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PCP rejeita em absoluto que empresas obriguem trabalhadores a apresentar certificado de vacinação
O secretário-geral comunista classificou esta terça-feira como "inaceitável" que as empresas obriguem os trabalhadores a apresentar um certificado de vacinação contra a covid-19, sustentando que a pandemia está a ser aproveitada para alimentar situações de discriminação.
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24 de Agosto de 2021 às 15:48
Interpelado pelos jornalistas à margem de uma visita à Quinta da Atalaia (Seixal), onde estão a decorrer os preparativos para a 'rentrée' do partido, Jerónimo de Sousa considerou que "é inaceitável" que as entidades patronais obriguem os funcionários a apresentar um comprovativo de vacinação.
E colocou uma "questão importante": "Saber se por razões sanitárias criámos um 'apartheid' no nosso país, em que, por exemplo, o direito ao trabalho, o direito ao emprego, está questionado por essas entidades patronais, que consideram que um trabalhador ou uma trabalhadora que não tenha esse certificado está proibido de procurar emprego".
Para Jerónimo de Sousa, estes relatos demonstram que "esta questão da epidemia está a ser aproveitada por setores patronais" para promover "a discriminação" e "a desigualdade" no que diz respeito ao direito ao trabalho.
"Quero reafirmar com veemência o caráter inaceitável dessa medida, de que quem não tem esse certificado não pode procurar emprego, não pode resolver os problemas da sua vida", concluiu.
Em consonância com o que foi dito pelo membro do Comité Central comunista Alexandre Araújo na última semana, Jerónimo de Sousa disse que o partido ainda está aguardar por um parecer da Direção-Geral da Saúde (DGS) em relação ao plano de contingência feito para a Festa do Avante!.
Apesar de não poder fazer previsões sobre o alívio de algumas restrições implementadas na edição do ano passado, o secretário-geral disse que "todos os indicadores demonstram que há um alívio em relação às medidas" anteriormente decretadas pelo Governo e "a situação alterou-se para melhor".
Por isso, o dirigente do PCP tem a convicção de que "vai ser bom estar nesta festa", já que, advogou, estão garantidas as condições para que decorra no cumprimento das regras sanitárias e do "exercício da liberdade".