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Primeira-ministra dinamarquesa avança com remodelação do Governo

Helle Thorning-Schmidt, primeira-ministra da Dinamarca, vai substituir os ministros que abandonaram o Governo na semana passada, em protesto contra a entrada do Goldman Sachs na eléctrica estatal.

Helle Thorning-Schmidt, primeira-ministra da Dinamarca
Negócios 03 de Fevereiro de 2014 às 12:40
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A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt (na foto), está a levar a cabo uma reformulação do Executivo depois de um dos três partidos da coligação ter abandonado o Governo, em protesto contra a entrada do Goldman Sachs na empresa pública de energia.

 

Thorning Schmidt vai substituir os seis ministros do Partido Socialista Popular, que deixaram o Governo na semana passada. De acordo com um comunicado do Executivo dinamarquês, citado pela Bloomberg, Martin Lidegaard será nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros e Morten Oestergaard ministro das Finanças. Rasmus Helveg Petersen será o novo ministro do Clima e da Energia, Magnus Heunicke ministro dos Transportes e Nick Haekkerup ministro da Saúde.

 

A venda de 19% da Dong Energy a um fundo de investimento detido pelo Goldman Sachs por 8 mil milhões de coroas (cerca de mil milhões de euros) gerou uma vaga de protesto na sociedade civil e levou ao abandono do partido ecologista da coligação de Governo de centro-esquerda, liderada por Helle Thorning-Schmidt, que agora passa a governar em minoria.

 

Ficou igualmente acordado que dois fundos de pensões dinamarqueses (ATP e PFA) comprarão 7% da energética por três mil milhões de coroas. O Estado dinamarquês, que detinha 76% do conglomerado que explora gás, petróleo e fontes renováveis, passa a ser dono de apenas 50% da Dong Energy.

 

O Goldman Sachs recebeu, no entanto, poderes de veto controversos que não foram concedidos aos demais accionistas. Segundo relata o correspondente do "Financial Times", a Dong só poderá tomar decisões de fundo, de gestão ou operacionais (mudar o presidente executivo ou o director financeiro, fazer uma grande aquisição ou emissão de novas acções), com o assentimento expresso do Goldman.

 

Helle Thorning-Schmidt, líder do Partido Social-Democrata, filiado ao Partido Socialista Europeu, já garantiu, entretanto, que vai continuar a chefiar o Executivo dinamarquês, agora com um Governo minoritário que passa a contar com o apoio de apenas dois partidos detentores de 61 dos 179 assentos parlamentares.

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