Notícia
Privatização dos Correios pode ficar pelo caminho
Governo admite deixar cair os planos de privatização da empresa no âmbito das negociações com o PS para um acordo de “salvação nacional”.
A privatização dos Correios pode ficar pelo caminho. O “Correio da Manhã” avança na sua edição desta quinta-feira que esta é uma das exigências colocadas em cima da mesma pelo PS, no âmbito das negociações tripartidas, e que o Governo estará disponível para a aceitar, se disso depender um acordo global.
A cedência do PSD e do CDS surge numa altura em que já se deu início formal ao processo de privatização, tendo a empresa e o Estado escolhido os seus assessores (PLM e Abreu&Associados, no caso dos CTT, e JP Morgan e Caixa BI para a Parpública). O secretário de Estado dos Transportes já referiu, inclusivamente, que tinha recebido “manifestações de interesse” na privatização, de "agentes normais de mercado, quer nacionais, quer internacionais, investidores do sector e investidores financeiros".
Os Correios estão a dar por findo um processo de reorganização da empresa que passou pelo fecho de 124 estações e a contratualização do serviço a juntas de freguesia, papelarias e outros estabelecimentos comerciais privados.
Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, afirmou ontem que prevê ter o caderno de encargos da privatização dos CTT pronto para aprovação, "no final do terceiro trimestre ou início do quarto". "Os trabalhos estão a correr a bom ritmo, a ANACOM já começou a tomar decisões nível regulatório, ou a emitir sentidos prováveis de decisão e isso está enquadrado na necessária liberalização de mercado que acontecerá", disse.