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Primeiro-ministro defende é preciso deixar fatalismos para trás das costas

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje, em Alijó, que Portugal precisa de deixar para trás das costas os fatalismos e alguma acomodação, de se abrir para novos horizontes e acolher quem tenha novas ideias.

Paulo Duarte
23 de Maio de 2015 às 16:33
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Passos Coelho está a dedicar o dia de hoje ao Douro, onde diz que se sente "um fervilhar" nestes últimos anos.

 

Exemplo desse fervilhar é o investimento de que o território tem sido alvo, como a nova adega e centro de visitas da Quinta do Bonfim, no Pinhão, onde a família Symington investiu 2,9 milhões de euros e que foram hoje inaugurados pelo primeiro-ministro.

 

O chefe do Governo elogiou o trabalho feito por esta família no Douro, ao longo de cinco gerações, que a transformaram numa das principais produtoras de vinho do Porto de categorias especiais e agradeceu a sua capacidade de "ter conseguido transformar em bons resultados aquilo que foram fazendo".

 

"Precisamos muito de multiplicar esses exemplos em Portugal, porque temos menos capital financeiro que desejamos e precisamos, quer para absorver desemprego quer para criar riqueza no futuro e falta-nos ainda ter as qualificações necessárias ao nível da gestão para poder aproveitar esse capital e transformá-lo cada dia em novos objectivos que tragam bem-estar e prosperidade ao nosso país", salientou.

 

O primeiro-ministro disse, ainda, que é preciso ter um país "cada vez mais aberto à Europa e ao mundo" e atrair dinamismo aos territórios.

 

"Se quisermos continuar a aperfeiçoar esta maneira de estar em Portugal, temos de deixar para trás das costas os fatalismos e alguma acomodação e de abrir sempre para futuro novos horizontes, acolhendo quem tenha novas ideias e mostre ter mérito para transformar aquilo que temos no que de melhor se pode fazer em todo o mundo", frisou.

 

No seu discurso, Passos Coelho elencou três objectivos essenciais, com o primeiro a ser vencer a emergência nacional, o segundo é dar sentido à normalidade, enquanto o terceiro é o de "captar aqueles que tem melhores condições e mais capacidade de gestão para conduzirem a um país com maior prosperidade".

 

A Symington Family Estates é o principal produtor de vinho do Porto, com uma quota de mercado de 33% das categorias especiais, com um conjunto de marcas de referência como a Graham’s, Dow’s, Cockburn’s e Warre’s.

 

O porta-voz da família, Paul Symington, referiu que o grupo emprega 531 pessoas, das quais 217 são do Douro, território onde gastam cerca de quatro milhões de euros por ano.

 

Espalhados pelas suas propriedades possuem 1.000 hectares de vinha, mas compram ainda uvas a 1.800 lavradores, os quais considerou serem o factor de sustentabilidade da Região Demarcada do Douro.

Paul Symington aproveitou para pedir ao Governo mudanças no quadro regulamentar da região, que considerou estar desadequado e desajustado às necessidades deste território, que se tem vindo a afirmar nos mercados internacionais pela qualidade dos seus produtos.

 

O centro de enoturismo hoje inaugurado vai criar nove postos de trabalho directos, todos eles preenchidos por pessoas da região e representa o primeiro investimento em Enoturismo que os Symington fazem no Douro.

 

Os visitantes vão começar a visita à Quinta do Bonfim na receção/museu, onde escolhem o tipo de percurso que querem fazer e podem ver fotografias de arquivo, documentos e objetos antigos que relatam a história da propriedade, do Douro e da família.

 

Poderão ainda ver a adega, que estará em laboração no período de vindimas, o armazém velho, a sala de provas e fazer passeios na vinha, onde estão demarcados três trilhos.

 

Durante a manhã Passos Coelho esteve em Sabrosa onde, conjuntamente com a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, inaugurou o quartel dos bombeiros, que foi alvo de obras de remodelação e ampliação que custaram cerca de um milhão de euros.

 

À tarde, o primeiro-ministro inaugura um quartel de bombeiros em Alijó.

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