Notícia
Primeiro-ministro da Finlândia demitiu-se
O primeiro-ministro da Finlândia, Antti Rinne, demitiu-se esta terça-feira, 3 de dezembro, depois de um dos partidos que integram a coligação de governo, o Partido do Centro, lhe ter retirado a confiança.
03 de Dezembro de 2019 às 12:24
À frente desde junho de uma coligação de centro-esquerda constituída por cinco partidos, Rinne, do Partido Social-Democrata (SDP), apresentou ao final da manhã de hoje a demissão ao Presidente finlandês, Sauli Niinistö.
O anúncio implica a renúncia formal do executivo, integrado pelo SDP, o Partido do Centro, os Verdes, a Aliança de Esquerda e o Partido Popular Sueco da Finlândia.
O SDP deve agora designar um candidato para lhe suceder e formar um novo governo, sujeito a votação no parlamento na próxima semana (Eduskunta).
Sanna Marin, vice-presidente do partido e ministra dos Transportes, anunciou estar disponível.
Ouvida pela agência France-Presse, a politóloga Sini Korpinen, considerou que não é do interesse de nenhum dos partidos no governo desfazer a coligação, particularmente o Partido do Centro, "que não quer novas eleições legislativas porque corre o risco de ter um resultado pior".
A crise partiu de um projeto dos Correios da Finlândia (Posti), empresa de capitais públicos, de passar cerca de 700 trabalhadores para um novo acordo coletivo, menos favorável, em nome da competitividade.
A questão suscitou logo em setembro fortes críticas à ministra com a tutela das participações do Estado, Sirpa Paatero, membro do partido de Antti Rinne.
A crise agravou-se em novembro quando os sindicatos convocaram uma greve de duas semanas.
O movimento em causa é muito representativo e tem o apoio de trabalhadores de outros setores económicos, que suspenderam o trabalho "por simpatia", como permite a legislação finlandesa.
Os sindicatos exigem saber se o Estado, acionista maioritário, aprovou o projeto.
A ministra fez várias declarações ambíguas e, a 28 de novembro, o primeiro-ministro foi chamado a explicar-se, tendo negado que o governo tivesse aprovado o projeto da direção dos Correios, o que foi contudo desmentido no dia seguinte pelo presidente do conselho de administração da empresa.
Antti Rinne reagiu anunciando a demissão da ministra, mas partidos da coligação consideraram a decisão tardia e exigiram votar uma moção de confiança no parlamento.
Com a demissão, a moção fica sem efeito.
O anúncio implica a renúncia formal do executivo, integrado pelo SDP, o Partido do Centro, os Verdes, a Aliança de Esquerda e o Partido Popular Sueco da Finlândia.
Sanna Marin, vice-presidente do partido e ministra dos Transportes, anunciou estar disponível.
Ouvida pela agência France-Presse, a politóloga Sini Korpinen, considerou que não é do interesse de nenhum dos partidos no governo desfazer a coligação, particularmente o Partido do Centro, "que não quer novas eleições legislativas porque corre o risco de ter um resultado pior".
A crise partiu de um projeto dos Correios da Finlândia (Posti), empresa de capitais públicos, de passar cerca de 700 trabalhadores para um novo acordo coletivo, menos favorável, em nome da competitividade.
A questão suscitou logo em setembro fortes críticas à ministra com a tutela das participações do Estado, Sirpa Paatero, membro do partido de Antti Rinne.
A crise agravou-se em novembro quando os sindicatos convocaram uma greve de duas semanas.
O movimento em causa é muito representativo e tem o apoio de trabalhadores de outros setores económicos, que suspenderam o trabalho "por simpatia", como permite a legislação finlandesa.
Os sindicatos exigem saber se o Estado, acionista maioritário, aprovou o projeto.
A ministra fez várias declarações ambíguas e, a 28 de novembro, o primeiro-ministro foi chamado a explicar-se, tendo negado que o governo tivesse aprovado o projeto da direção dos Correios, o que foi contudo desmentido no dia seguinte pelo presidente do conselho de administração da empresa.
Antti Rinne reagiu anunciando a demissão da ministra, mas partidos da coligação consideraram a decisão tardia e exigiram votar uma moção de confiança no parlamento.
Com a demissão, a moção fica sem efeito.