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PCP não assinará "de cruz" Orçamento para 2019

Jerónimo de Sousa reagiu à entrevista de António Costa, ao Diário de Notícias, onde o primeiro-ministro admitiu que sem Orçamento para 2019 a queda do Governo "é inevitável".

Miguel Baltazar/Negócios
12 de Maio de 2018 às 18:58
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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou, este sábado, que o partido não assinará "de cruz" o Orçamento do Estado para 2019 e sublinhou que não há nenhuma maioria parlamentar nem nenhum acordo que garanta a aprovação do documento, avança a Lusa.


"A proposta [de Orçamento do Estado] é da responsabilidade do Governo minoritário do PS. Não há nenhuma maioria parlamentar nem nenhum acordo que garanta em abstracto a sua aprovação", referiu.



Falando em Viana do Castelo, durante uma assembleia da organização distrital do PCP, Jerónimo de Sousa adiantou que o partido não assinará "de cruz" o Orçamento.



"O PCP não desperdiçará nenhuma oportunidade para fazer avançar direitos e salários, é isso que temos feito. Mas não peçam ao PCP para assinar de cruz seja o que for", avisou.



Disse que o PCP "honrará a palavra dada", mas não está disponível para dar "uma palavra no escuro".



"Não podem pedir ‘assinem lá de cruz' que depois a gente logo vê", sublinhou.



Jerónimo de Sousa reagia à entrevista do líder do PS, hoje publicada no Diário de Notícias, em que António Costa admite que sem Orçamento para 2019 a queda do Governo "é inevitável".



O secretário-geral do PCP criticou estas referências ao orçamento para 2019 numa altura em que ainda se está "a meses" de se conhecer a proposta, críticas que estendeu ao Presidente da República.



"Há poucos dias, ouvimos o Presidente da República pronunciar-se pela viabilização do Orçamento com um determinismo que surpreende. Segundo o seu raciocínio, o que importa é que ele seja aprovado, não interessa como, nem com que conteúdo nem que ele não exista", referiu o líder do PCP.

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