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Passos: Portugal está mais vulnerável a choques externos e "deve enterrar políticas de reversão"

O líder do PSD considera que Portugal não tem aproveitado da melhor forma os baixos custos de financiamento originados com a política monetária do BCE, bem como a cotação mais baixa do petróleo, duas realidades que podem estar a mudar.

Miguel Baltazar
02 de Janeiro de 2017 às 20:16
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A economia portuguesa está mais vulnerável a choques externos uma vez que o Governo deu mais atenção à agenda interna e não soube tirar partido de várias situações externas favoráveis, como os custos de financiamento historicamente baixos e o petróleo barato.

 

A opinião é de Pedro Passos Coelho, que na nova newsletter do PSD deixa várias críticas ao Governo de António Costa.

 

"Portugal precisa de aproveitar melhor algumas vantagens da envolvente macroeconómica europeia e global e de aumentar a sua resiliência às incertezas políticas externas. Em ambos os casos, o tempo começa a não estar tanto a nosso favor como já esteve", refere Passos Coelho, salientando que Portugal tem vindo "a desaproveitar as vantagens da política monetária europeia, que produziu custos de financiamento público e privado historicamente muito baixos". Por outro lado, "não soubemos tirar partido suficiente das oportunidades associadas a um regime de petróleo mais barato".

 

Na opinião do líder do PSD, "cada vez temos menos tempo para tirar partido" dos efeitos da política monetária do BCE e da baixa cotação do petróleo. "Em nenhuma destas duas situações se espera que os anos que temos pela frente sustentem o mesmo nível de oportunidade, que é como quem diz, o tempo não volta para trás", salienta.


Concluindo que Portugal está agora numa "fase de maior vulnerabilidade que nos fragiliza perante choques externos", Passos Coelho aponta o dedo ao Governo: "a nossa agenda nacional esteve mais voltada para o cumprimento dos equilíbrios internos da maioria de governo do que para a prevenção de riscos futuros. É caso para dizer, inclusivamente, que a atenção dada à agenda interna implicou uma diminuição da nossa resiliência externa".

 

Enterrar as políticas de reversão

 

Apesar de reconhecer que "2016 também trouxe boas notícias e notoriedade que ajudam o nosso ego nacional", o líder do PSD pede a António costa que deixe de "navegar à vista" e prepare uma "estratégia de médio e longo prazo que faça sentido, deixando de lado a encenação mediática e o eleitoralismo".

 

"Já desperdiçamos demasiado tempo. O que precisamos agora é de enterrar as políticas de reversão, esperando que as que foram realizadas não nos venham a sair demasiado caro", diz o líder do PSD, afirmando que "poderemos ter perdido tempo demais e estaremos a estreitar muito as nossas possibilidades de escolha no curto e no médio prazo, se não mesmo a correr o risco de baixar de divisão no campeonato do progresso e do desenvolvimento".

 

Passos conclui que "mesmo estando na oposição, o PSD continua a escolher o que é importante para Portugal", pelo que "não aceitamos ser cúmplices desta política governativa nem nos calamos perante as escolhas erradas que têm estado a ser feitas".

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