos por incumprimento de normas de gestão financeira. 

O diploma da Assembleia da República foi publicado esta quinta-feira em Diário da República, depois de ter sido vetado pelo Presidente da República em agosto. Na altura, Marcelo Rebelo de Sousa justificou a decisão atendendo à proximidade das eleições autárquicas, que se realizaram a 26 de setembro e cujas candidaturas já decorriam.

Após o chumbo do Presidente da República, a proposta foi novamente votada e aprovada pela Assembleia da República, com os votos favoráveis do PS, PCP e PEV. Face a essa confirmação do Parlamento, as alterações ao regime daquele programa de resgate financeiro para municípios seguiram para publicação em Diário da República. 

Ao abrigo desse diploma, o Programa de Apoio à Economia Local passa a cessar "no momento da liquidação completa do empréstimo concedido pelo Estado" aos municípios, sendo que essa cessação "obsta à aplicação de sanções", "extinguindo quaisquer procedimentos sancionatórios pendentes àquela data".

Além disso, os municípios que recorram a este programa de reequilíbrio das contas deixam de ser obrigados a cobrarem taxas máximas de IMI (Imposto Municipal Sobre Imóveis), "se aprovarem medidas alternativas com idêntico impacto que se concretizem em receita efetiva".

A medida foi criticada pelos partidos à direita, que consideram que esta flexibilização das regras do Programa de Apoio à Economia Local procuram "salvar" autarcas que não cumprem as normas de gestão financeira previstas no Programa de Apoio à Economia Local. Em causa estão processos que visam autarcas do PS e um da CDU (coligação do PCP e PEV).
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