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Passos: Governo executou "plano B" e não tem coragem de o assumir

O presidente do PSD acusou hoje o Governo de pôr em marcha um "plano B" em 2016 para atingir a meta do défice, fazendo-o com "cortes", medidas excepcionais e adiando a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

23 de Novembro de 2016 às 13:36
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"O Governo prepara-se para atingir um valor para o nosso défice público executando um 'plano b' que muda inteiramente aquilo que foi a política apresentada no orçamento para 2016, e nunca teve a coragem, ainda hoje não tem a coragem, de assumir que pôs em prática um plano b para evitar ter um pior resultado orçamental que o atingido em 2015", vincou Pedro Passos Coelho.

 

Nesse "plano B", advogou, há 430 milhões de euros de "cativações permanentes, ou seja, cortes", mas mais: um conjunto de "medidas extraordinárias", o "maior corte em investimento público que há memória" e a passagem da recapitalização da CGD para o próximo ano por o executivo "finalmente reconhecer" dúvidas sobre se algum montante iria parar ao défice.

 

Pedro Passos Coelho falava na Assembleia da República, no encerramento de uma reunião da bancada do PSD, excepcionalmente aberta à comunicação social.

 

Na ocasião, o líder social-democrata pediu "ambição" ao Governo e ímpeto reformista que, diz, não se atinge com os partidos à esquerda.

 

"Se queremos ambição temos de olhar para as reformas que esses partidos [PCP e BE] não são capazes de fazer nem querem fazer", vincou, dando o exemplo reforma da Segurança Social.

 

Depois, Passos instou o chefe do Governo, António Costa, a acolher algumas das 45 propostas de alteração que o PSD apresentou ao Orçamento do Estado para 2017.

 

E interrogou: "O que é que vai fazer o Governo? Fazer como até aqui e dizer que tudo o que vem do lado do PSD não interessa e no dia seguinte dizer que é uma pena o PSD não estar disponível para consensos e entendimentos com o governo?".

 

O executivo, diz Passos Coelho, está mais preocupado com a "popularidade das sondagens" e com medidas "eleitoralistas", como o aumento das pensões pouco antes de eleições autárquicas, do que em olhar verdadeiramente "para um ciclo de quatro anos" de governação.

 

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