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Presidente da Guiné-Bissau diz que não vai demitir Governo de Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da Guiné-Bissau disse que não vai demitir o Governo de Umaro Sissoco Embaló até que o seu plano de acção seja apreciado no parlamento, para que se saiba se é aprovado ou não pelos deputados.

19 de Maio de 2017 às 00:04
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José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau, respondeu, de forma implícita, às exigências da comunidade internacional, que o tem instado a nomear um novo Governo com um primeiro-ministro que seja consensual a todas as forças políticas.

 

"Se o parlamento não der abertura para que o programa do Governo seja votado, então não derrubarei este Governo", afirmou José Mário Vaz, num comício popular em Bissau, no âmbito do encerramento das Presidências Abertas, na quinta-feira, 18 de Maio.

 

O parlamento guineense tem estado bloqueado há cerca de um ano, devido às divergências entre os dois principais partidos, PAIGC e PRS, quanto à fórmula para o agendamento dos debates dos diplomas e temas de governação do país.

 

José Mário Vaz explicou que escolheu Umaro Sissoco Embaló para primeiro-ministro, não por este ser muçulmano, mas sim por ser guineense e por acreditar que ele conta com o apoio da maioria dos deputados no parlamento.

 

"Abram o parlamento para que se saiba quem tem a maioria", exigiu José Mário Vaz, merecendo aplausos dos presentes no comício desta noite no bairro de Ajuda, em Bissau.

 

O líder guineense destacou que, com a sua presidência e com o Governo de Umaro Sissoco Embaló, a Guiné-Bissau "vai para frente", mas desde que o dinheiro do Estado seja colocado nos cofres do Estado.

 

A Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) deu um ultimato aos actores políticos guineenses para que cumpram com o Acordo de Conacri até o próximo dia 25 deste mês, caso contrário promete sancionar aqueles que impediram a implementação do documento.

 

O Acordo de Conacri é um instrumento patrocinado pela CEDEAO, com o qual a comunidade pretende acabar com o impasse político na Guiné-Bissau. No essencial visa a formação de um novo Governo, liderado por um primeiro-ministro de consenso.

 

No comício, José Mário Vaz, também afastou qualquer possibilidade de haver um golpe de Estado no país e acusou, sem se referir a nomes, aqueles que "querem trazer a desgraça" para a Guiné-Bissau.

 

Um antigo comandante militar, Manuel "Manecas" dos Santos disse recentemente a um jornal português que poderia estar iminente um golpe de Estado devido ao impasse político na Guiné-Bissau.

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