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PCP valoriza "avanços" no país mas diz serem "limitados e insuficientes"

O PCP valorizou este domingo "os passos e avanços" que o país deu com o Governo PS, mas afirmou serem "limitados e insuficientes", sendo necessário romper com "os constrangimentos externos" e "assumir uma política patriótica e de esquerda".

25 de Dezembro de 2016 às 22:16
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Reagindo à mensagem de Natal do primeiro-ministro, António Costa, Jaime Toga, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP afirmou no Porto que houve este ano "aspectos positivos", como os manuais escolares gratuitos para o 1.º ciclo do ensino básico e o alargamento do ensino pré-escolar, contudo, "evidencia limitações e insuficiências, que não permitem resposta aos problemas de fundo que existem no país".

 

"Não será possível resolver os problemas do país sem romper com os constrangimentos externos, sem romper sem os constrangimentos da União Europeia, do euro, sem romper com a submissão do capital monopolista", disse, acrescentando ser necessário "assumir uma política patriótica e de esquerda que dê respostas às necessidades do pais".

Segundo Jaime Toga, o PCP "interveio" e "contribuiu de forma ativa e empenhada" para "os aspectos positivos, decorrentes da nova fase da vida política nacional", mas estes são "insuficientes e limitados" e por isso "o país precisa que se vá mais longe".

 

O comunista defendeu "mais e melhores serviços públicos", em áreas como a saúde, educação e protecção social, bem como a "promoção e valorização da produção nacional, do trabalho e dos trabalhadores, por via do combate à precariedade, e do aumento geral dos salários".

Jaime Toga reafirmou o empenho "que o PCP tem em que o salário mínimo nacional possa ser de 600 euros no próximo ano".

 

"Entendemos que não só é necessário como é possível" concretizar uma política "patriótica e de esquerda que assuma a soberania nacional, o seu exercício, a defesa e o primado interesse do povo português e do país", frisou.

 

Jaime Toga disse ainda ser possível concretizar esta política "por via da luta dos trabalhadores e das populações, em defesa dos seus interesses e direitos, por via da convergência de democratas e patriotas que estão séria e convictamente empenhados na resolução dos problemas do país, mas também por via do reforço do PCP".

 

Face à mensagem do primeiro-ministro, que considerou que o maior défice nacional é o do conhecimento e defendeu o combate à pobreza e à precariedade em nome de uma "sociedade decente", o PCP pretendeu "reafirmar a sua determinação", deixando "uma mensagem de possibilidade e de confiança numa política alternativa que rompa com esses constrangimentos externos" e "dê resposta aos reais interesses e necessidades do país".

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